quarta-feira, 30 de abril de 2008

Patrão da A1GP desiste de comprar equipa

O homem por detrás da A1GP, depois da saída do árabe Sheik Al Makhtoum é de origem portuguesa. António (Tony) Teixeira foi há muitos anos para a Africa do Sul e tornou-se empresário de sucesso na área do petróleo e diamantes. Desde o inicio de 2006 que é ele o dinamizador do A1GP, uma verdadeira Taça das Nações onde estão envolvidos 22 países, entre os quais Brasil e Portugal, e que no ano que vêm, conta mais uma entrada, a da Coreia do Sul.

Com a temporada a fechar este fim de semana no circuito de Brands Hatch, Tony Teixeira deu uma entrevista à Agência Reuters, afirmando que no último ano, esteve quase a comprar duas equipas de Formula 1, primeiro a Spyker e depois a Toro Rosso. Contudo, voltou atrás quando a Formula 1 alterou as regras, banindo as equipas-cliente: "Quando soube da mudança das regras, fiquei chateado. Foi por isso que a Prodrive abandonou os seus planos, pois queriam correr como a 'equipa B' da McLaren.", afirmou.


A ideia da equipa era promover a A1GP na categoria máxima: "Acredito que a Formula 1 é a maior máquina promocional existente no mundo", e trazer os melhores talentos dessa categoria. Contudo, caso mudem as regras, permitindo "equipas B", será dos primeiros a tentar comprar uma equipa.


Na entrevista, Tony Teixeira aproveitou para dar uma "alfinetada" à nova Force India, que substituiu a Spyker, e que será a ponta de lança daquele país asiático na Formula 1. "A Force India ainda tem um longo caminho até conseguirem vislumbrar um pódio! Esta é uma mensagem errada. Penso que o Vijay [Mallya] está a tentar um plano a longo prazo, mas penso também que não é a mensagem certa, tendo uma equipa indiana com pilotos não-indianos.", referiu.


E ainda foi mais longe: "A Índia quer ver pilotos indianos. [Narain] Karthikeyan já provou isso mesmo, ao vencer na A1 GP. E não vejo a Force Índia a vencer uma corrida de F1 nos próximos cinco anos."


Em 2009, a A1GP terá novo chassis e motor, fabricados pela Ferrari.

Os confusos números de Rubinho

Por acaso reparei nisso há uns tempos, mas nunca aprofundei o tema. Mas sabia que tinha potêncial para criar confusão. E é o que está a acontecer. Onde é que Rubens Barrichello vai bater o record de Grandes Prémios de Riccardo Patrese?



Segundo os numeros do piloto, o "record" será batido no próximo GP, em Istambul, e ele quer comemorar nessa altura. Mas na realidade, não vai ser. Isto é porque Rubinho tem, para além da não qualificação no infame Imola 94, três não-participações na sua carreira: Belgica 98, Espanha e França 2002, ambos ao serviço da Ferrari.



No primeiro caso foi devido à enoorme carambola na primeira volta. O seu Stewart ficou muito danificado e não pode correr a segunda partida. Nos outros dois GP's, foi porque ficou parado na grelha de formação, quando os carros vão para a volta de aquecimento. Assim sendo, o que Barrichello tem na realidade são 253 Grandes Prémios, e só comemoraria o "record" em Magny-Cours, palco do GP de França. Caso ele conte os DNS de Espanha e França, comemora no Mónaco. Caso conte somente o GP da Belgica, ele comemora no Canadá.



Que confusão! Ou será a ansiedade para dizer que tem um "record" nas suas mãos?

Roland Ratzenberger

Escusado será dizer que dia é hoje. E que dia será amanhã. É algo que nós, os que viveram aquele fim de semana inesquecível, não nos livraremos até ao dia das nossas mortes. E todos os anos estaremos a olhar para trás, e recordar o que aconteceu, pelo menos aos mais novos. E hoje lembramos o 14º aniversário da morte de Roland Ratzenberger.

Já escrevi sobre ele no ano passado. Se quiserem ler, o link está aqui. Mas quero dizer isto: não deviamos recordá-lo só porque o conhecemos no momento em que morreu. Seria muito injusto, pois ele teve uma vida e uma carreira, com momentos meritórios...

terça-feira, 29 de abril de 2008

As notas do GP de Espanha

Já sairam as notas do GP de Espanha, e fiquei espantado com a disparidade entre nós acerca das notas dadas a certos pilotos, nomeadamente David Coulthard e a Nelson Piquet Jr.


