Duas semanas depois do GP da Belgica, a Formula 1 chegava a Itália para a corrida disputada no veloz autódromo de Monza, com Alain Prost numa situação de desvantagem em relação ao seu maior rival, Ayrton Senna. A diferença entre ambos era de sete pontos, e aqui, o piloto francês esperava que a potência do seu carro fosse o suficiente para superar a máquina que era o McLaren MP4/5B, cuja excelência era aproveitada pelo piloto brasileiro.
Sem novidades no pelotão da Formula 1, a qualificação mostrou que Senna e McLaren eram uma dupla imbatível: a pole-position caiu naturalmente nas mãos do brasileiro, mesmo com Alain Prost a seu lado. Na segunda fila estavam os segundos carros, na mesma ordem da primeira fila: o McLaren de Gerhard Berger superava o Ferrari de Nigel Mansell. Na terceira fila estava o Williams de Thierry Boutsen e o Tyrrell de Jean Alesi. Na quarta estava o Williams de Riccardo Patrese e o Benetton-Cosworth de Alessandro Nannini. Nelson Piquet era o nono da grelha, à frente do Leyton House-Judd de Mauricio Gugelmin.
Os quatro não-qualificados foram os seguintes: O AGS de Gabriele Tarquini, o Minardi de Paolo Barilla, o Coloni de Bertrand Gachot e o Brabham de David Brabham.
Na partida, Senna e Berger superaram os Ferrari, enquanto que atrás deles, Jean Alesi dava espectáculo ao passar, primeiro Mansell, depois Prost, para no final da primeira volta estar na terceira posição, surpreendendo os tiffosi presentes. Mas quando o pelotão abordou a Parabolica, o Lotus de Derek Warwick perde aderência e embate com força nos guard-rails, deslizando pela pista fora. Miraculosamente, Warwick nada sofreu e saiu do carro pelo seu próprio pé a caminho das boxes, enquanto que a corrida era interrompida.
Na segunda vez, Senna e Berger foram melhores do que os Ferrari, e Alesi repetiu as manobras da primeira partida, ficando na terceira posição. Mas no inicio da quarta volta, quando tentava apanhar os McLaren, Alesi sai de pista na primeira chicane e abandona.
À medida que a corrida decorria, os McLaren distanciavam-se e os Ferrari eram incapazes de os apanharem. Contudo, a meio da corrida, Berger começava a ter problemas com os seus travões e foi apanhado por Prost no inicio da volta 21, para o passar. Depois tentou apanhar Senna, mas ele estava num grande dia, e tal se tornou impossivel.
Mais atrás, Mansell era um solitário terceiro, perseguido por Patrese, já que Boutsen tinha desistido com uma falha na suspensão. Os Benetton estavam com problemas devido a desentendimentos nas boxes. Mas de resto, não houve alterações na classificação.
No final, Senna era o vencedor, alargando a sua liderança em mais quatro pontos, perfazendo um total de 16 (72 contra 56), com Prost e Berger a acompanhá-lo no pódio. Nigel Mansell foi o quarto, Riccardo Patrese o quinto e o Tyrrell de Satoru Nakajima fechava os lugares pontuáveis. Mas após a corrida, algo de interesse: na conferência de imprensa, quando perguntaram a Senna se poderia reconcilar-se com Prost, então desavindo, o brasileiro afirmou que era algo que não estava fora de causa. E numa questão de minutos, os dois maiores rivais de então deram as mãos e fizeram as pazes. Temporariamente...
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