"A temporada de 1978 estava a ser marcada pelo dominio da Lotus, que com o seu modelo 79 de efeito-solo, era o carro a abater nas pistas um pouco por todo o mundo. Os seus pilotos, o americano Mario Andretti e o sueco Ronnie Peterson, praticamente não eram constestados por ninguém, apesar da oposição dos Ferrari de Carlos Reutemann e Gilles Villeneuve, ou os Brabham de Niki Lauda e John Watson. Contudo, esse dominio tinha sido ensombrado no mês anterior pelo acidente mortal de Peterson na partida do GP de Itália, numa carambola no inicio dessa corrida. Para as duas últimas provas do ano, no continente americano, Colin Chapman chamou o francês Jean-Pierre Jarier para guiar o segundo carro da equipa.
Assim sendo, uma semana depois de Watkins Glen, o pelotão da Formula 1 atravessava a fronteira e chegava ao Canadá, num circuito novo, construído na Ilha de Notre-Dâme, em Montreal no mesmo sítio onde, nove anos antes, tinha decorrido a Exposição Universal, e onde em 1976, tinham também sido realizadas as provas de remo dos Jogos Olímpicos, que tinham sido realizadas nessa mesma cidade." (...)
Assim sendo, uma semana depois de Watkins Glen, o pelotão da Formula 1 atravessava a fronteira e chegava ao Canadá, num circuito novo, construído na Ilha de Notre-Dâme, em Montreal no mesmo sítio onde, nove anos antes, tinha decorrido a Exposição Universal, e onde em 1976, tinham também sido realizadas as provas de remo dos Jogos Olímpicos, que tinham sido realizadas nessa mesma cidade." (...)
É assim que começa o artigo de hoje do Pódium GP sobre a primeira vitória de Gilles Villeneuve, na última corrida do ano, curiosamente na sua casa em Montreal. Era a corrida inaugural no circuito situado na ilha artificial de Notre-Dâme, no rio de São Lourenço, e a última dessa temporada. Com tudo decidido, era mais para cumprir calendário, e perante cem mil pessoas e o então primeiro-ministro, Pierre Trudeau, o piloto local levou os fãs ao delírio e deu ao Canadá a sua primeira vitória na Formula 1.
Hoje em dia, os habitantes locais não esqueceram Gilles. Para além de terem batizado com o seu nome após a sua permatura morte, em 1982, tem também uma frase na reta da meta a saudá-lo: "Salut Gilles!", e também todos os que vão lá tem elogios ao circuito e ao ambiente da prova, que todos caracterizam como o melhor da temporada. Hoje em dia, talvez este seja a corrida mais antecipadamente ansiada do ano.
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