Quem deu altas notas aos dois foram a Barbara Fanzin do Velocidade.org, e a Priscilla Bar, do Blog Guard Rail. Bom... eu confesso que fiquei um pouco espantado com a nota 9 do Piquet. O desempenho dos treinos não pode ser tudo. Eu pelo menos, valorizo quatro coisas:


- Treinos
- Companheiro
- Corrida
- Resultado

Se ficar nos pontos, é bom. Agora, o Coulthard nada fez para merecer aquela nota, aquele 6, para mim, seria no minimo, um "top ten", batendo o Mark Webber e acabasse num sexto ou quinto lugar, e mais nada.


E o 9 do Piquet? É quase um escândalo! Tudo bem que fez uma boa qualificação, mas as asneiras que fez na corrida foram suficientes para anular tudo de bom que ele fez no dia anterior...

Outras coisas mais: 0 7 ao Timo Glock não é lá muito justificado. Esteve demaisiado discreto para merecer tal nota. Eo Takuma Sato a ter a mesma nota 8 do Heiki Kovalainen? Só dou oitos a pessoal que vá ao pódio e que fique no "Top Six"...

Eu sei que cada um tem o seu critério, mas um pouco mais de seriedade e rigor! O que acham das notas? Justas ou não?

GP Memória - Espanha 1973

Depois de um mês de interregno, o campeonato do Mundo de Formula 1 de 1973 partia para a sua quarta etapa, a primeira em solo europeu. O GP de Espanha, tal como acontecia em Inglaterra e em França, tinha dois circuitos, que alternavam um com o outro. Como este era um ano impar (nos anos pares, era em Jarama, nos arredores de Madrid), a corrida era no Parc de Monjuich, em Barcelona, um circuito urbano com fama de perigoso.

A situação na tabela de pilotos era esta: Emerson Fittipaldi liderava com 22 pontos, seguido de Jackie Stewart com 19. Dennis Hulme, no seu McLaren, era um distante terceiro, com oito pontos. Assim sendo, o título iria ser decidido entre estes dois pilotos. Noutras equipas, porém, haveria algumas alterações significativas. A Ferrari   estreava aqui o 312B3, com Jacky Ickx ao volante, mas era apenas ele que defendia as cores da Scuderia.

Entretanto, Graham Hill estava de regresso à competição, desta vez com a sua própria equipa. Aos 43 anos, e despedido da Brabham no final da temporada anterior, decidira que era altura de fazer a sua própria equipa. Comprara um chassis Shadow e arranjara o patrocinio dos cigarros Embassy, inscrevendo-se a ele mesmo como piloto. Entretanto, a McLaren tinha pronto um segundo chassis M23 para o americano Peter Revson, e começava a mostrar que tinha sido bem nascido.

Entretanto, uma equipa colocava na estrada o seu novo chassis, uma evolução do chassis do ano anterior, mas sobre outro nome: Iso-Rivolta. O que não se sabia, era que o Iso IR1, que iria ser tripulado pelo italiano Nanni Galli, pertencia a um... Frank Williams.

Nos treinos, a luta pela "pole-position" foi entre o Lotus de Ronnie Peterson e o McLaren de Dennis Hulme, que tentava repetir a façanha da corrida anterior, em Kyalami. Contudo, quem ganhou a batalha foi o sueco, com o neozelandês no segundo posto. Os Tyrrel ficaram com a segunda linha, mas Jackie Stewart tinha sido batido pelo seu companheiro de equipa, Francois Cevért. Peter Revson e de Jacky Ickx partilhavam a terceira fila da grelha, com Emerson Fitipaldi no sétimo posto. Ao lado do brasileiro estava o BRM de Clay Regazzoni. E a fechar os dez primeiros estavam o Surtees-Ford de Mike Hailwood e o segundo BRM de Jean-Pierre Beltoise. Graham Hill foi 22º e último classificado, dois lugares mais atrás de Nanni Galli.

Na partida, Peterson defendeu-se dos ataques de Hulme e de Cevért, mantendo a liderança. A meio, um jovem Niki Lauda, 11º na grelha no seu BRM, faz uma largada espectacular e sobe ao sexto posto, atrás de Fittipaldi. Na terceira volta, Stewart passa para o segundo lugar, trocando com Cevért, e começa a pressionar o sueco. As coisas não mudam muito até à volta 20, altura em que um problema numa das rodas faz com que Hulme vá às boxes e caia na classificação.

Algumas voltas depois, Fittiapldi, que estava a pressionar o francês Cevért, consegue ultrapassá-lo e chegar ao terceiro posto. Entretanto, Lauda tinha um problema num pneu e abandona a corrida. Com isso, quem aparecia nos pontos era o Shadow do americano George Follmer, que apesar de estar na sua segunda corrida na Formula 1, era um veterano das pistas (tinha na altura 39 anos...)

