quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Formula E: Felix da Costa começa nova temporada com ambição


A nova temporada da Formula E, a competição elétrica, começa este final de semana em São Paulo, e na Jaguar, a sua nova casa, António Félix da Costa, apesar de reconhecer áreas de desenvolvimento ainda desconhecidas no seu carro e na sua equipa, vê neste final de semana como uma oportunidade de identificar onde a equipa brilha e onde precisa melhorar. Só após vivenciar os desafios em pista, ele afirma, será possível delinear uma estratégia clara para o que se segue. 

É agora, São Paulo, aqui vamos nós. Início de uma nova temporada. Tenho aqui uma série de zonas de desconhecimento total, com este começar uma época nova com uma nova equipa. A última vez que isto me aconteceu, não foi positivo com a Porsche. Aprendi muito com isso, por isso, agora é tentar evitar uma série de erros e percalços que possam existir” começou por dizer no comunicado oficial. 

Ciente que vai ter que passar pela experiência e depois trabalhar de acordo com as novas informações que tiver, o objetivo do fim de semana será de adaptação: 

Sinceramente, acho que temos que ir para São Paulo, fazer a corrida, fazer o fim de semana, levar aqui um ‘murro no queixo’, se me permitem a expressão, e depois sim, voltar para casa e ver: 'OK, esta área e esta área temos que melhorar. Aqui, aqui, aqui estamos bem.' Mas, neste momento, falta-me um bocadinho uma direção de onde é que vamos estar bem, e onde é que possamos não estar tão bem. Por isso, só quero fazer o fim de semana, levar com tudo o que nos vai ser lançado, todos os desafios que nos vão ser lançados, e aí sim, daqui para a frente, então, delinear uma estratégia e uma direção para trabalhar”, concluiu.


O fim de semana de São Paulo começa na sexta-feira com o treino livre, entre as 18:30 e as 19:25, hora de Lisboa, enquanto o resto acontecerá no sábado: a qualificação, entre as 12:40 e as 13:48, e a corrida, a partir das 17:05, tudo horário de Lisboa.

Noticias: Haas terá a Toyota como patrocinadora principal


A Haas F1 terá a sua aliança com a Toyota ainda mais reforçada em 2026, passando de uma colaboração técnica limitada, vocacionada para testes privados e apoio de engenharia, para ser na próxima temporada uma de patrocinador principal, embora Gene Haas afirme que não tem qualquer intenção de vender a equipa. Contudo, pelo envolvimento da marca japonesa, o futuro dirá se este TGR Haas F1 Team é apenas um laboratório partilhado ou o primeiro passo de um regresso em força da marca japonesa à Fórmula 1.

Para além disso, a equipa anunciou que o novo chassis, o VF-26, será apresentado a 23 de janeiro, na semana anterior ao teste privado de Barcelona com os novos carros de 2026. 

Akio Toyoda, presidente da Toyota e figura central desta aproximação, não esconde o carácter de arranque de um novo ciclo. “Ao longo dos desafios da temporada de 2025, vi jovens pilotos e engenheiros da TGR começarem a acreditar no seu próprio potencial e a apontar a sonhos ainda maiores”, afirmou. “Ver essa transformação emocionou-me profundamente. E hoje posso dizê-lo com confiança: a Toyota finalmente começou a mover-se, a mover-se mesmo”, continuou.

Ao darmos mais um passo em frente na nossa parceria com a Haas no próximo ano, o mantra ‘Pessoas, Produto, Pipeline’ da TGR vai acelerar de uma forma que nunca vimos”, destacou Toyoda. “Chegou a hora de a próxima geração dar os seus primeiros passos rumo ao palco mundial. Juntamente com Gene Haas, Ayao e todos na TGR Haas F1 Team, vamos construir tanto uma cultura como uma equipa para o futuro”, concluiu.


Do lado da Haas F1 Team, Ayao Komatsu, o diretor desportivo, afirma:

A nossa relação de trabalho até à data tem sido tudo o que esperávamos. Isto foi evidente pelo nosso sucesso no TPC esta temporada, mas também houve muito mais a acontecer nos bastidores – incluindo o desenvolvimento e a instalação do simulador nas nossas instalações em Banbury para 2026. O desenvolvimento do pessoal, com todos a trabalhar em colaboração entre a Haas F1 Team e a TGR, beneficiou-nos muito, e isto só tende a aumentar à medida que a nossa parceria amadurece.”, concluiu.

Verdade que a Haas passa a ser mais Toyota em 2026, e ainda faltem elementos essenciais para afirmar que a marca japonesa faça um regresso, algo que não acontece desde 2009, este maior envolvimento da marca japonesa não deixe de pensar que eles, apesar de andarem em diversas modalidades automobilísticas - Hypercar, WRC - a Formula 1 também poderá ser algo a considerar.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

A imagem do dia





Estas imagens que coloco aqui apareceram em 2018, vindas do arquivo do jornalista veterano Fritz-Dieter Rencken, um dos poucos que Bernie Ecclestone poderia confiar. E apareceu no fórum da Autosport britânica, com diálogos com outras pessoas como Andrew Benson, referindo que um dos que escreveu este regulamento tinha sido outro jornalista, Ian Phillips. Tudo gente de confiança de Bernie Ecclestone, com algum "imput" de Max Mosley, na altura advogado de Bernie, depois de ter fundado a March. 

Como sabem, a Formula 1 acabou a temporada de 1980 em clima de guerra surda. Depois do incidente da não-realização do GP de Espanha, por causa do finca-pé da FISA, liderada por Jean-Marie Balestre, em que os pilotos pagassem as multas que a FISA implicou por estes não terem comparecido às conferências de imprensa - ou seja, as equipas implementaram um boicote - não houve mais incidentes de maior para o resto da temporada.

Contudo, quando a bandeira de xadrez foi mostrada em Watkins Glen, no final da temporada, nos bastidores, a FOCA começava a desenhar aquilo que viria a ser um campeonato "rebelde", fora da tutela da FISA, onde as equipas iriam ter todos os direitos, especialmente os televisivos. Uma entidade iria ser feita, a World Professional Drivers Championship, que iria desenhar os regulamentos desses carros, que teriam as saias aerodinâmicas, o principal alvo de contenção entre ambas as entidades. A FISA queria bani-las, e assim, os carros teriam uma diferença de seis centímetros entre o chassis e o chão, e a FOCA queria mantê-las. 

Para além disso, a FOCA, liderada pelo patrão da Brabham, Bernie Ecclestone, não queria ter equipas com motores turbo no pelotão (ele tinha falado, numa entrevista no inicio de 1977 à revista brasileira Quatro Rodas, que era contra), algo do qual já a Renault - e a partir de 1981, a Ferrari - tinham. Todas as outras tinham motores V8 da Cosworth, de três litros, uma configuração que existia desde 1966. Caso avançasse essa cisão, Renault, Ferrari e Alfa Romeo, pelo menos, ficariam com Balestre e a FISA. Claro, seis carros seria muito pouco, mas por agora, a divisão era essa. 

Mas como seria o calendário dessa competição paralela? Pois bem, se fosse para a frente, seria o calendário mais longo até então na Formula 1: 18 corridas. Quatro delas... nos Estados Unidos. Nova Iorque, Las Vegas, Watkins Glen e Long Beach fariam parte. Depois, os regressos do México e da Suécia (e da Espanha, a corrida de 1980 não contou, oficialmente), e boa parte das corridas europeias, incluindo o GP do Mónaco. Iriam tirar boa parte do calendário à FISA, mas para muitas corridas, iriam arranjar outros circuitos para correr, pelo menos na parte europeia da competição. 

O regulamento ficou pronto no final de 1980, e começou a circular entre os jornalistas, mostrando que as coisas eram para ser levadas a sério. Ao ponto de terem anunciado que o GP da África do Sul, que iria acontecer a 7 de fevereiro, iria contar para o campeonato da FOCA, não da FISA, e as regras seriam, provisoriamente, as da Formula Libre.

