Kris Meeke venceu esta manhã o Rali de Portugal, dando à Citroen a sua primeira vitória do ano. O piloto britânico venceu com quase 30 segundos de avanço sobre Andreas Mikkelsen e 34,5 segundos Sebastien Ogier - o francês venceu a Power Stage de Fafe.
“Rali quase perfeito. Obrigado à equipa e especialmente ao meu engenheiro. Este ano é para ganhar experiência. Tivemos uma boa posição na estrada mas não podia fazer mais. O DS3 continua a ser um carro muito bom. Estou entusiasmado com 2017”, começou por dizer o inglês, no final do rali.
“Era importante para mim fazer um rali a este nível, conduzir desta forma. É outro passo em frente. Toda a gente diz que a primeira vitória é aquela que recordas com mais carinho, mas na verdade, para mim, é a segunda. Penso que havia seis pilotos do campeonato que podiam lutar pelo triunfo. Este é o meu segundo, mas consegui-lo desta forma, controlando do início ao fim, prova que consigo fazê-lo. E com certeza que, se no próximo ano conseguirmos melhorar em todas as áreas, com os novos regulamentos, o futuro é bastante entusiasmante para mim”, continuou.
No final, agradeceu aos fãs portugueses: “Portugal é um local especial para conduzir um carro de ralis. Gostei realmente deste evento, e a quantidade de pessoas. Este resultado é provavelmente para os fãs portugueses, porque sempre apoiaram o Colin [McRae] e o Richard [Burns] durante muitos anos. Esta é para os fãs!”, concluiu.
Esta é a segunda vitória de Meeke na sua carreira, depois de ter vencido o Rali da Argentina do ano passado, e foi merecida, dado que ganhou oito das 19 especiais que constituíram o rali, controlando sempre a distância para os seus adversários da Volkswagen, depois de um inicio demolidor por parte do inglês, que esta temporada, corre em "part-time", pois a marca francesa prepara-se para 2017.
Apesar de tudo, os Volkswagen não deixaram de lutar até ao fim, e foi assim nas duas primeiras classificativas deste dia,com Mikkelsen a ganhar na primeira e Ogier a reagir na segunda. A razão era simples: ambos lutavam pela segunda posição, enquanto que Meeke controlava tudo deste o comando do rali. Tanto que antes da Power Stage, o inglês já tinha dito que iria abdicar de atacar: “Não vou arriscar na Power Stage. Só quero a vitória”.
E assim foi. Na mítica passagem por Fafe-Lameirinha (era a segunda passagem do dia, diga-se), Ogier venceu, com Latvala e Mikkelsen a completarem o pódio e dar todos os pontos à Volkswagen. Meeke foi apenas oitavo.
Após o pódio, Dani Sordo foi o melhor dos Hyundai ao ser quarto classificado, mas a mais de um minuto e 37 segundos, num rali que não foi fantástico para as cores coreanas - Sordo foi o único a chegar nos pontos. Mas o espanhol ficou a mais de três minutos e meio do francês Eric Camili, quinto e o melhor dos Ford, conseguindo aguentar os ataques de Jari-Matti Latvala, sexto no seu Volkswagen Polo R. Mads Ostberg foi o sétimo, isolado quer dos que estavam na sua frente, quer do seu perseguidor, já que Martin Prokop foi o oitavo, a mais de quatro minutos, e a dez da liderança. Pontus Tidemand e Nicolas Fuchs fecharam o "top ten" e foram os dois primeiros na classe WRC2.
Já Miguel Campos foi o melhor português, sendo o 14º e quinto na classe WRC2.
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