quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sistema KERS pode não ser usado em 2010?

Já queria falar sobre isto ainda ontem, mas só consegui arranjar tempo agora.


O sempre insuspeito site inglês de automobilismo "Grand Prix", afirmou ontem que as equipas inscritas na FOTA poderão ter feito este fim de semana em Singapura um acordo de principio respeitante ao mal amado sistema de recuperação de energia KERS. Todas elas acordaram tácitamente que não utlizarão o sistema na temporada de 2010, mas seriam livres de desenvolver e utilizar, a partir de 2011, sistemas mais desenvolvidos e mais eficazes de recuperação de energia.


Aparentente, a FOTA queria tomar esta medida há mais tempo, mas a Williams se opôs a isso por estar a desenvolver um sistema mais eficaz de recuperação, que esperava estar pronto no próximo ano. Contudo, houve atrasos no desenvolvimento deste sistema, logo, as objecções foram agora levantadas.


Ainda não existem anuncios oficiais sobre este caso, mas o facto do sistema KERS, imposto pela FIA e por Max Mosley, ter sido algo incompreendido pelas equipas, devido ao seu peso e a sua pouca eficácia, pelo menos nesta temporada. Algumas equipas nunca o instalaram, outras retiraram-no ao fim de algumas corridas, e outras, como a McLaren, Ferrari e Renault, tem-no instalado nos seus carros, embora somente a equipa de Woking ter sido beneficiada com este sistema, dado que graças à sua crescente eficácia, Lewis Hamilton ter sido o primeiro a ganhar corridas com ele instalado.

Troféu Blogueiros - As notas de Singapura

Com um dia de atraso, bem sei (só consegui ver isto hoje...), mostro-vos agora as notas que os blogueiros deste painel deram às performances dos pilotos no monótono GP de Singapura.




Não se pode dizer que haja aberrações em termos de notas, porque aqui venceu o melhor piloto durante o fim de semana (também numa corrida monótona...) e ninguém colocou notas mais altas daquelas que verdadeiramente mereciam, digo eu!




E agora... vamos para Japão!

Já é oficial! Fernando Alonso é piloto da Ferrari

E pronto: a Ferrari anunciou oficialmente aquilo que já se sabia há eras: Fernando Alonso vai ser o seu piloto a partir da temporada de 2010, num contrato que terá a duração de três épocas. Substituirá Kimi Raikonnen na equipa, que provavelmente irá para a McLaren.


"Estamos orgulhosos em poder dar as boas vindas à nossa equipa a mais um piloto 'vencedor', que já demonstrou o seu grande talento, ao vencer dois Campeonatos do Mundo de Formula 1. ", começou por referir Stefano Domenicali, acrescentando: "Queremos agradecer ao Kimi por tudo o que fez durante a sua estadia na Ferrari. Foi Campeão no primeiro ano com a equipa, e teve um papel primordial nos títulos de Construtores da equipa em 2007 e 2008.", concluiu.


Já Kimi Raikonnen, se pronunciou relativamente ao anúncio da sua substituição por Fernando Alonso na Ferrari, dizendo-se "muito triste pelo desfecho", mas resumiu a sua passagem pela Scuderia como três anos "fantásticos".


"Acordámos em terminar a nossa ligação que se estendia até ao fim de 2010. Estou muito triste por deixar uma equipa com quem passei três anos fantásticos, durante o qual venci muitas corridas e onde, juntos, vencemos 50% dos títulos mundiais. Consegui o título de pilotos em 2007, alcançando assim, a meta a que me propus no início da minha carreira. Sempre me senti como se estivesse em casa e irei ter muitas lembranças felizes deste período com a equipa.", concluiu.


Agora que esta novela terminou, o que acho disto tudo? Para já, só explanarei isto com mais calma a partir de amanhã. Mas digo o seguinte: ainda se lembram do final de Nurburgring 2007? Vão lá ao Youtube para verem o que se passou, se já vos apagou a memória... espero que Massa seja forte, pois este vai ser o maior desafio de todos, provavelmente maior do que o seu acidente na Hungria. É o que penso, por agora.

GP Memória - Canadá 1979

Depois do pelotão da Formula 1 comemorar os títulos de pilotos e construtores da Ferrari, na sua casa de Monza, era a altura de correr as duas etapas finais deste campeonato, em paragens americanas. A primeira dessas corridas era em Montreal, no Canadá, onde o agora vice-campeão do mundo, Gilles Villeneuve, se sentia em casa, e queria repetir o feito do ano anterior, onde venceu a corrida.


Na lista de inscritos havia algumas alterações significativas. A Fittipaldi inscrevia um segundo F6 para Alex Dias Ribeiro, enquanto que a Tyrrell tinha um terceiro carro para o irlandês Derek Daly. A Alfa Romeo tinha levado para Montreal os seus dois carros, para Bruno Giacomelli e Vittorio Brambilla, preparando-se para a temporada de 1980, onde apareceriam em força. Ao todo estavam 30 carros, para 24 lugares, e os problemas começaram a surgir para os organizadores. Assim sendo, pediram à Alfa Romeo para que participassem sozinhas numa pré-qualificação, onde o melhor entraria. A equipa recusou, dizendo que tinham direito a correr da mesma forma que os outros pilotos. A organização impediu inicialmente que os Alfa Romeo corressem em pista, mas no final chegou-se a um compromisso, deixando apenas um carro, o de Brambilla, enquanto que o outro carro, o de Giacomelli, ficava de fora.