E depois de Kyalami, iriam para Long Beach, Jacarépaguá, Nova Iorque, uma corrida em Itália (provavelmente, Imola), Mónaco, Jarama, Zolder, Anderstorp, uma corrida no Reino Unido - seria Silverstone? - Hockenheim, Zeltweg, Zandvoort, Montreal, Cidade do México e acabariam em Las Vegas. 

Como sabemos, do calendário usado, só não usaram Nova Iorque, Anderstorp e Cidade do México. E a ausência de Monza do calendário estava presente, digamos assim. 

A FISA pouco ou nada fez, pois Balestre julgava que as equipas estariam a fazer "bluff", e ainda por cima, tinham o seu maior trunfo: a Ferrari, que se tinha colocado, no mínimo, numa posição neutra. E mais tarde, seria o trunfo para colocar termo a esta guerra, e ameaça de dividir a Formula 1 em duas. Todos agora conhecemos o final, mas nesse inverno de 1980-81, a nuvem da divisão pairava sobre tudo e todos.   

Youtube Rally Testing: O teste do Hyundai Rally2 de Adrien Formaux

Com o mundial de 2205 encerrado há menos de uma semana, o de 2026 já está em marcha, mas na Hyundai, um dos objetivos é o de fazer evoluir o i20 Rally2, do qual estão em testes. O francês Adrien Formaux está por estes dias em Saint-André-de-Rosans, no sudeste de França, para evoluir o programa de testes do carro Rally2 da marca sul-coreana.

Estes testes são importantes, não só para atualizar o carro face à concorrência da Toyota, Skoda e da Lancia, que em 2026 se lançará na classe Rally2, mas também por causa dos novos regulamentos técnicos WRC27. Se a FIA decidir que os novos carros tenham uma equivalência de desempenho adequada entre os carros WRC27 e os Rally2, a Hyundai poderá manter-se na categoria principal do WRC com uma versão evoluída do i20 N Rally2 a partir dessa temporada. 

O video dos testes foi feito pelo conhecido canal do Youtube de ralis Passats de Canto. 

Noticias: Cadillac irá apresentar o carro... no intervalo da Superbowl


A Cadillac anunciou nesta quarta-feira que mostrará o seu carro de Formula 1 de 2026 a 8 de fevereiro, através de um anuncio no intervalo do Superbowl, a final da liga de futebol americano. 

Ao justificar a escolha de um lugar como esse, Dan Towriss, o CEO da marca, afirmou:

"O Super Bowl é um dos raros momentos da cultura americana em que o desporto, o entretenimento e a narrativa se unem, e dá-nos a oportunidade de apresentar a Cadillac F1 Team num palco que reflete quem somos. Orgulhamo-nos da nossa herança americana e queremos marcar presença de uma forma ousada, inovadora e que seja inequivocamente nossa. Este é apenas o início, mas é um momento do qual me orgulho imenso."

A escolha do intervalo da Super Bowl não é inocente: normalmente, os 30 segundos do anuncio custam, em média, oito milhões de dólares. Isto oferece à Cadillac a oportunidade de ser vista naquela que será, provavelmente, a transmissão mais vista de 2026. O jogo do ano passado atraiu 127,7 milhões de telespectadores, a maior audiência da história da TV americana para uma transmissão de uma única estação. O espetáculo do intervalo, com Kendrick Lamar, foi a atuação mais vista da história do Super Bowl, com uma média de 133,5 milhões de telespectadores.

E não vai ser a primeira vez que um tema de Formula 1 está nesse "slot". No inicio deste ano, foi no intervalo do "Superbowl" que se estreou o primeiro "trailer" de "F1", o filme de Joseph Kosinski, com Brad Pitt no principal papel.

A Cadillac fará a sua estreia em 2026 com dois veteranos ao volante: o finlandês Valtteri Bottas e o mexicano Sérgio Pérez. E terá, pelo menos até ao final da década, motores Ferrari. 

Noticias: Rovanpera correrá na Formula Regional Oceania pela Hitech


Já estão marcadas as primeiras corridas de Kalle Rovanpera nas pistas. Acontecerão no inicio do ano na Nova Zelândia, na Formula Regional Oceania - antiga Toyota Racing Series - que é um campeonato de carros Tatuus FT-60 semelhantes aos Tatuus F.3. T-318 utilizados em competições de base na Europa. Por acontecer em janeiro e em finais de semana consecutivos, costuma atrair pilotos de fora do eixo formado por Austrália e Nova Zelândia para competição.

Para além de Rovanpera, a Hitech já confirmou que os japoneses Kanato Le e Jin Nakamura vão fazer parte do time na competição, que tem início entre os dias 9 e 11 de janeiro com uma rodada quádrupla em Hampton Downs, na Nova Zelândia.

A Formula Regional Oceania já coroou, pelo menos na última década, pilotos como como Lando Norris, Lance Stroll e Liam Lawson, que atualmente competem na Fórmula 1, além de Robert Shwartzman, hoje na IndyCar Series, bem como os neozelandeses Mitch Evans e Nick Cassidy, que agora competem na Fórmula E. O atual campeão é o britânico Arvid Lindblad, que hoje foi confirmado como novo titular da Racing Bulls na Formula 1.

Rovanpera, de 25 anos e campeão do mundo de 2023 e 2024 do WRC pela Toyota, anunciou este ano que iria trocar o WRC pelas pistas, indo competir, em principio, na SuperFormula japonesa, antes de, em 2027, competir na Formula 2. 

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Noticias: Hadjar na Red Bull, Lindblad na Racing Bulls


A Red Bull confirmou os seus pilotos para 2026, e como seria de esperar, sai Yuki Tsunoda e entra Isack Hadjar, que depois de uma boa temporada de estreia na Formula 1 na Racing Bulls, irá subir para a equipa principal. Para o seu lugar irá o britânico Arvid Lindblad, enquanto Liam Lawson permanece por mais uma temporada na Racing Bulls. 

As decisões da equipa de Milton Keynes refletem duas ideias claras: premiar o mérito desportivo de Isack Hadjar e acelerar a integração da nova geração de talentos antes da grande mudança regulamentar de 2026. Eles consideram que Isack Hadjar é o talento mais completo a sair da sua academia desde Max Verstappen, e se a subida já no segundo ano é de risco, o pensamento é para o médio prazo, com Hadjar a ser preparado desde já para crescer ao lado de um campeão consagrado.

"Estou muito grato à Red Bull por me ter dado a oportunidade e a confiança para correr ao mais alto nível da Fórmula 1. Depois de todo o trabalho árduo que dediquei desde que entrei para a equipa júnior, é uma recompensa incrível. Passei por muitos altos e baixos ao longo da minha carreira, e eles continuaram a acreditar em mim e a incentivar-me.", começou por falar Hadjar, no comunicado oficial da equipa.

"Esta temporada com a Racing Bulls foi absolutamente incrível, aprendi muito e conquistei o meu primeiro pódio. Sinto que sou um piloto e uma pessoa muito melhor, graças ao apoio e preparação da equipa. Sinto-me pronto para ir para a Red Bull e estou feliz e orgulhoso por eles sentirem o mesmo. É uma mudança fantástica, trabalhar com os melhores e aprender com o Max é algo que mal posso esperar.", concluiu.


Se a manutenção de Lawson é visto como uma recompensa pela sua regularidade e também pela recuperação da sua autoestima depois da sua despromoção da Red Bull, no inicio do ano, já a chegada de Lindblad, de 18 anos - nasceu a 8 de agosto de 2007 - é uma de risco. Vindo de uma temporada de Fórmula 2 que foi marcada por algum brilhantismo, intercalado com inconsistência, o britânico está longe de ser um produto acabado. Contudo, o seu desempenho em alguns testes fizeram com que a equipa confiasse nele para subir ao escalão principal em 2026, para poder ser lapidado nos próximos tempos.