Na volta 47, os travões do Tyrrell de Stewart cedem e ele se vê obrigado a abandonar, ficando Peterson mais à vontade, pois atrás dele vinha o seu companheiro Fittipaldi. Entretanto, Carlos Reutmann, no seu Brabham, conseguia subir até ao terceiro posto, tendo conseguido ultrapassar o Tyrrell de Cevért. Follmer tinha conseguido passar o seu compatriota Revson e era quinto classificado, e Jacky Ickx começava a sofrer problemas com o seu Ferrari, atrasando-se na classificação.

As coisas iriam ser assim... até à volta 57. Peterson começa a ter problemas com a caixa de velocidades e vê-se obrigado a abandonar, deixando Fittipaldi sozinho na liderança. Reutmann era segundo, mas dez voltas depois também sofria com a caixa de velocidades, e encostava o carro de vez. Assim sendo, Cevért herdava o segundo lugar, e um surpreendente George Follmer era o terceiro classificado. Quando os carros cortaram a meta pela 75ª e última vez, para além do pódio acima dito, os outros pilotos que chegaram em lugares pontuáveis foram o McLaren de Peter Revson, o BRM de Jean-Pierre Beltoise e o McLaren de Dennis Hulme.

Após esta corrida, Fittipaldi liderava confortavelmente o campeonato com 31 pontos, a 12 pontos de Stewart, enquanto que o terceiro classificado era agora Francois Cevért, com 12 pontos. Peterson, apesar de ter feito a melhor volta, ainda não tinha nenhum ponto. Apesar da temporada estar no começo, muitos começavam a pensar que Fittipaldi ia bem encaminhado para o bi-campeonato...

Noticias: Futuro da Super Aguri decidido amanhã

A Super Aguri, como todos sabem, está à beira de fechar as portas. Depois do negócio falhado com a Magma Group, de Martin Leach, comunicado entre as ronas de Bahrein e Barcelona, Aguri Suzuki e a Honda andaram à procura de parceiros para financiar a equipa, e evitar que esta abra falência de imediato.


Amanhã pode ser um dia importante para a equipa, pois a Honda e Aguri Suzuki irão reunir-se no Japão para saber se continuam a apoiá-la, ou então a deixarão cair. Caso caia, eles nem irão à Turquia e o pelotão ficaria reduzido a 20 carros. Mas isso pode não acontecer.


E porquê? Segundo o Autosport inglês, Josef Weigl, patão da Weigl Group, fez uma proposta de parceria com Aguri Suzuki, no sentido de garantir o financiamento da equipa até ao final do ano, e depois elaborar um acordo de longo prazo com a Super Aguri nos anos seguintes. Suzuki já disse sim, mas só amanhã, na reunião com a Honda, é que se decidirá se a Super Aguri continua a viver. A fim da crise ou a sua sentança de morte?

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Mais um talento a caminho!

Este fim de semana, tivemos Alvaro Parente a ganhar a sua primeira corrida em GP2, o primeiro "rookie" na história a fazê-lo, desde que a série foi criada, em 2005. Na semana anterior, Filipe Albuquerque conseguiu dois pódios na A1GP, na ronda de Shangai, conseguindo o impressionente "score" de 45 pontos nas seis provas em que correu desde que foi contratado pela equipa nacional. E ontem, Pedro Lamy ajudou a Peugeot a ganhar os 1000 km de Monza.



Mas este fim de semana foi a estreia de um jovem de 16 anos nos monolugares que, segundo dizem, pode ser melhor que estes pilotos acima referidos. Chama-se António Félix da Costa (à esquerda na foto), e é mais conhecido pelo apelido de "Formiga". Esta ano, participa na Formula Renault 2.0, quer na categoria Norte da Europa, quer na Eurocup, a bordo da Motorpark Academy, uma das melhores do pelotão. E na sua primeira corrida em monolugares, ele, que é o mais novo dos inscritos (somente tem 16 anos), acabou no podio, mais concretamente no terceiro lugar. E, mais curioso ainda, corre com o "maldito" numero 13!



Na segunda corrida do fim de semana, estava a caminho de mais uma subida ao pódio, quando um incidente com outro concorrente o relegou para a 20ª posição. No campeonato NEC, ele é agora 11º no campeonato, comandado por um dos seus companheiros de equipa, o finlandês Vallteri Bottas. Semana que vêm, vai correr em Spa-Francochamps, na Belgica, mas na Eurocup. Sigam-no, meus amigos, pois ele é talento puro!



Noticias: Kovalainen teve alta

Heiki Kovalanien, o piloto da McLaren que foi vítima de um forte embate no muro de pneus no GP de Espanha, teve alta esta tarde do Hospital Geral da Catalunha. Após extensos exames e de passar uma noite no hospital, em situação de observação, o piloto finlandês foi libertado pelos médicos catalães.