Com este compromisso alcançado, máquinas e pilotos foram para a pista correr, mas na sexta-feira à tarde, o paddock da Formula 1 é abalado pela inesperada notícia da retirada de Niki Lauda. Após nove anos de competição e dois títulos mundiais, o piloto austríaco, que estava a ter uma má temporada nesse ano, decidira que era altura de retirar-se da competição e dedicar-se ao seu projecto aéreo, a Lauda Air. Apanhado de surpresa pela decisão (mas não tanto, como veio a saber-se mais tarde), Bernie Ecclestone foi buscar o argentino Ricardo Zunino para correr no seu carro para esta corrida. Chegou a pedir pelos altifalantes do circuito se havia algum piloto disponível para correr, e Zunino apareceu.


Depois disto, a qualificação prosseguiu, com Alan Jones e conseguir superar o ídolo local Gilles Villeneuve e fazer a “pole-position”, com Villeneuve logo a seu lado. Na segunda fila estava o segundo Williams de Clay Regazzoni, que tinha a seu lado o Brabham-Alfa Romeo de Nelson Piquet. Na terceira fila estava o Ligier-Cosworth de Jacques Laffite e logo atrás o Tyrrell-Cosworth de Didier Pironi. A quarta fila tinham os Renault de Jean-Pierre Jabouille e René Arnoux, e para fechar o “top ten” estavam o Ferrari de Jody Scheckter, agora campeão do Mundo, e o Lotus-Cosworth de Mário Andretti.


Ricardo Zunino portou-se bem e ficou com o 19º tempo na qualificação, imediatamente atrás de Vittorio Brambilla e o seu Alfa Romeo oficial, enquanto que havia cinco pilotos não-qualificados: o Arrows-Csoworth de Jochen Mass, o Wolf-Cosworth de Keke Rosberg, o Ensign-Cosworth de Marc Surer, o Merzário-Cosworth de Arturo Merzário e o Copersucar-Coaworth de Alex Dias Ribeiro.

No início da corrida, Villeneuve leva a melhor sobre Jones e passa para a liderança. Regazzoni é terceiro, seguido por Piquet. Na volta seguinte, o brasileiro fica com o terceiro lugar, enquanto que Jones persegue Villeneuve. A corrida foi um constante perseguição entre Jones e Villeneuve, com o canadiano, graças ao poder do seu Ferrari, a conseguir superar um Williams que era melhor em termos aerodinâmicos. Esta perseguição durou mais de metade da corrida, até à entrada da 50ª volta. No final da virada do Casino, Jones atacou a liderança do canadiano, e conseguiu superá-lo, com uma ultrapassagem louca, pois ambos os pilotos tocaram nas rodas. Aparentemente esta estava a ser uma manobra usual nas pistas nessa temporada…


Após isso, Jones passou a caça e Villeveuve era o caçador. Perseguido a partir dali, o canadiano quis reempossar a liderança que a tinha tirado no inicio da corrida, mas Jones conseguiu segurar o piloto local, e estava disposto a fazê-lo até ao final da corrida. Mais atrás, Piquet estava num sólido terceiro lugar e a caminho de um pódio mais do que certo. Contudo, a poucas voltas do fim começou a ter problemas com a caixa de velocidades do seu Brabham e começou a perder posições. Mais tarde, acabou por abandonar. Assim, o terceiro lugar ficou nas mãos de Regazzoni.


No final da 72ª volta, a bandeira de xadrez era mostrada e Jones tinha levado a melhor sobre Villeneuve, em solo canadiano, com Clay Regazzoni a acompanhá-los no pódio, na terceira posição. Aquele que viria a ser o último pódio do piloto suíço na sua longa carreira na Formula 1. Nos restantes lugares pontuáveis focaram o novo campeão do Mundo, Jody Scheckter, o Tyrrell-Cosworth de Didier Pironi e o McLaren-Cosworth de John Watson. Agora, máquinas e pilotos rumavam a Watkins Glen para um devido encerramento da temporada.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Videos do Mantovani - GP de Singapura



O video desta semana do Bruno Mantovani, sobre o GP de Singapura deixa-nos a penasr: quem serão os que se escondem na sombra? Alguns falam no retorno de Briatore e Symmods, mas outros, a ver pelo aparecimento da última persongaem neste video, pode julgar que tem a ver com os pilotos que espreitam as novas vagas para 2010. Regressos e algumas coisas mais... é bem capaz.


Enfim, cada um que tire as suas conclusões.

"Guerilla Marketing" em Singapura!



Ponham-se a pau, meus amigos, que momentos destes não faltarão até ao dia 23 de Outubro, dia das eleições para a presidência da FIA. Se muitos acreditam que Jean Todt tem a eleição na mão, creio que se deve pensar maus algumas vezes. Depois de ontem ter lido que Todt desprezou o representante sul-africano e este ter reagido furiosamente (don't mess with South Africa, Jean!), no Domingo, as câmaras seguiam a "entourage" de Todt, que vinha acaompanhado de Bernie Ecclestone.


Só que não contavam com o "raid" de Ari Vatanen, o outro candidato à presidência, qual Emplastro (no bom sentido), que decidiu entrar ali sem pedir autorização a ninguém, para sacar um cumprimento a Todt. Pode-se ouvir Ecclestone a dizer algo como "watch it!", mas ele nem se importava... Confesso que dei as minhas risadas, nesta pérola que vi no site da RTP dedicado a Formula 1!

Noticias: Alonso na Ferrari, Raikonnen a caminho da McLaren

Os sites de hoje acordam com duas noticias perfeitamente relacionadas: Kimi Raikonnen vai para a McLaren, e no seu lugar entra Fernando Alonso, proveinente da Renault.