"Gostaria de agradecer a todos na VCARB pela oportunidade. Desde que comecei esta jornada aos cinco anos, sempre foi o meu objetivo estar na Fórmula 1, por isso é um momento de orgulho dar este passo", começou por afirmar Lindblad, que participou em duas sessões de treinos livres este ano pela Red Bull.

"Estou extremamente grato ao Programa Júnior da Red Bull e à minha equipa pessoal pela orientação, mentoria e confiança; nada disto teria sido possível sem o seu apoio." 2026 será um grande desafio e sei que há muito a aprender, mas estou pronto para trabalhar em estreita colaboração com a equipa e estar à altura. Mal posso esperar para começar, será um ano emocionante", concluiu.

O responsável da Red Bull, Laurent Mekies, que trabalhou anteriormente como chefe de equipa da Racing Bulls, acrescentou, em relação a Hadjar: "Para Isack, na sua primeira temporada na Formula 1, demonstrou grande maturidade e provou ser um aprendiz rápido. Mais importante ainda, demonstrou a velocidade pura que é o requisito número um neste desporto."

"Acreditamos que o Isack pode prosperar ao lado do Max e fazer magia na pista! 2026 será um grande desafio para a equipa e para a Red Bull Ford Powertrains. São tempos entusiasmantes e estou ansioso por ver o que podemos fazer juntos.", concluiu.

Alan Permane, agora diretor desportivo da Racing Bulls, deu os parabéns a Hadjar, pela sua promoção e acolheu Lidnblad pela sua chegada. "Em primeiro lugar, parabéns ao Isack. Teve uma temporada verdadeiramente excecional, demonstrando capacidades de corrida e consistência muito além da sua experiência. Mereceu totalmente a promoção para a Red Bull Racing e desejamos-lhe tudo de bom nesta nova e entusiasmante jornada na sua carreira – estamos orgulhosos de ter feito parte deste percurso.", começou por afirmar.

"Liam demonstrou um desempenho e profissionalismo impressionantes ao longo deste ano, destacando-se mesmo nas condições mais difíceis, e esperamos que continue a evoluir em 2026. Já a rápida progressão de Arvid destaca-o como um dos jovens talentos mais promissores da modalidade. Juntos, formam uma dupla forte e dinâmica, que personifica a ambição e o espírito jovem da VCARB, à medida que entramos numa nova era transformadora para a Fórmula 1.", concluiu.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

As imagens do dia




O piloto que mais marcou o rali da Arábia Saudita, que acabou neste sábado, corre em part-time, na pior das equipas do pelotão... e paga para correr. E não se sabe se terá lugar em 2026, como piloto oficial, no momento em que se escreve estas linhas. O letão Martins Sesks, de 26 anos, ainda não fez nenhuma temporada completa, mas no seu décimo rali a bordo de um Rally1, todos num Ford Puma da M-Sport, esteve prestes a ganhá-la. Apenas uma avaria no seu motor impediu de triunfar, sequer chegar ao final da prova. 

A carreira de Sesks é interessante. Começou muito cedo, em 2016, quando ele tinha... 17 anos - nasceu a 18 de setembro de 1999, em Liepaja - e depois de três títulos nacionais, entre 2016 e 2018, passou para o estrangeiro, nomeadamente o ERC, European Rally Championship. Vice-Campeão em 2023, num Skoda Fabia RS Rally2, tinha dinheiro e patrocinadores para tentar a sua sorte na categoria principal. Alugando um carro para o rali da Polónia, surpreendeu tudo e todos ao acabar na quinta posição. 

O rali seguinte, na sua Letónia natal, ia a caminho de um pódio bem consolidado quando problemas no seu carro o atiraram para o sétimo lugar. Em apenas três ralis em 2024, conseguiu 22 pontos, acabando na 15ª posição da geral. 

Em 2025, o programa foi alargado para, primeiro, cinco ralis, depois, sete, e o sexto posto na Suécia parecia ser o inicio de uma boa temporada para o piloto letão. Contudo, não conseguiu mais do que dois oitavos lugares na Estónia e na Finlândia, tudo com o Ford Puma Rally1. A temporada foi de desilusão, ao ponto onde, no final do ano, com as retiradas do estónio Ott Tanak, para cuidar da sua família, e do finlandês Kalle Rovanpera, que quer perseguir uma carreira nas pistas, ele não foi considerado quer na Toyota, quer na Hyundai.

Na equipa japonesa, a preferência por Oliver Solberg, que ganhou na Estónia, na única vez que correu num Rally1, levou a melhor, enquanto na Hyundai, Adrien Formaux faz melhor o trabalho ao lado de Thierry Neuville, e eles preferem inscrever três carros, um deles parcialmente, e com as noticias de que Dani Sordo e Esapekka Lappi poderem fazer o seu regresso, a tempo parcial, a partilhar esse terceiro carro, mostra que a experiência é mais vista na marca coreana.

Na M-Sport, a indecisão em relação aos regulamentos que aparecerão a partir de 2027, a par com a hesitação do apoio da Ford ao programa, fazem com que dependa de pilotos pagantes: o luxemburguês Gregoire Munster e o irlandês Josh McErlean. Contudo, em algumas provas, participa o veterano grego Jourdan Serderidis (61 anos de idade!) e desde 2022 conseguiu, em 14 ralis... 12 pontos. Mas apoia Munster, e ele já afirmou que isso deixará de acontecer a partir de 2026. 

Contudo, os eventos da Arábia Saudita, onde Sesks esteve a duas especiais de poder alcançar um pódio - ou até uma vitória inédita - poderão ter baralhado as coisas. E Richard Millener, o diretor desportivo da Ford, disse. no final do rali da Arábia Saudita, que Sesks é um piloto acima da média. 

O desempenho de Martins foi excecional. Vencer vários troços, liderar um rali totalmente novo e controlar a prova contra campeões mundiais mostra o seu verdadeiro talento. O final foi incrivelmente difícil, mas o impacto que ele causou neste fim de semana foi enorme”, afirmou Millener.

Agora é saber o que fará em 2026. Com os novos regulamentos a aparecerem em 2027, ainda a serem discutidos - mas haverá um abaixamento do custo de um carro, dos 1,1 milhões atuais, para 450 mil euros, mais caro que um Rally2, que ronda os 250 mil euros - os orçamentos das equipas e dos preparadores poderão se aliviar um pouco, mas ainda falta saber se os patrocinadores que sustentam a carreira de Sesks poderão conseguir aquilo que é necessário para fazer uma temporada a tempo inteiro, e assim, poder mostrar as suas capacidades?

E outra coisa: ele, apesar desta "parca" experiência, poderá amadurecer o suficiente para causar um impacto a partir da próxima temporada? É que, tirando Oliver Solberg, na Toyota, o WRC é um conjunto de pilotos maduros (Ogier terá 42 anos até dezembro de 2026, Neuville fará 40 nesse ano, e são só dois exemplos), e eu creio que Sesks começa a mostrar o potencial para lutar por um título.  

Rumor do Dia: Hadjar na Red Bull, Tsunoda para ser piloto de testes, ou IndyCar


A Red Bull poderá já ter escolhido o seu piloto para 2026, ao lado de Max Verstappen, e ele será Isack Hadjar. Segundo conta o jornal neerlandês "De Telegraaf", o piloto francês poderá ir no lugar de Yuki Tsunoda, e no seu lugar iria o sueco Arvind Lindabad. Quanto a Tsunoda, há duas hipóteses a surgirem, a primeira é que será um piloto de testes em 2026, pela Honda. Que poderá usar... chassis da Red Bull.

