Os rumores vem fortes nesta terça-feira em Itália, referindo que Maurizio Arrivabene, o diretor da Ferrari, poderá ser despedido por Sergio Marchionne, para dar lugar a James Allison, o diretor técnico da marca, que está na equipa desde 2013. Apesar de nada se transpirar em Maranello, em termos oficiais, o facto de Marchionne ter sido nomeado recentemente como o diretor da marca do Cavalino Rampante - agora a marchar por si mesma depois de se separar do Grupo Fiat e de ter colocado parte do seu capital em bolsa - isto pode significar que ele está a moldar a direção ao seu gosto.
Arrivabene não está de costas voltadas com Marchionne, é bom que se diga, mas a sua nomeação, em março de 2014 - é um ex-diretor da Marlboro Itália - aconteceu por influência de Bernie Ecclestone, do qual é bom amigo. E foi uma nomeação de Luca de Montezemolo, o antigo diretor, no lugar de Stefano Domenicalli. Em suma, Marchionne quer um técnico, para fazer mover a equipa para fazer quebrar o domínio dos Mercedes e colocar a Scuderia no topo.
E Allison (aqui na foto) conhece bem os cantos à casa, já que esteve lá entre os anos de 2000 e 2005, na altura em que eles dominavam tudo, com Michael Schumacher, numa equipa gerida por Jean Todt e Ross Brawn e os carros eram desenhados por Rory Bryne. A parte chata é saber se Allison vai aceitar o cargo, pois há cerca de dois meses sofreu um grande golpe na sua vida pessoal, pois a sua mulher Rebecca morreu no dia a seguir ao GP da Austrália, aos 48 anos de idade.
O jornalista britânico Joe Saward fala hoje no seu sitio que a presença de Allison terá uma influência muito grande, tão grande como era o de Mauro Forgheri nos anos 70 e 80, no qual a equipa estava na frente da competição e que tinha vencido várias vezes, com vitórias e campeonato, com pilotos como Niki Lauda, Carlos Reutemann, Jody Scheckter e Gilles Villeneuve.
"Allison passou a trabalhar para mudar a mentalidade na Ferrari, trabalhando em muito mais do que um papel de gestão. Ele admitiu em 2015 que ele não tinha projetado uma única peça no carro daquele ano, mas em vez disso tinha dirigido os engenheiros sobre onde é que deveriam estar focados. Crucialmente, a Allison foi lhe dado um controle técnico global, incluindo o departamento de motores, uma posição de poder que não tinha sido visto na Ferrari desde os dias de Mauro Forghieri, no início dos anos 80 do século passado".
O interesse no facto de ter alguém que saiba como são as coisas por dentro é bem interessante do que ter um "relações públicas" como é Arrivabene. Mas gerir uma equipa como a Ferrari não é fácil, como sabem. E quando se exige a todos vencer ou... vencer, as coisas tornam-se complicadas. Embora nos últimos anos, até nem tem muitos motivos de queixa...
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