Esta manhã, a BBC Sport anuncia no seu site de que asturiano Alonso assinará um contrato por dois anos, com um valor anual de 19 a 25 milhões de euros por ano, com mais uma extensão de contrato de dois anos, e ainda uma sexta temporada como extra, dependente de várias circunstâncias. No final, Alonso poderá ficar na marca do Cavalino até 2014, altura em que terá 33 anos, ideal para encerrar a sua carreira na Formula 1. Segundo o próprio site, apesar do anuncio oficial ser feito este fim de semana, durante o GP do Japão, Alonso poderá ter chegado a um entendimento com a marca de Maranello desde Julho de 2008.

Quanto ao seu substituto na Renault, o grande candidato ao lugar é o polaco Robert Kubica, que viria da BMW Sauber.

Quanto a Kimi Raikonnen, o seu destino na Formula 1 é mais um regresso. Alguma imprensa desportiva aponta que o piloto finlandês de 29 anos poderá ir para a McLaren, fazendo parelha com Lewis Hamilton, mais uma "dupla de sonho" que a marca de Woking já nos habituou, desde os tempos de Lauda/Prost, em 1984/85, que teve como auge a relação tempestuosa entre Senna/Prost, em 1988/89. Raikonnen quis cumprir o contrato até ao final, mas com a Ferrari a indicar-lhe o caminho de saída, ele não teve outra hipótese que negociar a sua saída.

Quanto a Heiki Kovalainen, o seu destino ainda é desconhecido. Mas com o "engordamento" da Formula 1 previsto para 2010, lugares não faltarão.

Noticias: Glock dispensado da Toyota

Depois de duas temporadas na Toyota, Timo Glock foi libertado pela sua equipa para procurar novo poiso na Formula 1. A noticia surgiu primeiro na imprensa alemã, mas depois foi o próprio que o confirmou este fim de semana em Singapura, antes do piloto alemão conseguir igualar o seu melhor resultado de sempre, o segundo lugar no circuito citadino noturno.


"Agora, tenho de procurar alternativas. Tenho várias possibilidades e estou muito confiante. Vamos ver o que acontece esta semana", afirmou Timo Glock.


Esta noticia poderá ser para muitos analistas um sinal de que a Toyota poderá anunciar a sua retirada neste fim de semana, no Japão, para se concentrar de novo em Le Mans, mas ainda nada se sabe sobre o destino de Jarno Trulli, o outro piloto da marca, que está lá desde o final de 2004. Outra hipótese que se fala é que marca nipónica poderá colocar no lugar de Glock um piloto da casa, nomeadamente Kazuki Nakajima, que em principio ficará sem lugar na Williams no final desta temporada, uma vez que esta irá trocar os seus propulsores Toyota a favor de Renault ou Cosworth.


Glock, actualmente com 27 anos, está na sua terceira temporada na Formula 1, depois de uma estreia a meio gás em 2004, ao serviço da Jordan. Correu na CART e na GP2, onde foi campeão da categoria em 2007, para correr na marca nipónica a partir da temporada seguinte. Ao serviço da Toyota conseguiu três pódios, uma volta mais rápida e 56 pontos no total. Esta temporada está na nona posição do campeonato, com 24 pontos.

Historieta da Formula 1 - Como Bernie Ecclestone arranjou um substituto para Niki Lauda

Faz agora 30 anos sobre a primeira saída de Niki Lauda da Formula 1. Dois dias antes do Grande Prémio do Canadá de 1979, um Niki Lauda frustrado e saturado chegava-se ao pé de Bernie Ecclestone, seu patrão da Brabham, e dizia que não queria mais correr, perferindo dedicar-se à sua companhia aérea, a Lauda Air.


De repente senti um vazio, uma total falta de interesse no que estava fazendo. Fui para as boxes e acabei com tudo. Havia outro mundo lá fora. Foi uma decisão que tomei sozinho, só depois falei com Ecclestone e com os patrocinadores. Eles entenderam. Afirmei muitas vezes que um bom piloto de Formula 1 tem que ter um coração e uma cabeça muito especiais. Não sei qual dos dois mudou em mim, se o coração, se a cabeça”. (…)


Foram basicamente dez anos felizes para mim. Perfeitos. Fiz algo que gostei e me tornou rico. Que mais poderia querer? Digo que me enriqueceu, mas acima de tudo, enriqueceu a minha alma, não a minha carteira. De repente tinha o suficiente. Por isso a minha necessidade de outras coisas, o meu interesse pela aviação. Talvez daqui a dez anos, talvez mais cedo, procure outra coisa, outros objectivos. Rotina não faz o género de pessoas como eu”, afirmou semanas mais tarde, quando justificou a sua retirada das pistas.

Ecclestone aceitou a decisão do seu piloto, mas via-se a braços com um problema: quem e onde iria arranjar um substituto naquele momento, de perferência a tempo de alinhar na corrida de Domingo? Ainda por cima, iria estrear ali o novo modelo BT49, que entraria em força na temporada de 1980...

Conta-se que Ecclestone pediu a alguém para que anunciasse no sistema de altifalantes do circuito para que alguém com experiência de automóveis, fosse ter à boxe da Brabham... para pilotar o carro. O argentino Ricardo Zunino, que era piloto e que estava em Montreal como espectador, habilitou-se a aparecer na boxe... e foi ele o escolhido! E esta é a versão oficial da coisa.



A verdade não anda muito perto disso. É certo que Zunino estava lá como espectador, mas ele já tinha testado na Brabham a meio desse ano, e tinha corrido na Formula Aurora, a série britânica de Formula 1 onde se corria em chassis mais antigos. A sua estadia em Montreal não era só ver os seus companheiros andarem em circulos, mas provavelmente dentro da Brabham, Ecclestone já sabia que Lauda estava desmotivado, e Zunino estava lá como alternativa, caso o piloto austriaco o deixasse na mão numa situação inesperada, como acabou por acontecer.