Martin Whitmarsh, um dos directores da McLaren, tem esperança de que o finlandês possa correr na prova seguinte, na Turquia: "Não há lesões visíveis, mas como bateu com a cabeça, há que acautelar essa situação. Não sou médico, mas penso que deverá ser 'libertado' muito brevemente. Julgo que estará em condições de correr na Turquia, dentro de quinze dias...", referiu, em declarações captadas pelo jornal português Autosport.

Contudo, para que tal aconteça, Kovalainen tem que ser observado pelos médicos da FIA e só após uma série de autrados exames é que podem dar o "OK" para poder guiar. Já agora, diga-se que o embate de Kovalainen no muro de pneus aconteceu a mais de 220 km/hora, e que causou uma desaceleração de 26 G's. Impressionante!

IRL - Ronda 5, Kansas (Corrida)

Se ontem, os Chip Ganassi dominaram os treinos, hoje a corrida foi deles. O britânico Dan Wheldon ganhou a corrida, e só não houve dobradinha, com o neozelandês Scott Dixon, foi porque o brasileiro Tony Kanaan se intrometeu entre eles e conseguiu o segundo lugar.

A corrida foi atribulada: logo na primeira volta, uma pedra atinge o carro do brasileiro Enrique Bernoldi, que bate contra o muro, fazendo entrar o "Pace Car", que lá esteve até à oitava volta. Quando regressou, os Chip Ganassi seguiam na liderança, seguidos por Thomas Scheckter e Danica Patrick. Na volta 19, nova situação de bandeiras amarelas, quando o australiano Will Power bateu no muro. Nessa situação, os pilotos aproveitaram para parar pela primeira vez para reabastecer.



Na volta 98, o terceiro incidente do dia: Thomas Scheckter envolve-se com o venezuelano Ernesto Viso, e ambos os carros tocam. Apesar do sul-africano não ter batido no muro, teve que abandonar com a suspensão danificada. Quanto a Viso, prosseguiu até ao final, quedando no 14º posto.



O momento decisivo da corrida foi na volta 150: Buddy Rice embate no muro com força, fazendo com que o Pace Car saísse mais uma vez. Para Scott Dixon, o então lider, foi o fim das suas aspirações de vitória, pois contava parar nessa altura. Feito o reabastecimento, caiu para o sétimo lugar. Recuperou depois para o terceiro posto final, mas a corrida poderia ter sido dele. Prova disso é que fez a melhor volta.



Assim sendo, Dan Wheldon apenas administrou a distância para Kanaan, para que conseguisse a sua vitória. Depois dos três primeiros, Helio Castroneves levou o seu Penske até ao quarto posto, conservando a liderança no campeonato, e Justin Wilson foi o melhor dos ex-CART, ao acabar no nono lugar, com o seu Newman-Haas. Danica Patrick, a vencedora de Motegi, esteve modesta até à volta 164, altura em que desistiu por problemas mecânicos, enquanto que a outra mulher do pelotão, Milka Duno, foi apenas 16ª.



Agora, a próxima paragem vai demorar um mês. E porquê? Pois é altura das míticas 500 Milhas de Indianápolis, que se realizarão no próximo dia 25 de Maio.

O sortudo do dia!

Não, meu amigos, não é o Heiki Kovalainen. De facto, ele teve um acidente assustador, mas algumas horas depois, a mais de 1200 km dali, em Monza, outro tipo teve o susto da sua vida. O seu nome? Stephane Ortelli.


Piloto francês na Le Mans Series, estava a guiar um Courage da equipa Oreca nos 1000 km de Monza quando perdeu o controlo do seu carro quando travava para a primeira chicane do autódromo. O acidente é espantoso, e por pouco não levava mais um carro com ele!


Retirado do carro pelos comissários, foi levado para o hospital, onde foi-lhe diagnosticado um tornozelo fracturado. É nestas alturas que agradecemos por todos os sistemas de segurança existentes nestes carros, pois sem eles, estariamos hoje a lamentar duas mortes inuteis nas pistas europeias...

domingo, 27 de abril de 2008

A capa do Autosport desta semana

Agora sim! Uma capa que destaque o grande fim de semana que o automobilismo português viveu. Como sabem, Alvaro Parente ganhou a corrida inaugural da GP2 em Barcelona, o Pedro Lamy ganhou os 1000 km de Monza (partilhado com Stephane Sarrazin), e num canto mais pequeno, a vitória de Kimi Raikonnen no GP de Espanha.


