sábado, 20 de outubro de 2018

A imagem do dia

Gunnar Nilsson a caminho da vitória, no GP da Bélgica de 1977. Iria ser a sua única vitória da sua carreira, em apenas duas temporadas na Formula 1. Hoje faz 40 anos sobre a sua morte, aos 30 anos de idade.

Mas a sua morte não foi aquela que muitos tiverem no seu tempo: num acidente, e de forma imediata. Morreu com um cancro testicular a corroer-lhe o corpo, que apareceu um ano antes.

Pouca gente sabe, mas no pódio, Mário Andretti pediu um favor a todos, quando venceu o GP da Bélgica de 1978. Ele delcarou: "Peço um minuto de silêncio em honra do vencedor do ano anterior". Ali, todos se lembraram da batalha que ele estava a lutar contra um corpo que o tinha traído.

Nascera em 1948 em Gotemburgo e era filho de uma familia próspera na área da construção civil, mas a sua carreira começou relativamente tarde. Porque primeiro tirou uma licenciatura em engenharia civil e depois montou um negócio na área dos transportes, que foi bem sucedido. Contudo, quando entrou nos monolugares, em 1972, aos 24 anos esta foi veloz: três anos mais tarde, se sentou pela primeira vez numa Lotus, já tinha feito Formula 3 e Formula 2. E ironicamente, ele entrou em substituto do seu compatriota - e do qual admirava o seu estilo de pilotagem - Ronnie Peterson. E foi ele o seu substituto, em 1978, quando ele ia para a Arrows, antes de ser diagnosticada a doença.

O seu último ano de vida passou-o no Hospital Chaning Cross, em Londres. Ele já sabia que tinha sido terminal, e tinha perdido 30 quilos e o cabelo quando fez uma visita ao paddock, em julho, para ver o GP britânico. Esta irreconhecível e lutava contra as dores. Preferiria até que os médicos dessem prioridade às crianças do que a ele, numa espécie de reconhecimento fatalista de que não iria viver por muito tempo. 

Mas o seu final tinha sido precipitado pelo acidente mortal de Ronnie Peterson, em setembro. Apesar de rivais, eram amigos e tinham ficado próximos. No funeral, queria levar o caixão, mas não o deixaram. Limitou a segui-lo atrás, e isto o fez ir abaixo. Só viveu mais seis semanas depois disso, mas entretanto tinha montado a fundação com o mesmo nome, para ajudar no tratamento e cura desate tipo de cancro. Hoje em dia, praticamente todos os casos diagnosticados de cancro testicular em fase precoce têm cura, algo que não existia no seu tempo. 

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