A razão? Com a Red Bull a ficar com motores Ford em 2026, e a Honda a ir para a Aston Martin, eles precisam de um chassis para os testes com chassis anteriores a 2026, altura em que, como é sabido, mudarão os regulamentos. E os TPC's - Testing of Previous Cars, na sua sigla em inglês - é uma maneira de contornar as enormes restrições que existem em termos de testes nas equipas.

Isso até seria bom para Tsunoda, que sendo piloto de testes quer para a Red Bull, quer para a Racing Bulls, o manteria ativo.

Contudo, há uma segunda hipótese a ser considerada, e já foi considerado há cerca de um mês: que Tsunoda poderá rumar para a IndyCar Series. Segundo conta Tony Donohue, do IndyCar Reported, a IndyCar poderá ser uma hipótese, especialmente porque a Dale Coyne tem motores Honda, que apoiou a carreira de Tsunoda desde o seu inicio. E essa chance é referida desde meados de setembro, embora desde essa altura, nada foi dito sobre o destino do piloto japonês, o que pode não dar muita credibilidade, ou então, que todos andam à espera das decisões na Red Bull para que as coisas comecem a funcionar nesse sentido. 

Porque um mês depois de surgir este rumor, o lugar na Dale Coyne ainda está por preencher.

CPR: Conhecido o calendário de 2026


O calendário de 2026 do Campeonato de Portugal de Ralis já foi conhecido e tem novidades. Passará a ter nove ralis, em vez dos habituais oito - regressará às oito em 2027 - e este ano, entra o rali de Lisboa, que será em asfalto, e a temporada começa com uma troca: o rali do Vidreiro, na Marinha Grande, que nos últimos anos tem encerrado o campeonato, agora será a prova de abertura, nos dias 6 e 7 de março. 

O rali Serras de Fafe, prova de abertura de 2025, será agora a penúltima do ano, a 9 e 10 de outubro, pois agora fará parte do ERC, o Europeu de ralis. Outras duas provas, o da Madeira e o Rali de Castelo Branco, farão parte do European Rally Trophy. E claro, o rali de Portugal, fará parte do WRC.

Para além disso, a pontuação do Campeonato de Portugal de Ralis será constituído pelos sete melhores resultados, num total máximo de oito participações. O rali final será a do Algarve, entre os dias 30 e 31 de outubro. 

Eis o calendário oficial:


 6 e 7 de março – Rallye Vidreiro Centro de Portugal – CA Marinha Grande

17 e 18 de abril – Rali Terras D'Aboboreira – CA Amarante

7 a 10 de maio – Rally de Portugal – ACP

29 e 30 maio – Rally de Lisboa – CPKA

19 e 20 junho – Rali Castelo Branco e Vila Velha de Rosão – Escuderia C. Branco

31 julho e 1 agosto – Rali da Madeira – Club Sports Madeira

11 e 12 setembro – Rali da Água Transibérico Euricdade Chaves-Verin – CAMI

9 e 10 outubro – Rally Five Cities North of Portugal – Demoporto

30 e 31 outubro – Rallye Casinos do Algarve – CA Algarve 

domingo, 30 de novembro de 2025

Youtube Formula 1 Video: A queda de Oscar Piastri

No meio do verão, parecia que Oscar Piastri estava bem lançado para uma candidatura sólida ao título mundial. Contudo, desde a corrida de Zandvoort que o piloto australiano não voltou a vencer, como também só conseguiu dois pódios, o último dos quais... este domingo, em Losail. 

Claro, muitos interrogam-se da razão pelo qual ele se apagou dentro da equipa de Woking em favor de Lando Norris, especialmente quando se pensava que seria o favorito para ganhar este campeonato. E quem vir o video do Josh Revell, pode ser que entenda essas razões.  

Formula 1 2025 - Ronda 23, Qatar (Corrida)


A competição está como a Liberty gosta: uma luta a três, e se arrastar até Abu Dhabi, melhor. Em Losail, tivemos um fim de semana alargado, com corrida "sprint" e tudo, com Oscar Piastri a levar a melhor, mas com Lando Norris na frente de Max Verstappen - apenas quarto, com Norris a ser terceiro, ganhando mais um ponto -  e parece que o piloto da McLaren tem tudo para ser campeão hoje. 

No fim de semana de Losail, a penúltima do ano, os pilotos e as equipas chegaram com um aviso da Pirelli sobre a durabilidade dos seus pneus. E por causa disso, há limites do uso dos pneus, ou seja, haverá pelo menos duas paragens nas boxes. A marca, que corre em monopólio na Formula 1 - para evitar o embaraço de Indianápolis 2005 - fez esta recomendação, para evitar que as equipas e os pilotos acabem com problemas alheios ao seu desempenho. E ainda por cima, numa fim de semana tão decisivo como este...

Antes da corrida, um piloto partiu das boxes: Franco Colapinto, no seu Alpine. Quanto a compósitos, os dez primeira meteram médios, Hulkenberg e Hamilton com moles, e Colapinto com duros. Em suma, todos usarão todo o tipo de pneus.

E depois do sol posto, como é norma neste lado do mundo, máquinas e pilotos estavam prontos para a penúltima prova do ano. O primeiro "match point", onde Lando Norris tinha tudo a ganhar, se usasse a cabeça e tivesse sorte. 57 voltas pela frente e no final, provavelmente, um campeão.


Na partida, Piastri partiu bem, mas Max largou melhor e passou Norris para ser segundo. De resto, tudo pacifico, sem asneiras. Norris partiu mais lento, mas não comprometeu em nada. E com isto, o campeonato ia para Abu Dhabi. Nas voltas seguintes, os pilotos tentavam melhorar as suas posições, mas sem ar limpo na frente, passar nesta pista era complicado. 

Na volta 5, Piastri já tinha mais de dois segundos de vantagem sobre Max, e a mesma distância entre ele e Norris. O neerlandês era o mais rápido, mas não conseguia aproximar de Piastri para ganhar mais pontos. 

Na sétima volta, Nico Hulkenberg despista-se com o pneu traseiro direito rebentado. Pierre Gasly ia para as boxes a um ritmo mais lento, também com um furo, e o Safety Car entra na pista. Altura para boa parte dos pilotos trocarem de pneus, a começar por Max Verstappen. Mas quem não ia para as boxes eram os McLaren. Mais tarde, as imagens mostraram que Hulkenberg e Gasly tocaram-se na entrada na curva 1, numa altura em que o piloto alemão atacava o nono posto do Alpine do francês.

Max regressou à pista com médios, mas os McLaren, que não foram ás boxes, tinham alegadamente algo que o resto não tinha: flexibilidade. Todos os outros teriam de parar na volta 32, algo do qual eles não iram parar. A McLaren poderia ir mais cedo, mas poderia escolher a volta. O resto... não. 


O Safety Car regressou às boxes na volta 11, com os primeiros a manterem-se, enquanto Max era terceiro na frente dos Mercedes. Os McLaren aceleraram, deixando Max a mais de dois segundos nas primeiras duas voltas depois do regresso à corrida. Sainz Jr, que era quarto, parecia que iria apanhar o piloto da Red Bull. E neste momento, todos menos Gasly, que tinha duros, tinham médios calçados e a usar.

Os McLaren foram embora de Max, ao ponto de terem quase cinco segundos perto da primeira janela da troca de pneus, e na volta 22, havia dois pilotos que arrastavam o pelotão: Sainz Jr., emn quarto, tinha oito segundos de atraso para Max, e Fernando Alonso, em sexto, segurava o resto do pelotão, 25 segundos atrás de Piastri, e no limite, poderia ser ali que os carros da McLaren poderiam regressar, depois da sua paragem nas boxes. 