Zunino foi correr no chassis novo e até se portou bem. Foi 19º na grelha e terminou a corrida na sétima posição, à porta dos pontos. Era até um bom começo, e ficou na equipa para a temporada de 1980, mas o seu andamento era claramnte inferior que o seu comapnheiro de equipa, o brasileiro Nelson Piquet. Após o GP de França, Zunino foi dispensado dos seus serviços e substituido pelo mexicano Hector Rebaque.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A capa do Autosport desta semana

A capa da Autosport desta semana e uma que é mais informativa do que especulativa. Pelo menos se formos a ler pelas "gordas", pois para esmiuçar um pouco mais, vamos aos títulos mais pequenos, especialmente referentes ao mercado de pilotos "Raikonnen perto da McLaren" é a principal, que é complementada por uma mais pequena, que diz: "Montezemolo descai-se e 'anuncia' Alonso na Ferrari".


Mas o grande destaque é o fim de semana automobilistico, em Singapura. Com a vitória de Lewis Hamilton em grande destaque: "Hamilton dá ajuda a Button". Esse título relata não só a segunda vitória da época ao piloto inglês, mas também afirma que os pontos que o actual campeão do mundo conquistou, ajudaram o seu compatriota Jenson Button a chegar mais perto do título, que pode conquistá-lo no próximo fim de semana, no Japão.


Para finalizar, duas chamadas de atenção para o Moto GP e para o WRC. O primeiro é porque o autódromo do Estoril irá receber Valentino Rossi, Daniel Pedrosa, Nick Hayden, Casey Stoner, entre outros, como o WRC chega ao seu unico rali deste ano que será disputado em asfalto, na Catalunha, com Mikko Hirvonen a estar bem perto de conseguir conqustar o título à custa de Sebastien Löeb, apesar do piloto francês ser um especialista em asfalto.

Nova Lotus gastará cem milhões de euros para regressar

Tony Fernandes, o homem por detrás do projecto de reavivar o nome Lotus na Formula 1, depois de 15 anos de ausência, falou este fim de semana acerca dos investimentos que irão fazer para colocar a equipa no pelotão da Formula 1 em 2010. A nova Lotus sairá para a rua ao preço a rondar quase as 80 milhões de libras, quase noventa milhões de euros, todos provenientes do Tune Group, que detêm a Air Asia, empresa malaia de "low cost" detida por este malaio de origem goesa.


"Precisamos de 18 a 25 milhões de libras para colocar o carro na grelha, mas precisamos também de outras 53,3 milhões de libras para toda a temporada", afirmou.

Fernandes diz que a estrutura terá cerca de 225 pessoas, que trabalharão essencialmente nas áreas da aerodinâmica, mecânica e electrónica. Quanto a pilotos, é certo que ele pensa, pelo menos, num piloto malaio. Fairuz Fauzy é o principal candidato, mas Alex Yoong também é um nome a considerar. A Lotus espera que os primeiros testes com o novo chassis aconteçam em Fevereiro de 2010, um mês antes de começar o campeonato.

Nunca um pódio foi tão importante na Renault

Depois do "Renaultgate" e das expulsões de Flávio Briatore e de Pat Symmonds, as dúvidas sobre a sua continuidade na Formula 1 era muitas e legitimas. Especialmente pelo facto de em 2010 poderem perder Fernando Alonso para a Ferrari. Mas aparentemente, o pódio de ontem, mais a volta mais rápida, poderá ter sido aquilo que necessitavam para continuar na próxima temporada. Assim indica Jean-Francois Caubet, o elo de ligação entre a equipa e a casa-mãe, presidida pelo brasileiro Carlos Ghosn.


"Para a Renault, é importante continuar porque toda a gente fez a pergunta acerca da continuidade da Renault. Penso que na Formula 1 se tivermos bons resultados não temos problemas, mas se começarmos a ter maus resultados, então temos de parar. E nós estávamos no limite", afirmou ao site inglês Autosport.com.


Para ele, o pódio de Fernando Alonso em Singapura demonstrou o valor da marca na categoria máxima do automobilismo: "O Bob Bell está a dirigir a equipa muito bem. Okay, o Pat Symonds saiu mas temos um número dois, por isso não é grande mudança. O Flavio [Briatore] era uma figura importante. Penso que ganhámos dois títulos com ele e temos de o respeitar. Mas o problema não é esse. O problema é construir o futuro de uma forma diferente, mais de acordo com a cultura da Renault porque estamos na Formula 1 há 35 anos e a cultura da Renault é provavelmente diferente - não fundamentalmente diferente, mas diferente", lembrou o responsável.

Noticias: Acordo Alonso/Ferrari está próximo

Apesar de este ser um segredo há muito transpirado, o site inglês Autosport falou na tarde deste Domingo que o acordo entre a Ferrari e Fernando Alonso é real e que poderá ser anunciado esta Sexta-feira no Japão, em substituição de Kimi Raikonnen. O site inglês afirma que os detalhes entre os advogados de ambas as partes estão a ser ultimados, bem como no lado do piloto finlandês, a desvinculação também está a ser ultimada.


Em relação a esta noticia, Stefano Domenicalli, o director desportivo da Ferrari, afirmou ainda hoje, em Singapura: "É uma possibilidade, nada está garantido. Estaremos à espera, mas achamos que estará resolvido em breve".


