A preparadora Cosworth foi outro dos regressos que a Formula 1 saudou em 2010, pois tem uma longa história com mais de 40 anos e 176 vitórias, todas elas em associação com a Ford, graças ao lendário motor de 3,5 litros, concebido e desenvolvido por dois engenheiros: Mike Costin e Kevin Duckworth, e que teve a ajuda massiva da Ford graças aos esforços do jornalista inglês e depois relações públicas da Ford Europa, Walter Hayes.
Actualmente nas mãos dos americanos Gerald Forsythe e Kevin Kalkhoven, este último um dos ex-donos da CART, a Cosworth está este ano a equipar quatro equipas: Williams, Lotus, Virgin e Hispania, em acordos que duram pelo menos três anos, graças às condições impostas pelo então presidente da FIA, Max Mosley, para as aceitar no pelotão da Formula 1 nesta temporada. Contudo, as movimentações para 2011 indicam que das quatro equipas, ela pode perder pelo menos duas. A Lotus tem praticamente acordado com a Renault o fornecimento de motores a partir do ano que vem, e a Hispania está a ultimar um acordo com a estrutura da Toyota em Colónia, que deverá abranger os motores que outrora eram da marca japonesa. Não se sabe muito da Virgin, mas parte-se do principio que ela irá continuar com o acrordo.
E a 13ª equipa, a haver em 2011, não deverá querer usar os propulsores de origem britânica. No final, poderão restar apenas duas equipas, dado que a Williams já disse que ficará com eles na próxima temporada. Mesmo que Hispania e Lotus paguem as indemnizações, a Cosworth vai ficar sem metade dos actuais fornecedores. E como esta não é uma preparadora associada a qualquer grande marca, como foi outrora quando estava associado à Ford, perder metade dos rendimentos vindos da Formula 1 não vai ser uma tarefa fácil para substituir. Especialmente porque não existe uma série que eles forneçam em exclusivo, como acontece por exemplo na Indy Car, GP2 ou Superleague Formula, só para dar estes três exemplos.
Muitos consideram o Cosworth como o menos potente dos carros no pelotão, mas o facto da Williams colocar frequentemente os seus carros nos dez primeiros faz pensar que, em termos das novas equipas, o motor seja o melhor dos problemas. Mas o facto de este estar menos desenvolvido que Renault, Mercedes e Ferrari, por ter entrado na corrida este ano, e por não ter apoio que qualquer fábrica, como já foi dito antes, é um pequeno contra.
Em suma, 2011 pode ser um ano complicado para a preparadora. Mas o facto de ter menos carros para fornecer até pode ser melhor para eles, pois poderão concentrar os seus recursos. Veremos.
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