Na volta 25, os pilotos da McLaren entraram nas boxes. Piastri primeiro, Norris depois, com o australiano a meter médios e a sair em quinto, na frente de Alonso e com uma troca de pneus mediana. Tudo correu bem para ambos, mas Norris saiu bem perto de Alonso, mas bastou algumas curvas para que as coisas regressassem à normalidade. Agora, era na volta 32, quando o reto do pelotão for às boxes. Na frente, Max tinha um avanço de 14,1 segundos sobre o Williams de Sainz Jr., mas atrás, Antonelli, que era terceiro, começava a ser ameaçado por Piastri. O australiano passou na volta 30, para ser terceiro, e tentava buscar Sainz Jr. antes das trocas das boxes na volta 32. 

O caos foi bem gerido, sem incidentes de maior, com Piastri na frente de Norris e Max a três segundos do piloto britânico. Mas com os pilotos do resto do pelotão sem parar até à meta, muitos deles com duros - a começar com Max - e a partir daqui, as coisas acalmaram-se, com o neerlandês a aproximar-se com os seus duros, porque os pilotos da frente tinham pneus mais velhos. Apesar da aproximação, não havia, contudo, ameaças. 

Na volta 42, Piastri troca de pneus para meter duros, e ficar com ele nas 15 voltas que faltavam. Iria regressar na terceira posição, a 17 segundos do piloto da Red Bull, e na volta seguinte, foi a vez de Norris, também com duros, regressando em quinto, atrás de Sainz Jr e Antonelli. As coisas em termos de campeonato andam complicadas para ele.

Norris tentou apanhar Antonelli para ser quarto e menorizar os estragos, enquanto Sainz Jr, tinha alguns problemas no seu voltante, e ver as suas chances de pódio ficarem um pouco mais complicadas. Na parte final da corrida, com Max a caminho da vitória, e Piastri em segundo, Isack Hadjar sofre um furo e perde o sexto posto que tinha na altura. Pouco depois, Antonelli faz uma curva mais larga e Norris passou para ser quarto. Contudo, apesar de ter ido atrás de Sainz Jr, não foi suficiente para chegar ao pódio.


E com 12 pontos de diferença e com Max a subir para segundo no campeonato, o campeonato vai para Abu Dhabi. Como todos querem - a começar pela Liberty Media - para o bem e para o mal. 

sábado, 29 de novembro de 2025

As imagens do dia








Em 1975, Graham Hill corria desde 1958, desafiando as possibilidades. Pilotando em equipas como BRM, Lotus e Brabham, em 1973, sem um lugar numa equipa oficial, decidiu seguir o caminho de gente como Bruce McLaren, Dan Gurney, John Surtees e sobretudo, Jack Brabham, percorreram: montar a sua própria equipa.

Arranjar 90 mil libras para montar e manter uma equipa não era fácil. E ainda por cima, gerir era tão diferente como guiar um carro. E ele não estava no melhor das formas, em termos físicos: um acidente em 1969 em Watkins Glen causou fraturas em ambas as pernas, e ele sempre teve dificuldades em andar, do qual, provavelmente, se vivesse mais tempo, acabaria novamente me mesas de operações e com auxiliares, como canadianas, para poder andar, mais tarde.

Mas apesar das dificuldades iniciais - um chassis Shadow em 1973, antes de passar para o Lola na temporada seguinte - em 1975, as coisas pareciam melhorar. Tinha o seu patrocinador desde a primeira hora, os cigarros Embassy, e tinha convencido Andy Smallman, que tinha desenhado o Lola T370, a desenhar o que iria ser o GH1. O carro acabou por ser uma evolução do modelo de 1974, e ao longo da temporada, conseguiu três pontos... numa temporada atribulada: sete pilotos, incluindo Graham Hill, que depois de não ter conseguido qualificar no "seu" GP do Mónaco, decidiu pendurar o capacete de vez.

Aos 47 anos. Tão velho quanto Juan Manuel Fangio quando se foi embora, em 1958. 

Em julho, na pista de Silverstone, o velho Hill teve direito a uma volta de consagração, antes do GP da Grã-Bretanha, para receber os aplausos de uma multidão agradecida. Afinal de contas, o seu espirito otimista e bom humor o tornaram numa figura bem popular. 

Pelo meio, podia ter ganho uma corrida, em Montjuich, com Rolf Stommelen. Contudo, quando a sua asa traseira se soltou, na volta 27, causando um gigantesco acidente, acabando por matar cinco pessoas, ele acabou por estar nas primeiras páginas dos jornais no dia seguinte, pelos piores motivos.

No final de 1975, Hill estava satisfeito. Com o seu chassis próprio, tinha conseguido três pontos, e o seu melhor resultado tinha sido um quinto lugar com o australiano Alan Jones, no GP da Alemanha, e no final do verão, Smallman tinha começado a construir o seu sucessor, o GH2. Inspirado no McLaren M23 e sobretudo, no Brabham BT44, o carro parecia ser mais compacto que o anterior, começou a ser testado em Silverstone, e os tempos que estava a fazer pareciam ser muito bons. A esperança de resultados melhores em 1976 parecia ser possível.

No final de novembro, com um chassis feito, foram para Paul Ricard para mais testes de desenvolvimento. Afinal de contas, a temporada iria começar dali a pouco tempo, em paragens sul-americanas, e ter um carro pronto para correr dava uma vantagem em relação à concorrência. Hill decidira que, para 1976, iria inscrever apenas um carro para Brise, do qual tinha enormes esperanças. E ainda por cima, mais modificações fizeram com que o carro fosse fácil de guiar. 

A 29 de novembro de 1975, acabado o teste (um dia mais cedo, eles iriam regressar a 30 de novembro), a equipa decide regressar a Londres. Graham Hill iria ter uma reunião com potenciais patrocinadores, e embarcou no Piper Aztec com matricula americana N6645Y. Com ele iam Smallman, o piloto Tony Brise, o diretor de equipa, Ray Brimble e os mecânicos Terry Richards e Tony Alcock. Havia mais um elemento que normalmente os acompanharia, mas decidiu não ir nesse dia: Antony Armstrong-Jones, Lord Snowdon, então marido da princesa Margarida, irmã da rainha Isabel II.

No caminho para Londres, perto do canal da Mancha, viram-se no meio do nevoeiro que cobria todo o sul do Reino Unido, Londres incluindo. Poderiam ter ido mais a norte, para a Bélgica, para contornar o nevoeiro, mas ele não quis. E como era novembro, a noite já tinha caído há muito quando chegaram aos arredores de Londres. 

O seu destino era o aeródromo de Elstree, em Barnet, no norte de Londres. Perto das 21 horas, o contacto com a torre do aeroporto de Heathrow disse que a visibilidade rondava os mil metros, mas pouco depois, tinha descido para os 800 metros. O controlo, cerca das 21:20, disse que poderia baixar até cerca dos 1500 pés - 480 metros - e mais abaixo disso, era por sua própria conta e risco. O último contacto foi pelas 21:28, e o sinal perdeu-se no radar instantes depois. 

O Piper Aztec, já com o trem de aterragem e os flaps estendidos, roçou o topo de uma grande árvore dentro do campo de golfe de Arkley, a 5,6 km (3 milhas náuticas) a leste e a 40 metros (130 pés) acima do aeródromo de Elstree. De seguida, desceu ainda mais, colidindo com mais árvores, rolando para a direita, atingindo o solo com a ponta da asa e caindo finalmente num bosque. Um incêndio intenso deflagrou após o impacto, destruindo a maior parte da aeronave. Todos os seis ocupantes tiveram morte imediata.

Em 1975, o aeródromo de Elstree estava equipada com luzes de bordo e um indicador visual de inclinação de baixa intensidade, mas não possuía qualquer auxílio rádio e não existiam procedimentos de aproximação por instrumentos, o que o tornava inadequado para operações com baixa visibilidade. Testemunhas próximas do local do acidente relataram que, naquele dia, as condições meteorológicas na altura eram de nevoeiro denso, com visibilidade de 50 a 100 metros. Horas antes, um outro avião tentara aterrar ali por três vezes, antes de desistir e ir para outro aeródromo. No inquérito feito pela AAIB, a autoridade britânica para os acidentes aéreos, falou-se que naquele dia, acima dos mil pés - cerca de 300 metros - a visibilidade era muito boa. 