Espero que seja a primeira de muitas grandes capas, a louvar os feitos do automobilismo nacional além-fronteiras...

Formula 1 - Ronda 4, Barcelona (Revista da Blgosfera)

E vamos à análise habitual sobre o que se escreveu nesta blogosfera em português sobre os factos e feitos do GP de Espanha, no Circuito de Montemeló, onde mais de 130 mil pessoas vieram aqui para assistir a uma boa performance de Fernando Alonso, e à dobradinha dos Ferrari, com Kimi Raikonnen à cabeça, seguido de Felipe Massa. Eis algumas das declarações do dia:



"- Em corrida monótona, como de hábito na Espanha, Raikkonen venceu com tranqüilidade. Largou na frente, era o mais rápido da pista e não sofreu qualquer ameaça o tempo inteiro. A Ferrari sobra em 2008."

(...)

- Assustador o acidente de Heikki Kovalainen, passando reto em alta velocidade depois de ter um pneu furado e ficando soterrado na barreira de pneus. Preocupante também a demora no resgate, que levou quatro minutos para conseguir içar o carro do local. Tivesse Kovalainen sofrido uma parada respiratória ou o carro sido incendiado, tal demora poderia ter sido fatal. Felizmente, nada de grave aconteceu. apesar da desaceleração foi violenta.

(...)

- Montmeló expõe, como nenhum outro traçado, a fragilidade do regulamento técnico atual da Fórmula 1. Uma corrida praticamente sem ultrapassagens e com duas imagens emblemáticas. Nick Heidfeld, de BMW, sofrendo para ultrapassar Fisichella, de Force India. Só conseguiu quando o italiano errou na entrada da reta. E David Coulthard, que era de dois a três segundos mais rápido que a Super Aguri de Takuma Sato por volta, tendo imensas dificuldades para superar o adversário. Que venham os slicks!"

Ivan Capelli, Blog do Capelli.



"Uma corrida um tanto quanto conturbada foi esta etapa da Espanha. Mas não para os pilotos da Ferrari, que confirmaram o favoritismo cravando a segunda dobradinha consecutiva. Antes mesmo de os competidores alinharem no grid, Fernando Alonso deu um passeio na grama após escapar em seu agressivo aquecimento de pneus. Nada como um pequeno susto para levantar a torcida local.

(...)

Após a relargada, Nelsinho Piquet começou a se complicar na pista. Primeiro passou reto numa curva, caindo de décimo para décimo oitavo. Na tentativa de se recuperar, arriscou uma ultrapassagem sobre Sebastien Bourdais, que virou o volante no melhor estilo David Coulthard, provocando o choque que tirou os dois da corrida.

(...)

Para não perder o costume, Coulthard deu outra fechada, agora para cima do Timo Glock. Desta vez, porém, ficou evidente que o alemão forçou além da conta para tentar passar o escocês, porém não há como negar que David alterou a trajetória sem dó nem piedade para barrar o adversário. Resultado: Glock quebrou a asa dianteira e Coulthard dechapou o pneu traseiro esquerdo.

(...)

Em duas semanas, o circo chega à Turquia, onde o Massa dominou nos dois últimos anos. Novamente, deverá ter Kimi Raikkonen como principal adversário, já que a equipe tem o melhor carro do grid e tende a fazer muitas dobradinhas durante a temporada. Istambul é uma pista recheada de pontos de ultrapassagem, quesito que Barcelona fica devendo. Para a próxima etapa, está marcada a festa de Rubens Barrichello, que escreve o seu nome definitivamente na história, se consagrando como o piloto que mais disputou GPs na F-1."

Felipe Maciel, Blog F-1



- Raikkonen vence com um pé nas costas, assim como Massa no Bahrein. Sabe o que vai decidir esse campeonato? As corridas "estranhas": Monaco, Valencia, Cingapura e talvez Canadá e Brasil. Nas outras, nesse ponto a ponto, a tendência é Raikkonen manter a liderança.

(...)

- Melhor do resto: Mark Webber. Está simplesmente detonando Coulthard.

- Quando Vettel vai completar a primeira volta?

- Graças a Deus o GP da Espanha já foi. Agora a próxima corrida modorrenta é o GP da França."

Jorge Pezzolo, Plog do Pezzolo



"Em uma pista conhecida por todas as equipes pela quantidade de voltas que são dadas ao longo do ano durante treinos particulares ou não, e com apenas um ponto de ultrapassagem possível, o GP da Espanha se notabilizou muito mais pelo acidente sofrido pelo finlandês Heikki Kovalainen do que pela vitória fácil de seu compatriota, Kimi Raikkonen.

