Parece que em ambos os lados do Atlântico, os pilotos brasileiros estão a ter um mau dia. Depois da Ferrari ter ordenado a Felipe Massa a abdicar da vitória a favor de Fernando Alonso, agora no circuito canadiano de Edmonton, o Penske de Helio Castro Neves foi o primeiro a cortar a meta, mas foi penalizado pelos comissários desportivos, numa decisão pouco entendida pelos observadores, mas aparentemente aconteceu por bloquear o australiano (e companheiro de equipa!) Will Power, a duas voltas do fim. No final, o neozelandês Scott Dixon, da Chip Ganassi, foi declarado vencedor da corrida canadiana.
O momento da corrida aconteceu a três voltas do fim, após o recomeço da corrida quando numa disputa de posição, o piloto brasileiro decidiu bloquear o seu companheiro Will Power por uma vez, impedindo este de o atacar a liderança. Os comissários da IndyCar reagiram logo e penalizaram-no. Logo a seguir, Dixon passou Power, ficando com o segundo lugar, herdando assim a vitória. Quanto a Castro Neves, caiu para o décimo posto, o último lugar dos que ficaram na mesma volta do que o vencedor.
Esta chegada polémica apimentou uma corrida disputada entre Penske e Chip Ganassi, sem incidentes de maior. Na largada, Will Power era o lider, seguido por Castro Neves, Dixon, Franchitti, Briscoe e a suiça Simona di Silverstro. No final do pelotão, o brasileiro Tony Kanaan, que largava do último lugar após um acidente nos treinos, fazia uma prova de trás para a frente, subindo sete posições em menos de vinte voltas.
A partir da volta 33, os lideres começaram a aproveitar a primeira janela de reabastecimento para o fazer, mas não houve alterações de monta. E a primeira situação de bandeiras amarelas aconteceu somente na volta 46, quando o britânico Alex Lloyd ficou parado no meio da pista. A interrupção demorou pouco tempo, mas quando voltou, esta durou duas voltas, pois o venezuelano Ernesto Viso tocou em Simona de Silverstro, fazendo com que ela batesse no muro de pneus. A suiça voltou à pista, e nova relargada aconteceu pouco depois, mas nas primeiras curvas, Tony Kanaan envolveu-se num toque com o canadiano Alex Tagliani e com Mario Romancini. Kanaan continuou, os outros dois ficaram pelo caminho.
Após nova largada, os Penske de Power e Castro Neves decidiram acumular segundos face à concorrência, liderada por Fanchitti e Dixon, que conseguiram passar Briscoe. O veterano Paul Tracy era sexto. Na volta 78, depois da última passagem pelas boxes para reabastecer, Castro Neves pressionou Power e alcançou a liderança, parecendo que iria ganhar esta corrida até que novo acidente com Simona di Silvestro causou a amostragem de bandeiras amarelas.
Com a corrida neutralizada até a três voltas do fim, foi no recomeço é que se deu o momento mais quente da corrida, explicada anteriormente. Uma decisão que não foi aceite de bom tom por Castro Neves, que mal saiu do carro, foi pedir satisfações ao director de corrida, chegando até a puxá-lo pelo colarinho da camisa. Mas a decisão já tinha sido tomada, e a Penske decidiu recorrer.
Com Dixon, Power e Franchitti no pódio, nos lugares seguintes ficaram o australiano Briscoe, o americano Hunter-Reay e Paul Tracy, com Mario Moraes a ser o melhor dos brasileiros. Danica Patrick foi a melhor representante feminina, terminando num apagado 15º lugar.
A próxima corrida da IndyCar Series é a 8 de Agosto, no circuito de Mid-Ohio.
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