Ao que parece, tudo ficaria delineado da seguinte forma: Raikonnen regressaria à McLaren para correr ao lado de Lewis Hamilton, enquanto que Nico Rosberg, via Mercedes, iria ser o piloto numero dois de Jenson Button, caso seja ele o campeão mundial. E provavelmente, Rubens Barrichello poderia ir para a Williams, especialmente se o motor que o "tio" Frank tiver seja o Renault. Se Barrichello for, será um excelente professor para outro alemão, Nico Hulkenberg, pois actualmente é o piloto de testes da Williams...

domingo, 27 de setembro de 2009

Formula 1 - Ronda 14, Singapura (Corrida)

A corrida de Singapura é, à partida, mais para o espectáculo visual do que propriamente na pista. Um pouco como os filmes de Hollywood produzidos pelo Jerry Bruckheimer (sim, vi ontem os dois "Tesouros Nacionais", com o Nicolas Cage e a Diane Kruger). Provavelmente, o Bernie Ecclestone deve ter ficado seduzido com muitos desses filmes, pois de uma certa maneira, quer seguir a mesma receita. Pode ser muito engraçado para o espectador comum, mas nem todos nós somos como o soldado japonês da comédia "1941, Ano Louco em Hollywood", que quando via a menina nua agarrada no periscópio do submarino, gritava: "HORRIWUUU".


Mas mesmo aqueles mais... veteranos, concordam que Singapura à noite tem outro encanto. E sabe perfeitamente que num circuito citadino, as vezes onde as caixas de velocidades e os travões são mais castigados, costumam ser nestas bandas. Pela experiência do Mónaco, sabe-se que os pilotos que chegam ao final, são heróis. E aqueles que partem da "pole-position" normalmente são os primeiros a chegar, apesar dos reabastecimentos. A Lewis Hamilton, essa pole era meio caminho andado para uma vitória, caso não tivesse qualquer precalço. E também seria uma forma de redenção de Monza, onde deitou fora seis pontos na última volta.


Para Nick Heidfeld, a corrida iria começar das boxes, pois treinara-se com o seu BMW Sauber abaixo do peso regulamentado. E acabou cedo, na traseira do carro de Adrian Sutil, da Force India, na vigésima volta, quando voltava à pista. Heidfeld ficou fulo da vida com o seu compatriota, e comentou: "Foi uma atitude estúpida do Sutil, pois ele voltou à pista sem olhar ao seu redor. Já havia passado dele quando ele acelerou e me acertou."


O alemão explicou sua reacção: "Obviamente, achei que ele ia parar e esperar. Abri espaço e, quando vi que ele acelerou, tentei virar para a esquerda. Ele deveria olhar para onde vai", vociferou. E, ao ser questionado se a BMW pensava em tomar alguma atitude contra Sutil, foi irónico: "Podemos tentar encontrar um cérebro para ele". A FIA não é de gozos e no final da corrida "aliviou" a sua carteira em 20 mil dólares.


Todos estes incidentes não incomodavam Hamilton, que fazia a sua perte, sem erros. Só tinha que cuidar dos travões e não acabar como Mark Webber, por exemplo. E para Jenson Button, que tinha feito uma boa corrida, em relação à posição de onde largava, o facto de ter ficado à frente de Rubens Barrichello, no quinto posto, fez ganhar um ponto ao seu companheiro de equipa. Agora a três provas do fim, este avanço, embora mínimo e sujeito a imponderáveis, é impagável. Cada vez mais o título é uma questão entre Brawns, e o título de construtores por parte de Ross Brawn, o cisne de um patinho feito do inicio da época, é cada vez mais um pró-forma.


No final da corrida, com Hamilton a comemorar pela segunda vez no ano, para gaúdio da Nicole Scherzinger e das outras "Dolls", Timo Glock deu à Toyota outro ar da sua graça, numa temporada bipolar por parte da estrutura sediada em Colónia. Não sei se isso significa a salvação da equipa (creio que sim, há outras piores), mas é um bom resultado. Para Fernando Alonso, o terceiro lugar, exactamente um ano depois do "Renaultgate" tem o seu quê de estranho. No lugar da maior trapaça descoberta na Formula 1, ver Alonso de novo no pódio tem-se uma sensação de "dejá vu". Não acham? E as câmaras a captarem a imagem de Bob Bell, no lugar onde duas semanas antes estava Flávio Briatore... Ah! o "Principe das Asturias" dedicou o pódio a ele. Já sabemos de que lado está.


Bom, Singapura e as suas luzes voltam para o ano, e agora é arrumar as malas rapidinho, pois Domingo que vêm recebemos mais um clássico japonês: Suzuka! Semana que vêm, basta a Jenson Button ficar em terceiro e Rubens desistir para ser coroado campeão do Mundo...

As promessas de Jean Todt

Com cada vez mais apoios no paddock e nas federações nacionais, certamente Jean Todt já se deve sentir no cargo de presidente da FIA. Apesar do seu rival na corrida eleitoral de 23 de Outubro, Ari Vatanen, andar a rondar também os "paddocks" de Singapura...


Depois de ter vários apoios de peso, o último dos quais proveniente do heptacampeão Michael Schumacher, Jean Todt deu uma entrevista ao Autosport.com, afirmando que caso seja eleito presidente da entidade máxima do automobilismo, quer recomeçar essa relação e o trabalho entre ambas as partes (Federação e equipas de Formula 1) a partir do zero. "Estou pronto para começar a partir de uma folha em branco a todos os níveis", declarou.


"Esta parte é semelhante àquela de quando cheguei à Ferrari. Na Ferrari, nem toda a gente foi despedida. Algumas pessoas eram fantásticas, outras foram transferidas para outras posições, outras ajudadas porque precisavam de apoio e outras foram contratadas", referiu o francês. Em relação às suas ligações à equipa italiana, Todt garante que isso não irá interferir no desempenho das suas funções, embora admita que as actuais equipas encarem isso com alguma desconfiança. Ainda assim, vê isso como um desafio, observando que "os desafios são a parte mais importante da vida, porque temos de provar alguma coisa".