Defendendo bem o primeiro lugar desde a largada, o piloto da Ferrari não cometeu erros e seguiu com maestria rumo à vitória na Fórmula 1. Felipe Massa fez a única coisa que lhe foi possível e assegurou a segunda colocação na corrida ao ultrapassar o espanhol Fernando Alonso na primeira curva. O inglês Lewis Hamilton fez uma bonita ultrapassagem sobre o polonês Robert Kubica e garantiu, assim, a terceira colocação. Desta forma, antes mesmo da primeira volta acabar já se podia ter uma idéia de como seria o pódio."




Alguns pitacos mais...

-A Honda não utilizou na corrida aquelas calotas rídiculas;

-A Red Bull precisa dar um ultimato à David Coulthard. O desempenho do escocês é simplesmente patético;

-Vettel precisa contratar uma benzedeira com urgência. O cara não consegue chegar ao final das corridas;

-Na provável última corrida da Super Aguri, vale ressaltar o bom trabalho de Sato na prova. O japa chegou a estar na 9ª posição. Tudo bem que ele beneficiou-se vários abandonos, mas não tira o mérito.





"Kimi Raikkonen venceu o Grande Prêmio da Espanha da forma mais segura de obter êxito na pista de Montmeló: partindo da pole. Apesar de uma corrida relativamente atribulada, com mais de uma entrada de Safety Car, não há como escapar a este determinismo que acompanha há tempos o circuito.

Montmeló se consagra, ao lado de Hungaroring e Monte Carlo, como um dos locais mais pródigos em ultrapassagens – com a agravante de, ao contrário das outras duas, não ser uma pista travada. O traçado, inaugurado em 1991, foi projetado pelo maior piloto espanhol de carros dos anos 80, Luis Perez Sala (para se ter uma idéia do que isso significa, imagine que Tarso Marques fosse o maior talento brasileiro dos anos 90). É coerente pensar que não era de se esperar ultrapassagens num circuito desenhado por Sala, visto que era raro vê-lo ultrapassando alguém.

(...)



Ora, quem diria que iríamos ver ultrapassagens em Montmeló este ano! Dois fatores determinaram esta raríssima ocorrência: o fim do controle de tração é um deles, mas o principal fora as alterações forçadas de posição. Heidfeld foi a nova vítima da ridícula regra de fechamento dos boxes durante Safety Car. Punido, voltou atrás de Fisichella e o passou depois de muita disputa no final do retão, quando o italiano errou a saída da chicane.

Já Coulthard teve um pneu cortado na disputa com Glock e o pit não programado o fez voltar atrás de Sato Levou a melhor sobre este no fim da reta oposta.

Ambas as ultrapassagens se deram na parte final da corrida. Nenhuma valeu pontos. Estava pensando o quê? Que a Fórmula 1 tinha voltado aos velhos tempos?"




Procissão em Espanha
Corrida chata, muito chata, chatíssima. O conjunto Kimi/Ferrari é o mais rápido e consistente do pelotão, mas em pistas como a de Barcelona torna-se avassalador, sendo que o mesmo deve acontecer na próxima corrida na Turquia.
O Massa ficou no lugar dele, o Hamilton também, o Kubica idém... o Barrichelo voltou a ter uma paragem cerebral nas boxes e por aí fora, nada de novo ou surpreendente.
Tudo na mesma também na falta de espectacularidade destes carros, que em circuitos como o de hoje pouco mais podem fazer do que seguir em fila indiana, ultrapassagens só nas boxes. Deu dó ver o que o Coulthard sofreu para ultrapassar o Sato, mesmo sendo três segundos mais rápido por volta. Foi mais ou menos como uma corrida de "slot-cars" em que se colocaram com os carros todos a correr na mesma calha. (...)

E foi como se esperava. A corrida nesta pista espanhola é sempre assim, tediosa. E nem o grande causador de problemas as corridas este ano conseguiram quebrar a monotonia do GP. (...) Para se ter uma pálida idéia da chatice desta prova basta dizer que o lance de mais emoção foi o – estranho – acidente de Heikki Kovalainen, que mesmo com uma câmera on board não foi possível entender por completo.
(...)
A Super Aguri, que ao que parece nem isto fará mais [compor o grid], deixando como uma triste despedida uma ultrapassagem melancólica tomada por seu melhor piloto – Takuma Sato – pelo fóssil que dirige David Couthard. Aliás, o fóssil também se envolveu num outro episódio triste de uma pequena batida com Sebastien Bourdais e milagrosamente, repito, milagrosamente não teve culpa. Bourdais deixou a corrida e Couthard ficou em 12º que no fim das contas como chegaram apenas treze carros ficou valendo como um penúltimo. Que é só o que merece esta porcaria de piloto. Aposentadoria para David Couthard! Vamos dar a vaga dele para a Danica Patrick, que se não é lá grande coisa como piloto, ao menos tem a vantagem de ser bonita. (...)
Ron Groo, Blig do Groo

WRC - Rali da Jordânia (Final)

A emoção foi até ao fim, e o último a rir... foi Mirko Hirvonnen, que levou o seu Ford Focus à vitória no Rali da Jordânia, que este ano se estreou no Mundial WRC.

