Passaram-se quinze dias desde o GP de Dallas, que tinha decorrido sob forte calor e um asfato desfeito, e muito tinha mudado no pelotão da Formula 1. Depois de terem analisado o carro de Martin Brundle dois Grandes Prémios atrás, em Detroit, e verificaram que o carro corria abaixo do peso regulamentar, reslveram desclassificá-lo. Mas não ficara por ali. Ao verificar também as esferas de chumbo que os carros levavam nos depósitos de água, uma ilegalidade, a FISA decidiu aplicar a decisão mais radical de todas: banir a Tyrrell da Formula 1 nesse ano e retirar todos os pontos que tinham conquistado até então: treze, acompanhados de dois pódios.
Ken Tyrrell decidiu apelar da decisão, e enquanto esperava pela sentença do Tribunal de apelo da FIA, foi-lhe permitido correr em Brands Hatch. Foi aí que apresentou o substituto de Brundle, magoado em Detroit: o sueco Stefan Johansson, que alinharia ao lado de Stefan Bellof. A Osella, que ainda comemorava o seu quinto lugar conquistado por Piercarlo Ghinzani, colocou um segundo carro para o austriaco Jo Gartner, que tinha alinhado em San Marino. Brands Hatch foi também o local onde foi anunciada uma nova equipa, que iria alinhar a partir de 1985, com base em Itália e palmarés na Formula 2: a Minardi.
Em Brands Hatch, os treinos foram marcados pelo drama: o Toleman de Johnny Cecotto perdeu o controle numa das curvas do circuito e destruiu a sua frente, causando graves fracturas nas pernas do piloto venezuelano. Seria a sua última corrida na Formula 1, pois não mais regressou. No final da qualificação, o melhor foi Nelson Piquet, no seu Brabham-BMW, que teve a seu lado o McLaren-TAG Porsche de Alain Prost. Na segunda fila ficou o segundo McLaren de Niki Lauda, que teve a seu lado o Lotus-Renault de Elio de Angelis. Na terceira, o Williams-Honda de Keke Rosberg ficava ao lado do Renault de Derek Warwick. A quarta fila tinha o Toleman de Ayrton Senna, que superara o segundo Lotus de Nigel Mansell. Para fechar o "top ten" ficaram o Ferrari de Michele Alboreto e o segundo Renault de Patrick Tambay.
No dia da corrida, que agora era ao Domingo, Piquet partiu melhor, seguido de Prost, De Angelis e Lauda, mas a meio da primeira volta, quando os carros estavam a fazer a Graham Hill Bend, houve carambola. O Alfa Romeo de Riccardo Patrese tenta ultrapassar o Williams de Jacques Laffite. A operação é mal sucedida e o italiano despista-se, fazendo com que o seu companheiro, o americano Eddie Cheever, se tivesse de desviar. Só que atrás dele, o RAM de Philippe Alliot não o evita e voa por cima do carro. Stefan Johansson e Jo Gartner bateram na barreira de pneus. No final da primeira volta, quatro pilotos já estavam KO...
As correram nornalmente até á volta onze, quando Prost tentou ultrapassar Piquet para a liderança, e conseguiu. Lauda repetiu a façanha uns metros adiante, em Druids. Só que nesse mesmo momento, o RAM de Jonathan Palmer sofre de um problema de suspensão e bate forte. O carro ficou numa posição perigosa e a corrida teve de ser interrompida. A segunda largada obdeceria à mesma ordem da volta onze, o que significaria que Piquet largaria na frente.
Quando isso aconteceu, Prost levou a melhor e chegou á liderança, com Piquet e Lauda atrás. Os dois Renault e os dois Lotus vinham a seguir, e depois era Alboreto, Senna e o resto do pelotão. Poucas voltas depois, Lauda passa Piquet e os McLaren ficavam sozinhas na frente. Até à volta 37. Aí, Lauda passa facilmente Prost, e verifica-se que o francês tem problemas para engatar uma marcha na sua caixa de velocidades. Prost vai à boxe para não mais sair, deixando o austriaco na liderança.
Piquet perseguia Lauda, e parecia ficar com o segundo lugar, mas a três voltas do fim, o carro tem problemas de Turbo e atrasa-se, colocando Derek Warwick na segunda posição, a bordo do seu Renault. Ayrton Senna completava o pódio, o seu segundo da carreira. Elio de Angelis e os Ferrari de Michele Alboreto e René Arnoux completavam o pódio.
1 comentário:
Antes das desclassificações dos pilotos da Tyrrell, a classificação no Mundial de Pilotos estava assim (até a prova em Dallas):
9ª Martin Burndle com 8 pontos e 12ª Stefan Bellof com 5 pontos.
No Mundial de Contrutores (até a etapa em Dallas):
7ª Tyrrell com 13 pontos.
Naquela época, a Cosworth ainda não tinha motor turbo como: Ferrari, Renault, Alfa Romeo, BMW, Honda, Hart e TAG Porsche.
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