"Não sou um fanático pela política, mas sou fanático por carros. E sou fanático pela gestão. Sempre disse que a parte mais fascinante na vida é o ser humano. Porque cada ser humano é diferente e sempre gostei de ser um líder", acrescentou o francês, analisando em seguida aquilo que irá mudar no automobilismo e na industria em geral.


"Seria presunçoso da minha parte dizer o quão radicais serão as mudanças, mas terão de ser radicais. Para adivinhar o que será a competição, teremos de recuar 10 anos atrás e ver como eram os custos, o lado técnico e o espectáculo. Para mim, é fantástico ver a atracção do público e dos média pela Formula 1, mas algo tem de mudar porque ouve-se muita gente que já não está contente. Ultrapassar será sempre um problema difícil na Formula 1, a não ser que se usem meios artificiais", começou por dizer.


"Normalmente, temos equipas que lutam dois dias para terem o carro mais rápido na frente e é difícil esperar muitas ultrapassagens e a situação com o final dos reabastecimentos será um pouco diferente. Mas ultrapassar não é difícil só na Formula 1. As ultrapassagens nas duas rodas são bem mais fáceis", afirmou Todt, considerando que as reuniões nos últimos dias, primeiro com a Associação de Equipas (FOTA) e depois com os pilotos "foi uma boa discussão".

sábado, 26 de setembro de 2009

Formula 1 - Ronda 14, Singapura (Qualificação)

Pela segunda vez na história, a Formula 1 corre à noite, em Singapura. Se correr à noite até é algo interessante em termos visuais, em termos de técnica, é arriscado, ainda por cima, a hipótese de chuva durante do dia de amanhã coloca hipóteses inéditas na história do automobilismo.

Correndo pelas 22 horas locais (bela maneira de começar o Sábado à noite por aquelas bandas!), máquinas e pilotos deram o seu melhor para conseguir estar mais tempo possivel na qualificação. A grande novidade foi a troca de caixa de velocidades por parte de Rubens Barrichello, que assim iria perder cinco posições na grelha. Numa altura tão decisiva no campeonato, era um aparente "handicap", mas uma tática correcta na corrida poderia ajudá-lo a diminuir os estragos. Era essa a esperança dele.

Com a qualificação dividida em três partes, no final da primeira poderia ver-se algumas coisas interessantes. As eliminações dos force India de Adrian Sutil (16º) e Vitantonio Liuzzi (20º) mostram que neste tipo de pista, os carros não se adaptam, e de uma certa forma, a equipa de Vijay Mallya "voltou ao normal". Quanto ao 19º lugar de Giancarlo Fisichella, no segundo Ferrari, algumas pessoas disseram que quem anda a dar uma grande risada é Luca Badoer. Não acredito muito. Para mim, a pessoa que anda a rir-se às gargalhadas nesta tarde é Felipe Massa! Apesar da Ferrari ter um mau carro esta temporada, isso é facto, estes pilotos nunca chegarão perto de Kimi Raikonnen, em circunstâncias normais.

Na Q2, aqui as coisas piariam mais fino. Com Barrichello devidamente condicionado, dava jeito ao piloto brasileiro superar Button para continuar a jogar as suas hipóteses de campeonato. E aqui em Singapura, o ideial seria o britânico não passar à Q3. E isso aconteceu, quando Button não conseguiu mais do que o 12º tempo, à frente de Kimi Raikonnen, que também ficou de fora da Q3. à frente destes dois pilotos, mas também de fora, foi Kazuki Nakajima, sinal de que os Williams poderiam fazer bonito nesta circuito, tal como no ano passado. Mas para que essa hipótese pudesse acontecer, teriamos de aguardar alguns minutos...

Na Q3 tinhamos Barrichello, Alonso, Rosberg, Webber, Vettel, Hamilton, Kubica, Heidfeld, Kovalainen e Glock. A ideia de uma pole McLaren ou da Red Bull não era descabida, para além de uma pole do Rubinho (que seria um quinto lugar certo) Ver da BMW a dar um ar da sua graça era outra boa hipótese, além de ver Rosberg num sitio onde a Williams não está desde o inicio da década, todas as hipóteses eram possiveis.

Quando começa a Q3, depois das primeiras passagens pela meta, na casa do 1.48 segundos, Lewis Hamilton faz das suas e tira o tempo de 1.47,891, a mais de três décimos de Vettel, demonstrando que queria a pole-position. Os últimos minutos são sempre o tal momento critico, onde os pilotos dão tudo por tudo, e numa pistas destas, qualquer momento de distracção significa a morte do artista.

E a menos de um minuto do final da qualificação, as bandeiras vermelhas foram desfraldadas quando Rubens Barrichello, que era o quinto na tabela de tempos (mas o décimo na grelha), bateu no muro e entregou de bandeja a pole-position a Lewis Hamilton, no seu McLaren. A terceira pole deste ano para o piloto inglês prova que a segunda parte do ano está a ser optima para o actual campeão do mundo. Faltam os resultados em corrida... Sebastien Vettel larga a seu lado, no Red Bull, enquanto que na segunda fila temos Nico Rosberg e Mark Webber, enquanto que Fernando Alonso sairá da quinta posição.

No cômputo geral, as perspectivas para a corrida podem ser de "baralhar e voltar a dar", pois existem muitas incógnitas no ar. Não só em termos de grelha, mas também em termos de boletim meteológico. Até à hora da corrida, ainda acredito que pode chover naquela cidade-estado...