Se Daniel Sordo liderou grande parte deste rali, ele nunca teve descanso, pois foi sempre assediado na luta pela lidernça. Primeiro por Petter Solberg, depois por Sebastien Löeb, depois por Jari-Mari Latvala e por fim por Mirko Hirvonnen. E hoje, o último dia da prova, ambos os Ford jogaram pela inteligência, ao perderem de propósito mais de 20 segundos no último troço de ontem, para que Sordo partisse hoje a abrir os troços.

Assim sendo, os Ford tomaram a liderança logo no primeiro troço do dia, e tudo indicava que seria uma dupla Latvala/Hirvonnen a acabvar o rali, mas Latvala despistou-se e perdeu muito tempo, sendo relegado para o sétimo posto final. Já Hirvonnen aguentou a liderança dos ataques de Sordo, e este arriscou tudo, perdendo no último troço, quando se despistou. Contudo, os 50 segundos perdidos não foram suficientes para o desalojar do segundo lugar.

A fechar o pódio ficou o Subaru Impreza do australiano Chris Atkinson. Após esta prova, Hirvonnen é o líder, com 35 pontos, seguido por Löeb, com 30, e Chris Atkinson, com 28. A próxima prova do Mundial de Ralies WRC será o Rali da Sardenha, de 16 a 18 de Maio.

Le Mans Series - Monza (Corrida)

Os 1000 km de Monza tiveram um pouco de tudo: emoção, acidentes, disputa até ao fim, e uma vitória da Peugeot 908 HDi, através de Pedro Lamy e Stephane Sarrazin.


A corrida foi acidentada desde o inicio: O Audi R 10, então conduzido por Rinaldo Capello, teve um aparatoso acidente quando tentava evitar o Pescarolo do Vannina Ickx, levantando-se no ar. Ainda assim, foi para a box, onde os mecânicos conseguiram reparar o carro, e este terminou no sexto lugar da classificação. Ickx acabou na posição seguinte.


Mais tarde, o Peugeot numero 7 de Marc Gené e Nicolas Minassian teve problemas, perdendo bastante tempo nas boxes. Parecia que iria ser o dia dos Lola-Aston Martin do Team Charouz, de Jan Charouz e Stephan Mücke, mas não foi: também tiveram problemas e atrasaram-se na classificação geral, acabando em último na classe LMP1, a 18 voltas do vencedor.


Com estes problemas todos, quem andou muito tempo no terceiro lugar foi o Pescarolo-Judd de Harold Primat e Christophe Tisneau, que conservaram o lugar até ao final, enquanto que na frente, o Audi de Mike Rockenfeller e Alexandre Premat e o Peugeot de Pedro Lamy e Stephane Sarrazin lutavam "taco a taco" pela liderança. No final da corrida, o Peugeot ganhou, mas a diferença para o Audi, nesta prova de quase cinco horas, foi de apenas 43 segundos.


Entretanto, na categoria LMP2, o Lola -AER da Quifel ASM Team, de Miguel Pais do Amaral e Olivier Pla, andou muito tempo na segunda posição, atrás do Porsche RS Spyder, pilotados por Jos Verstappen e Peter Van Merksteijn. Contudo, atrasaram-se na parte final da prova, acabando em sétimo lugar na sua classe, e no 12º lugar da geral. O vencedor na classe foi o outro Porsche RS Spyder de Caspar Elgaard e John Nielsen. Aliás, o pódio na classe foi todo Porsche.


A próxima prova será no circuito belga de Spa-Francochamps, entre 9 a 11 de Maio.

Formula 1 - Ronda 4, Barcelona (Corrida)




Confesso que esperava uma corrida algo monótona, sem motivos de interesse. Mas afinal, foi tudo menos chato, para o Bem e para o Mal. Se Kimi Raikonnen era um vencedor esperado (liderou de fio a pavio, perdendo apenas nas idas às boxes) numa dobradinha da Ferrari, atrás deles as coisas foram agitadas.



Primeiro: duas situações de Safety-Car, a primeira quando Adrian Sutil pôe fora de corrida o azarado Sebastien Vettel, e a segunda, quando Heiki Kovalainen teve um furo a alta velocidade, provocado, ao que parece, pelo rebentamento de um disco de travão. O embate no muro de pneus, confesso, foi muito assustador. Mas ao menos ele está bem, sem nada partido.