A noticia do acidente mortal de Hill e dos outros cinco membros causou ondas de choque no Reino Unido, e pouco depois, abriu-se o inquérito. Entrevistaram-se várias testemunhas, incluindo Damon Hill, o seu filho, então com 15 anos. O relatório foi apresentado a 29 de setembro de 1976, e sem chegar a uma conclusão definitiva, apontaram para um erro de pilotagem, no sentido de Graham Hill ter confundido as luzes de Barnet com as de Borehamwood (vinha numa rota mais a sul que o habitual), tendo começado a descida, ignorando que estava por cima do campo de golfe de Arkley e do bosque adjacente. 

Para piorar as coisas para a família, Graham Hill nunca tinha colocado ninguém no seguro. Nem ele, os membros da equipa e o próprio avião. Tinha matricula americana, mas a FAA, a autoridade americana de aviação, tinha tirado do seu registo em 1974. Hill nunca tratou da matricula britânica, e por causa disso, a família de Andy Smallman decidiu processar os Hill em tribunal. Um acordo foi alcançado em meados de 1977, mas por essa altura, a equipa tinha fechado, já que depois do acidentem a equipa ficara reduzida a três membros: o diretor adjunto, Allan Turner, e dois mecânicos. 

Tudo isto, faz agora meio século.

WRC 2025 - Rali da Arábia Saudita (Final)


E de todos os candidatos, o melhor acabou por ser... Sebastien Ogier. Acabando no terceiro posto, depois de Thierry Neuville, o vencedor, e de Adrien Formaux, o segundo classificado, o piloto de 41 anos consegue o seu nono título mundial, o primeiro com o piloto francês em "part time"  - ele já disse que em 2026 fará dez ralis.

No final do rali, ele falou sobre o título alcançado: "Que época, sem dúvida. Que disputa com Elfyn [Evans] e Scott [Martin]. Levaram-nos ao limite até à última etapa do ano. Foi uma época de sucesso para toda a equipa - orgulhosa por fazer parte desta família!", comentou.

E quanto a 2026, há motivos familiares por trás da temporada parcial que pretende ter. “Não tenho motivação para um ano completo. Perdi uma semana de férias do meu filho no Rali do Japão e quero evitar isso,” explicou.

Já Elfyn Evans, que foi sexto, disse de sua justiça sobre o resultado e o campeonato a favor do piloto francês. "Quer dizer, foi uma prova difícil, obviamente. Acho que fizemos o que podíamos dentro do razoável. O furo no pneu no sábado de manhã não ajudou, mas faz parte do jogo, todos têm os seus problemas. No final do dia, somos concorrentes e queremos sempre mais. Obrigado a todos - TGR, trabalho incrível. Obrigado, pessoal!", disse o piloto galês.

Já Kalle Rovanpera, que se despede do WRC neste rali para tentar a sua sorte nas pistas, deu uma mensagem de agradecimento à Toyota pelas temporadas ao seu serviço.

"Foi simplesmente incrível. Em primeiro lugar, preciso de agradecer muito ao Jonne [Haltunen, seu navegador], claro, tivemos momentos maravilhosos juntos. O resultado foi ótimo, mas o que mais me marcou foram os momentos divertidos. Agradeço a cada pessoa que esteve comigo e com o Jonne nesta jornada. Um agradecimento especial à Toyota por todos estes anos fantásticos, a todos na equipa e aos adeptos desde o primeiro dia. Não tenho palavras para agradecer a todos. Parabéns ao Seb [Ogier] se conquistar o título, ele merece totalmente. Um agradecimento especial a uma pessoa em particular: obrigado, Jasse, foste o meu único seguidor desde o primeiro dia!", afirmou.

Com três especiais até ao final, o dia começou com Sesks na frente, depois da penalização de Adrien Formaux. Com passagens duplas por Thaban - a segunda das quais seria a Power Stage - mais uma passagem única por Asfan, o dia iria ser duro. Formaux partiu ao ataque, ganhando 3,4 segundos a Kalle Rovanpera, quatro segundos a Thierry Neuville e 8,1 a Ogier. Sesks era cauteloso na pista e conseguia o sexto tempo, a 9,4, e com isso, era passado por Neuville na liderança.

Ogier ganhou na especial seguinte, 2,6 segundos na frente de Neuville, 6,3 sobre Pajari e 7,1 sobre Formaux. Sesks perdeu mais de sete minutos, primeiro, com dois furos, e depois, com problemas no motor, que trabalhava com menos um cilindro. Depois de ver os problemas, o letão decidiu retirar o carro antes da última especial, para desgosto dele e dos que seguiam neste rali. Takamoto Katsuta também teve problemas, primeiro com um furo, depois capotando, acabando por perder um minuto e 21 segundos. 

Na Power Stage, Evans acabou por ser o melhor, 7,2 segundos na frente de Sebastien Ogier, 9,7 sobre Ott Tanak e 9,9 sobre Kalle Rovanpera. 


No final, Neuville estava feliz com o resultado: "Muito especial [desta vitória]. Foi uma época super difícil, com uma vitória inesperada. A família estava lá para apoiar também, não podia ter sido melhor. Temos muito trabalho pela frente para nos prepararmos para o próximo ano. Vamos continuar a lutar e esperamos ter todo o apoio necessário para estarmos prontos para o próximo ano."

E continuou: "As próximas semanas serão as mais importantes para nos ajudar a sermos novamente candidatos em 2026. Precisamos de fazer mais algumas atualizações e melhorias no carro, bem como desenvolver a estrutura dentro da equipa. Aprendemos muito sobre a evolução do carro recentemente e agora precisamos de nos esforçar para colocar esses conhecimentos em prática.

Depois do pódio, neste rali saudita, quarto foi Sami Pajari, a 1.51,7, não muito longe dele ficou Takamoto Katsuta, a 1.59,9. Sexto foi Elfyn Evans, a 3.43,9, na frente de Kalle Rovanpera, a 5.31,5. Gregoire Munster foi oitavo, a 7.07,2, na frente do seu companheiro de equipa, Josh McErlean, a 8.30,5. E Oliver Solberg foi o melhor dos Rally2, a 10.00,6.

E assim acaba a temporada de 2025. A nova temporada começa dentro de cerca de dois meses, no asfalto de Monte Carlo. 

Youtube Automotive Video: Uma restauração que correu mal

Para quem não sabe, o Richard Hammond decidiu fazer há uns tempos uma oficina, The Smallest Cog, com o intuito de restaurar carros. E claro, com o tempo, lá arranjou clientes no qual confiaram os seus carros. E quem foi um desses seus clientes? James May!

Ora, May, ou "Capitão Lento", como sabem, confiou nele o seu Triumph Stag, que usou no último "The Grand Tour", onde foram dar uma voltinha pelo Zimbabwe. E claro, ele foi restaurado para a sua cor original, e no regresso, ambos foram dar uma volta para ver se tudo está bem. 

E podem ver aqui o resultado...  

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Youtube Endurance Video: O teste da Gensis-Magma em Aragon

A Genesis-Magma, a divisão de competição da Hyundai, está a todo o vapor nos testes do seu Hypercar para a próxima temporada, e hoje, colocou um video destes testes para mostrar a evolução do seu veículo. 

As filmagens foram feitas em Aragão, com pilotos como Pipo Derani atrás do volante, mostrando a resistência dos materiais, e também a mostrar que as coisas começam a ficar prontas para a próxima temporada, que arrancará em abril, no Qatar. Mas sobretudo, para junho, na próxima edição das 24 Horas de Le Mans. 

