Quinze dias depois da primeira vitória de sempre para Heinz-Harald Frentzen, máquinas e pilotos deslocavam-se para o sempre glamouroso Principado do Mónaco, palco da quinta prova do campeonato do mundo de 1997. Com um duelo entre a Ferrari e a Williams a desenhar-se no horizonte, apesar de Jacques Villeneuve já ter duas vitórias, contra uma de Michael Schumacher, todos estavam atentos ao que iria acontecer naquelas tortuosas ruas, pois a previsão de chuva para os três dias era bem real.
Contudo, a qualificação foi corrida sob piso seco, e os Williams foram os melhores, com Heinz-Harald Frentzen, ainda a gozar o bom momento de forma fisica e psicológica devido à sua vitória na corrida anterior, a conseguir a pole-position, na frente de Michael Schumacher. A segunda fila tinha o segundo Williams de Jacques Villeneuve na terceira posição, à frente de surpreendente Jordan-Peugeot de Giancarlo Fisichella. David Coulthard, no seu McLaren-Mercedes, era o quinto, na frente do segundo Jordan de Ralf Schumacher. O Sauber de Johnny Herbert era o sétimo, seguido pelo segundo McLaren-Mercedes de Mika Hakkinen, e a fechar o "top ten" estava o Benetton-Renault de Jean Alesi e o Stewart-Ford de Rubens Barrichello.
O dia de domingo amanheceu seco, mas nublado, e os Williams foram correr no "warm up", demonstrando estar em boa forma. Mas a 30 minutos do inicio da corrida, começou a chover no Mónaco, não o suficiente para molhar totalmente a pista. Isso fez com que a Williams decidisse arriscar em pneus secos para a partida, enquanto que Schumacher decidiu colocar pneus intermédios. Após a volta de aquecimento, a chuva aumentou de intensidade, e Schumacher saltou disparado para a liderança, deixando os Williams para trás.
Atrás deles estavam os Jordan de Giancarlo Fisichella e de Ralf Schumacher, com o Stewart de Rubens Barrichello atrás deles, aproveitando o facto dos pneus Bridgestone de chuva serem bastante melhores do que os Goodyear de chuva. Cedo passou os Jordans e ficou com o segundo lugar, enquanto que Schumacher abria uma vantagem enorme: 22 segundos no final da quinta volta!
Atrás, havia catástrofe para duas equipas: o Arrows de Pedro Diniz bateu forte nas primeiras curvas, devido à opção por pneus secos, e atrás, o seu companheiro de equipa Damon Hill envolvia-se numa colisão com o McLaren de Mika Hakkinen. Na volta seguinte, era a vez de David Coulthard sofrer um acidente e acabar permaturamente o final de semana dos McLaren no Mónaco.
Nas voltas seguintes, os acidentes continuavam, numa pista mortífera à chuva: Herbert batia na volta 8, Ralf Schumacher na volta 10, e na volta 16, Jean Alesi sofre um despiste. Na mesma volta, Jacques Villeneuve era a próxima vítima, depois de ter parado para colocar pneus de chuva e ter depois batido no guard-rail. Os estragos foram tantos que decidiu abandonar.
Entretanto, Schumacher ganhava uma vantagem incrível sobre os seus adversários. Quando isso chegou aos 30 segundos de diferença, decidiu abrandar o ritmo e controlar o possivel para prosseguir a corrida sem incidentes. No segundo posto, Rubens Barrichello mostrava-se ao mundo no seu Stewart, para espanto de muitos. Mas mais atrás, havia outro motivo de admiração, com o Tyrrell de Mika Salo a correr na zona de pontos, e parecia que só iria fazer uma paragem.
Contudo, a chuva continuava persistentemente, e até os líderes poderiam cometer um erro, e isso foi o que aconteceu a Heinz-Harald Frentzen na volta 39, ao bater nos guard-rails. Schumacher cometeu um erro na volta 53, quando saiu em frente em Ste. Devote. Contudo, não bateu em nada e voltou à pista, perdendo pouco mais de dez segundos.
Na volta 62, o diretor de corrida mostrou a bandeira de xadrez, pois esta tinha alcançado o limite das duas horas. Schumacher era coroado o vencedor, seguido de Barrichello, que dava os primeiros pontos e o primeiro pódio para a equipa de Jackie Stewart. Eddie Irvine completou o pódio, depois de ter passado nas voltas finais o Prost de Olivier Panis, que acabou a corrida no quarto lugar. Mika Salo termina na quinta posição, e incrivelmente, Ken Tyrrell tinha feito mais uma das suas, ao levar o seu carro até ao fim... com o mesmo jogo de pneus, e sem parar para reabastecer. Iriam ser os últimos pontos da história da marca. Giancarlo Fisichella ficou com o último lugar pontuável.
2 comentários:
Esse gp foi muito emocionante, um acidente atrás de outro e o Rubinho em segundo, torci muito por ele aquele dia... infelizmente, o despiste do Schumi não foi o suficiente pra ele ficar com a vitória nessa ocasião. rsrs
Belas fotos, bons tempos, esse gp foi emocionante realmente....
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