GP Memória - Europa 1999

Duas semanas depois de Monza, as coisas estavam ainda mais baralhadas nos lugares cimeiros do campeonato. E se até à corrida italiana, McLaren e Ferrari lutavam entre si para saber quem levaria a melhor, depois disso outro actor ameaçava entrar em acção: a Jordan. com a vitória de Heinz-Harald Frentzen no rápido circuito italiano, a corrida seguinte prometia baralhar ainda mais as coisas, caso o piloto alemão fizesse um brilharete em casa, agora que Michael Schumacher estava em convalescença do seu acidente em Silverstone, dois meses e meio antes.


Para Mika Hakkinen e Eddie Irvine, os principais candidatos ao título, era mais uma dor de cabeça para aturarem quando chegaram, jutamente com o resto do pelotão, ao circuito de Nurburgring para o Grande Prémio da Europa. A três provas do fim, ambos estavam empatados na liderança, e os dez pontos de diferença para Frentzen poderiam ser esbatidos, caso ele fosse melhor sucedido do que eles. Esse era o grande temor.


Nas qualificações, Ferrari e McLaren engoliram em seco quando viram Heinz-Harald Frentzen a fazer o tempo de 1.19,910 segundos e ficar com a pole-position, a primeira do ano para a marca de Eddie Jordan. A seu lado estava David Coulthard, no McLaren, não muito longe do piloto alemão. Mika Hakkinen era terceiro, com Ralf Schumacher, no seu Williams, na quarta posição, demonstrando o crescendo de forma da equipa do tio Frank. Olivier Panis era uma meia-surpresa, levando o seu Prost-Peugeot na quinta posição da grelha, tendo a seu lado o Benetton-Playlife de Giancarlo Fisichella. Damon Hill era sétimo e Jacques Villeneuve levava o Seu BAR-Supertec ao oitavo posto. A fechar o "top ten" estava Eddie Irvine, apenas o nono a partir, tendo a seu lado o segundo prost-Peugeot de Jarno Trulli.


No dia da corrida, todos estavam prontos para a largada do penultimo Grande Prémio da temporada, e o último em solo europeu. Contudo, ninguém sabia que este seria uma das mais agitadas da década que estava a acabar. E ia começar logo no momento da partida. Quando a luz verde acendeu, nada de especial aconteceu na primeira curva, mas não foi assim na segunda.


Quando Damon Hill subitamente abrandou de velocidade, o Benetton de Alexander Wurz muda de faixa para evitar bater no Jordan do veterano piloto britânico, mas toca no Sauber o brasileiro Pedro Diniz, que capota e cai de cabeça para baixo, destruindo o arco de segurança acima da sua cabeça. Diniz safa-se incólume, mas o susto fora grande. O Safety Car entra na pista por algumas voltas, mas no inicio da sétima passagem pela meta, o carro foi para as boxes e tudo voltou ao normal.

Na volta 19, o tempo começa a fazer das suas e começa a chover. Alguns pilotos mudam-se para pneus de chuva, mas esta não cai muito forte. Na volta 21, Irvine, que já era quinto, trocou para pneus de chuva e... perde quase meio minuto. O facto de muita gente ter trocado de pneus para chuva, e ver que esta não caia com tanta força, e o facto de na volta anterior, Mika Hakkinen ter trocado os pneus para chuva e de se ter dado mal (estava na 10ª posição por causa disso) fez com que Irvine pedisse pneus para seco... e só haver os de chuva. Só havia três disponiveis, e demorou tempo até encontrarem o quarto. Uma confusão total e uma oportunidade destruida, com o irlandês a cair para último.


Com isto tudo, Frentzen mantinha a liderança, com Ralf Schumacher logo atrás. Mas na 32ª volta, depois de fazer o seu primeiro reabastecimento, o alemão da Jordan sofre problemas eléctricos e desiste. Um balde de água fria e as hipóteses de título tinham-se esfumado. Assim, o lider era agora David Coulthard, mas... despista-se poucas voltas depois, entregando a liderança para Ralf Schumacher, no seu Williams. Mas pouco depois, na volta 50, o pneu traseiro direito rebenta e o alemão perde quase meia volta para levar o seu carro para as boxes. Consegue-o e irá levar o carro até ao fim.


Por esta altura, a pista tinha ficado molhada de novo e mais alguns pilotos voltam a trocar para pneus de chuva. Os Stewarts de Johnny Herbert e Rubens Barrichello, bem como o Prost de Jarno Trulli, aproveitaram para trocar e conseguir distanciar-se da concorrência, que comteia erros atrás de erros. Assim, os Stewart, cuja equipa nesta altura já tinha sido vendida à Ford para baptizá-la de Jaguar, estavam a caminho da vitória. E atrás deles estavam o Minardi de Luca Badoer, no quarto lugar!


O piloto italiano estava provavelmente a caminho do seu melhor resultado da carreira, mas na volta 54, a sua caixa de velocidades cede e é obrigado a encostar. Incrédulo com o que tinha acontecido, encosta-se ao seu carro e chora copiosamente. Ralf Schumacher chega ao quarto posto, com Jacques Villeneuve logo atrás, e provavelmente a caminho dos seus primeiros pontos. Mas na volta 61, o seu carro parou e via a sua melhor oportunidade de pontuar em 1999 ir por água abaixo.

Assim, o segundo Minardi de Marc Gené era quinto, sendo ultrapassado por Hakkinen. ainda foi ameaçado por Irvine, mas aguentou-se e ficou com o último lugar pontuável, o primeiro ponto da Minardi em quatro anos.