WRC 2025 - Rali da Arábia Saudita (Dia 2)


O francês Adrien Formaux continuava na frente do Rali da Arábia Saudita, mas tem na sua peugada gente como Martins Sesks e Thierry Neuville, fazendo do vencedor algo que não está assegurado. O piloto da Hyundai tinha uma vantagem de 2,4 segundos sobre o letão da Ford, e 5,8 segundos sobre o piloto belga, seu companheiro de equipa. E digo "tinha", porque algum tempo depois, os comissários penalizaram-o e houve mudanças na liderança.  

Em termos de luta pelo título, Kalle Rovanpera está na frente de Sebastien Ogier , que por sua vez, leva a melhor sobre Elfyn Evans, O finlandês é quinto, o francês é sexto, mas ambos estão a mais de um minuto dos primeiros, contra o oitavo posto do piloto galês. E a diferença entre Rovanpera e Ogier é de quase três minutos (1.12, 6 para o finlandês, 1.12,8 para o francês, 3.54,8 para o galês), logo, tudo indica que estes dois são os favoritos, com o francês a caminho de um nono título mundial, mesmo não tendo participado em todos os ralis da temporada, e o finlandês a querer acabar o seu capitulo nos ralis com chave de ouro, antes de passar para as pistas. 

Com Formaux a acabar o dia na frente de Sesks e Sami Pajari, outro finlandês da Toyota, o dia de sexta-feira tinha seis especiais pela frente, passagens duplas por Alghullah, Um Al Jerem e Wadi Almatwi. E claro, evitar os furos mais que possível. 

Logo de manhã, o dia começou com Formaux a ataque, vencendo a especial e alargando um pouco a sua liderança, 1,8 segundos sobre Sami Pajari e 2,9 sobre Martins Sesks, que se queixava dos erros cometidos por ele durante a especial. Tanak foi o quarto, a 4,3. A seguir, Tanak atacou e ganhou a especial, mas no limite, porque Sesks, o segundo, fiocou a 0,1 segundos. Pajari foi o terceiro, a 3,1 e Formaux o quarto, a 5,7. Alguns pilotos, como Thierry Neuville, queixavam-se dos amortecedores, mas para Josh McErlean, foi pior: o seu motor parou de funcionar. 

E Kalle Rovanpera, quinto na especial a 13,1 segundos, falava das dificuldades deste rali: "Muito difícil. Muitas lombas e curvas cegas. Estou a tentar forçar o ritmo, mas tenho de trabalhar muito no carro, por isso não é fácil. Apesar disso, estou a ficar mais rápido a cada especial.", afirmou.


Tanak repetiu a vitória na especial seguinte, ganhando 1,8 segundos sobre Sesks, 2,4 sobre Pajari e 3,1 sobre Formaux. O estónio poderia ter acabado a manhã no quarto posto, mas tinha uma desvantagem de 9,2 segundos para a liderança. Kalle Rovanpera furou e perdeu quase 15 segundos. "Por sorte, aconteceu perto do final, mas perdemos algum tempo por causa disso. Também ficámos para trás por causa do Evans, o que não ajudou em nada. Uma pena, já que precisamos de todos os segundos possíveis.", lamentou Rovanpera.

A tarde começou com Tanak ao ataque à liderança, triunfando na segunda passagem por Alghullah, 1,9 segundos na frente de Sesks e 2,9 sobre Formaux. Enquanto isso mais furos e outros acidentes mexiam com o pelotão: Ogier tinha um furo lento, mas não perdeu muito - apenas 5,6 segundos, e ainda ficou 1,8 segundos na frente de Elfyn Evans! - Takamoto Katsuta saiu de estrada e perdeu 22 segundos e Nasser al Attiyah também perdia tempo, com um furo.

Sesks ganhou na segunda passagem por Um Al Jerem, com oito segundos de avanço sobre Thierry Neuville, e com isso, ficou com a liderança do rali com... 22,1 segundos sobre Formaux. E isso porque o francês falhou um cruzamento, e isso o fez perder 24 segundos. Pior ficaram Ott Tanak e Sami Pajari, que tiveram furos e perderam muito tempo. O estónio perdeu um minuto e meio, o finlandês, dois minutos e 11 segundos. Gregoire Munster e Nasser al Attiyah sairam de estrada, mas os estragos não foram muitos. 

"Não é fácil encontrar aderência na frente do carro. Uma vez perdemos o controlo e ainda tivemos cuidado com as costas do Candido [o salto de ontem causou lesões nas costas de Candido Carrera, o navegador de Nasser Al Attiyah].", disse o piloto qatari, que agora é 17º na geral.

No final do dia, na segunda passagem por Wadi Almatwi, Kalle Rovanpera levou a melhor, 7,2 segundos sobre Thierry Neuville, mas como na especial anterior, os furos mexeram na classificação: Sesks perdeu 54,1 segundos, Formaux 29,6, antes de ter mais um minuto de penalização, que o fez perder a liderança, Neuville também furou, mas perdeu apenas 7,2 segundos, e Ogier, 23,8. 

Mas Tanak ficou com pior: dois furos, um a meio da especial e outro na parte final, fizeram-no perder dez minutos, praticamente acabando as suas hipóteses de vitória. 


Mas depois do final da especial, os comissários decidiram aplicar um minuto de penalização a Formaux, fazendo-o cair para quarto, dando a liderança a Sesks. 

Assim, agora, o letão tem uma vantagem de 3,4 segundos sobre Thierry Neuville, com Katsuta Takamoto em terceiro, a 41,5. Depois de Formaux, Rovanpera é quinto, 0,2 segundos na frente do francês, e o sétimo é Sami Pajari, a 1,34,8. Elfyn Evans é oitavo, a 3.54,8, e a fechar o "top ten" estão o Ford de Gregoire Munster, a 6.13,4, e o Toyota Rally2 de Oliver Solberg, a 7.26,7.

O rali da Arábia Saudita termina amanhã, com a realização das últimas três especiais.  

Youtube Formula 1 Video: A entrevista de Max Verstappen

Nas vésperas do GP do Qatar, Max Verstappen sentou-se com Chris Medland para falar sobre as suas chances de alcançar o título, agora que está a 24 pontos de Lando Norris, e, claro, com duas corridas e uma Sprint Race para cumprir. 

Na entrevista, fala-se sobre a sua recuperação, a sua batalha com as McLarens, e qual é o seu estado de espírito - e da Red Bull - neste momento. A entrevista tem pouco mais de oito minutos.  

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

A imagem do dia



Este é o fim de semana do GP do Qatar, e o mais interessante é que é o último com corrida "sprint" no calendário. E depois da desclassificação dos McLaren em Las Vegas, por causa do desgaste no fundo dos seus carros, os observadores começaram a afirmar que isto deu o caminho aberto para que Max Verstappen ataque os McLaren para um eventual quinto título mundial. 

E para terem uma ideia ao ponto que todos andam excitados com isto, a Canal + francesa fez duas promos da luta McLaren-Red Bull que meteu nas redes sociais. O primeiro com a musica da banda sonora do "Terminator", a segunda com a banda sonora de "Tubarão". Contudo, por muito entretenimento que isto cause, a realidade é que... Lando Norris pode ser campeão este domingo. Uma vantagem de 24 pontos sobre Oscar Piastri e Max Verstappen demonstra que ele tem tudo sob controle, e se não bater com o carro ou não ter problemas mecânicos, mesmo que ele ganhe, e ficar em segundo, o título poderá não estar resolvido ali, mas chegará a Abu Dhabi com mais chances de ficar com o título que o neerlandês da Red Bull. 

Ou seja, depende de si mesmo. 

E nos últimos tempos, se formos ver bem, Lando Norris está mais maduro que em temporadas anteriores. É certo que a manobra nos metros iniciais do GP de Las Vegas não foi a mais fantástica do mundo, ele decidiu levar o carro até ao fim, e sem aqueles problemas, teria perdido apenas os sete pontos da diferença entre o primeiro e o segundo classificado, e teria certeza que será campeão em Losail. Mas a desclassificação estragou um pouco os planos, é verdade, mas o britânico continua a depender de ele mesmo para resolver a questão. 

Para resolver tudo neste final de semana, Norris necessita apenas de superar os seus rivais por dois pontos durante o fim de semana—incluindo a corrida sprint do sábado. Facílimo, não é? Claro, as aparências iludem, muitos de vocês dirão. Mas coloquemo-nos no lado de Max. Como sabem, ele está sempre no pódio desde Zandvoort - a última corrida onde acabou fora foi em Hungaroring, no inicio de agosto. Mas quando ele saiu dali, a sua diferença para Lando Norris era de... 97 pontos. É uma recuperação e tanto, de 97 para 24. Mas o neerlandês da Red Bull está desde então de "match point" em "match point", como no ténis. Jogar o último "set" de uma desvantagem de 5-2, depois de Norris ter ganho os dois primeiros "sets" de uma final de um "Grand Slam" como Wimbledon ou Roland Garros, e chegar a um 5-4, com 40-15 a favor de Lando é um feito, mas ele tem tudo controlado. Basta ele não se afastar o suficiente, ou, se formos à analogia do ténis, não falhar o próximo "match point".

E é verdade: Max tem tudo a seu favor em termos de carro e equipa. Mas não no calendário. Ou seja, a reação pode ter chegado tarde para impedir a McLaren de conseguir o primeiro título de pilotos desde Lewis Hamilton, em 2008. Mas... está a ser um final de temporada entretido, não há dúvida. 

PS: Descobri nesta madrugada a entrevista que a Formula 1 fez a Max Verstappen e fiz um post sobre ele. Se quiserem ver, é ir um pouco mais acima ou seguir este link, para assistir na íntegra. 

WRC 2025 - Rali da Arábia Saudita (Dia 1)


Adrien Formaux lidera o rali da Arábia Saudita, seis segundos exatos de vantagem sobre o Toyota de Sami Pajari. O Ford de Martins Sesks não anda longe, em terceiro, a 6,9, no seu Ford, na frente de Ott Tanak, no seu último rali a tempo inteiro, a 13,7. Tudo isto numa prova marcada por muitos furos, devido á dureza da superfície de terra. 

Prova de estreia no WRC, e a última do calendário, o primeiro dia começou ontem à noite, quando na Jameel Motorsport Super Special, Ott Tanak, que está no seu último rali a tempo inteiro num Hyundai oficial, levou a melhor sobre a concorrência, liderada por Sebastien Ogier, por 1,2 segundos. Martins Seks, no seu Ford, era o terceiro, a 1,6. 

O dia de quinta-feira começou com passagens duplas por Al Fasallyah, Moon Stage e Khulays, e começou com Martins Sesks ao ataque, ganhando as duas primeiras especiais, na primeira vez, a 0,3 de Sami Pajari, e na segunda ocasião, a 4,3 de Adrien Formaux. No final da manhã, Pajari foi o melhor, 6,8 segundos melhor que Sesks, que... se enganou na direção, depois de Elfyn Evans ter cometido o mesmo erro. Kalle Rovanpera furou e perdeu 49,6 segundos.

No final, um frustrado Rovanpera falou sobre o que aconteceu: "Não bati em nada. Isto [o furo] resume-se perfeitamente este ano. O tempo todo assim. Agora, basicamente, a menos de um quilómetro do início da etapa... e pronto. É o que é.", lamentou.


A parte da tarde começou com a segunda passagem dos carros pelas classificativas da manhã, com Sesks ao ataque, ganhando na segunda passagem por Al Fasallyah, 2,2 segundos de vantagem sobre Sami Pajari e 3,1 sobre Formaux e Ogier, empatados no terceiro lugar. Nasser Al Attiyah perdeu a porta traseira do seu Puma Rally1 depois de ter caído mal depois de um salto. 

Pajari ganha na especial seguinte depois de Sesks ter furado e perdido 16,8 segundos, mas não foi o único, pois Takamoto Katsuta também furou e Nasser Al Attiyah sofreu um furo tão grande que teve de mudar a roda, perdendo mais de sete minutos. Tudo isto numa especial que muitos consideravam "abrasiva". 

Mas a liderança da Pajari foi sol de pouca dura, porque ele também furou, e o comando caiu nas mãos de Formaux, numa especial ganha por Ott Tanak, que conseguiu uma vantagem de 0,8 sobre Thierry Neuville e 2,9 sobre Formaux. 

O dia acabou com Ogier a levar a melhor, empatado com Sesks, na segunda passagem pela Jameel Motorsport Super Special. Tanak foi o terceiro melhor, a 0,5 segundos, na frente de Thierry Neuville, a 0,6. 


Depois dos quatro primeiros, o quinto é Thierry Neuville, a 14,9, na frente de Takamoto Katsuta, a 22,9, no seu Toyota. Sebastien Ogier é sétimo, a 44,2, na frente de Kalle Rovanpera, a 1.21,2. E a fechar o "top ten" estão o Toyota de Elfyn Evans, a 1.25,3, e o Ford de Gregoire Munster, a 2.10,9.

O rali da Arábia Saudita prossegue na sexta-feira, com mais seis especiais.

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Os rumores de Madring


A pista de Madrid já tem lugar no calendário do Mundial de Formula 1 de 2026, mas a pouco menos de seis meses da sua realização, e com as obras em andamento, surgiram fortes rumores sobre a sua realização, pelo menos na data marcada. 

 As especulações começaram no inicio desta semana após uma reportagem da RMC Motori, cujos jornalistas italianos visitaram o local das obras e relataram a presença de maquinaria parada, vastas áreas ainda por desenvolver e poucos sinais aparentes de progresso. A publicação alegou ainda que fontes da Liberty Media manifestaram preocupações sobre eventuais atrasos. E no final da reportagem, a publicação falava que Imola estaria a postos como alternativa à pista madrilena.


Com os rumores a todo o vapor, fontes do Madriring foram à imprensa refutar esses rumores. Em declarações ao portal espanhol Soy Motor, os organizadores do circuito afirmaram que as obras estão totalmente dentro do calendário, acrescentando que não existe qualquer preocupação relativamente aos prazos e que o Grande Prémio será realizado nas datas estipuladas.

Miguel Ángel García Martín, da Presidencia, Justicia y Administración Local​de la Comunidad de Madrid, reforçou a mensagem, assegurando que todos os trabalhos planeados estão a ser executados e que os madrilenos podem estar tranquilos. Recordou também que a construção começou em Maio e mantém-se alinhada com o objectivo de concluir o circuito até ao final de Maio de 2026.

E o alcaide de Madrid, José Luis Martínez-Almeida, reforçou essas certezas, garantindo que a construção decorre dentro do previsto e sem atrasos. “Não sei de onde veio essa notícia, mas o circuito está adiantado em relação ao calendário e tudo está a correr na perfeição”, afirmou Martínez-Almeida, em conferência de imprensa no Ayuntamiento de Cibeles, citado pela Europa Press Madrid.

O autarca acrescentou: “Madrid, apesar da relutância e do incómodo de alguns, vai ter um Grande Prémio de Fórmula 1, e será um dos melhores, se não o melhor. Os patrocinadores estão garantidos, o circuito está a ser construído, por isso lamento, mas a 12 de setembro do próximo ano haverá Fórmula 1 em Madrid — e será um verdadeiro sucesso.


Por fim, o diário desportivo Marca relatou um ambiente de confiança dentro da organização do Madring, referindo que todas as tarefas estão a avançar “a bom ritmo”. A FIA deverá realizar uma inspeção oficial ao circuito a 15 de Dezembro.