No final da corrida, todos estavam incrédulos com a vitória de Johnny Herbert no seu Stewart-Ford, e quer ele como Rubens Barrichello, tinham acabado de desenhar a melhor página da história da equipa de Jackie Stewart, que alcançara algo raro: vencer primeiro como piloto e agora como construtor.



Fontes:


Santos, Francisco - Formula 1 99/00, Ed Talento, Lisboa, 1999

http://en.wikipedia.org/wiki/1999_European_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr644.html

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A minha 5ª Coluna desta semana

Já está no ar no sitio do costume a minha 5ª Coluna desta semana, onde abordo essencialmente o "Renaultgate" e os acontecimentos do fim de semana competitivo, nomeadamente o GP2 de Portimão, que encerrou a temporada 2009 desta competição, e o primeiro (de muitos títulos, espero eu) de António Felix da Costa, na Formula Renault.


Eis um excerto do que escrevi nesta semana, sobre o título de Felix da Costa e o seu futuro próximo nos monolugares:



(...) Independentemente destes resultados de secretaria, uma coisa é certa: aos 18 anos, [Antonio] Félix da Costa é uma enorme promessa do automobilismo nacional, e até internacional. O facto de até ter despertado o interesse de Tiago Monteiro, que o quer na sua equipa que deseja montar na GP3 (uma nova categoria paralela à Formula 3, que aparecerá em 2010), significa que caso seja ajudado nas categorias de formação, desde que tenha um bom material humano para trabalhar, o seu talento natural nas pistas virá ao de cima, e num prazo de três, quatro anos, estará ao volante de um Formula 1, nem que seja para testes. Talento tem, espera-se que as oportunidades (e os apoios) apareçam.


Espero que isso seja realidade.

Desta vez, não foi de propósito!




As ironias da vida... exactamente um ano (e alguns dias antes...) de Nelson Piquet Jr. ter batido de propósito no muro de Singapura, causando o dito "Renaultgate" (ou Nelsonihogate), Romain Grosjean, que teve ontem a sua presença na grelha tremida devido a uma indisposição, e que colocou de sobreaviso o brasileiro Lucas di Grassi, perdeu o controle do seu carro quase na mesma curva que Nelson Piquet Jr. Foi da mesma maneira e tudo, mas sem causar grandes danos.



Vendo as imagens, este episódio quase nos faz rir às gargalhadas. Aliás, pelo que o Luiz Fernando Ramos, o Ico, disse, foi o que aconteceu na sala de imprensa...

Formula 1 em Cartoons - Tuta (Itália)

Apesar de estarmos já no fim de semana de Singapura, ainda vejo coisas de Monza, e esta não resisti a publicá-la: trata-se do "menu" da corrida italiana, com a "pizza" que foi aquele fim de semana. Acredito que não tenha sido muito saborosa para alguns, mas para isso existe o Alka-Seltzer...

Formula 1 - Ronda 14, Singapura (Treinos)

A ronda de hoje em Singapura acontece em plena ressaca do "Renaultgate", e com mais más noticias para a Renault. Primeiro, com a retirada impediata de dois dos seus patrocinadores, a ING e a Mutua Madrileña, e os rumores da própria retirada da equipa, como construtora. Depois, a má disposição de Romain Grosjean, que fez chamar Lucas di Grassi à pressa e estar atento ao estado de saúde do piloto francês, esperando que estivesse em forma. Ele correu hoje, sem grandes resultados, mas aparentemente estará recuperado para o fim de semana asiático.

Deixando os rumores de lado, as sessões de treinos no circuito citadino ocorreram sem grandes sobressaltos. Na primeira sessão, Rubens Barrichello esteve melhor, mostrando determinação em atacar a liderança do campeonato, pertencente ao seu companheiro de equipa, Jenson Button. O tempo de 1,50.179 segundos, conseguido nos últimos minutos da sessão, fez destronar Button, que liderou durante grande parte desta sessão. Ambos superiorizaram-se (mas não muito) perante os Red Bull de Mark Webber e Sebastien Vettel, que fizeram o terceiro e quinto tempos. Entre eles, ficou o Renault de Fernando Alonso.



Os McLaren de Heiki Kovalainen e Lewis Hamilton foram sexto e sétimo classificados, enquanto que Kimi Raikonnen foi o melhor dos Ferrari, ao conseguir o nono tempo. Giancarlo Fisichella, no outro Ferrari, ficou apenas com o 17º melhor tempo.



Poucas horas mais tarde, aconteceu a segunda sessão de treinos livres, onde o melgor foi Sebastien Vettel, no seu belo Red Bull. O piloto alemão esteve sempre entre os mais rápidos da sessão, efectuando como tempo mais rápido uma volta em 1,48.650 segundos, deixando no segundo posto o espanhol Fernando Alonso a 0.274 segundos. Para a equipa francesa, um bom resultado neste fim de semana seria importante, para esquecer as duas semanas infernais que viveu, por ter estado em destaque pelas razões erradas.


O terceiro mais rápido nesta sessão foi o McLaren de Kovalainen, ficando logo na frente do BMW Sauber de Nick Heidfeld, também ele bastante veloz ao longo da hora e meia de treinos. Jenson Button ficou com o quinto melhor tempo no seu Brawn-Mercedes, ao passo que o companheiro de Vettel, Mark Webber ficou com o sexto tempo.


Lewis Hamilton conseguiu somente o nono tempo, mas esteve bastante melhor do que o Rubens Barrichello, apenas 11º, ou Kimi Raikonnen, que ao voltante do seu Ferrari foi 14º, a 1.291 segundos do melhor tempo. A sessão de qualificação acontecerá amanhã. Aí será o momento da verdade e muito se decidirá para o resultado de Domingo. Qual será?