Segundo: a partido do terceiro lugar, as coias andavam agitadas. Primeiro Alonso, depois Hamilton, que aguentou Kubica e Alonso (até este rebentar o seu motor). Com estas paragens do SC, os grandes beneficiados foram Mark Webber, que com o seu quinto lugar, é um gritante contraste com David Coulthard, que mais uma vez mandou um piloto para a box. Groo, tens razão. Reforma para o Coulthard já!

E quando pensava que o prémio "brasileiro idiota do dia" iria ou para Rubinho, ou para o Felipe Massa, afinal... Nelson Piquet Jr. estragou completamente aquilo que de bom fez nos treinos. Na primeira volta, fez um exagero, e algumas voltas mais tarde, faz uma ultrapassagem mal sucedida a Sebastien Bourdais, que causa o abandono de ambos. O pai Nelsão não lhe puxa as orelhas?

No final da corrida, as coisas ficaram óbvias: õs Ferrari saem de Barcelona com a liderança em ambos os campeonatos, condutores e construtores, e Kimi Raikonnen sai com a liderança reforçada, já que Lewis Hamilton foi terceiro e Robert Kubica foi quarto. E a próxima prova, no circuito turco de Istambul, normalmente é favorável aos Ferrari...

GP2 - Ronda 1, Barcelona (2ª corrida)

Depois de uma primeira corrida em todos os aspectos magnífica, não se podia esperar muito para a segunda corrida, visto que sairia do oitavo lugar. Sendo assim, a corrida foi marcada pelo acidente da primeira volta, onde o italiano Luca Fillipi bateu no indiano Karun Chandook, incomodando Parente, que o fez perder quatro posições, para o 12º lugar.

A corrida foi então uma de recuperação, onde aproveitou os problemas dos outros para chegar até ao sétimo posto final, como como já expliquei anteriormente, não conta para os pontos, já que nesta segunda corrida, só contam os seis melhores resultados. Assim sendo, o vencedor foi o japonês Kamui Koboyashi, seguido pelo suilo Sebastien Buemi, e o italiano Giorgio Pantano. Bruno Senna foi quarto, e agora é líder do campeonato, ex-aequo com Parente, ambos com 11 pontos.

A próxima jornada dupla acontecerá dentro de duas semanas, em Istambul.

IRL - Ronda 5, Kansas (Treinos)

Num pelotão que tem agora sete pilotos brasileiros a correr, depois da entrada de Jaime Câmara na Conquest, a substtituir o francês Franck Perera, a IRL foi para a oval de Kansas para os treinos de mais uma ronda da categoria, agora definitivamente unificada.

E os treinos pertenceram à Chip Ganassi, que fez 1-2 na grelha, com o neozelandês Scott Dixon a levar a melhor sobre o inglês Dan Wheldon. Logo atrás dos dois pilotos, veio a vencedora de Motegi, Danica Patrick. Este terceiro tempo, o melhor da Andretti-Green, mostra que ela quer aproveitar o bom momento...

O quarto na grelha pertenceu o Thomas Scheckter, que este ano está a fazer uma temporada em part-time na Luzco Racing. Helio Castroneves, da Penske, foi o melhor dos brasileiros, no oitavo posto, enquanto que Tony Kanaan acabou no 11º posto, queixando-se da falta de velocidade na oval. Numa grelha com 27 carros, os ex-CART tiveram dificuldades nas ovais: Ernesto Viso, da HVM (ex-Minardi) foi 17º, e o melhor de todos, enquanto que Graham Rahal, no seu Newman-Haas, foi 20º, à frente de Justin Wilson (23º), mesmo à frente da outra mulher no pelotão, Milka Duno.

A corrida é amanhã, ao final do dia.

sábado, 26 de abril de 2008

Ainda Parente...

Ao longo destas horas, andavam a falar de que o pódio foi polémico. Não entendia o porquê, mas depois, quando vi uma foto do pódio, entendi.




É um nojo! Como é que uma organização tão profissional como a espanhola não tem uma bandeira portuguesa de jeito para colocar no pódio? Não estão habituados ou é a picuinhice castelhana (mais para o catalão). Se fosse cá, era "o Carmo e a Trindade", mas é lá, pronto... já agora, não se enganaram também no hino?


Senhores da organização: arranjem logo uma bandeira portuguesa para amanhã, pois caso ele suba ao pódio de novo, vamos começar a por bandeiras catalãs ou mesmo da Républica espanhola, caso algum de vocês ganhar alguma coisa nos nossos circuitos...

Le Mans Series - Monza (Qualificação)

A qualificação para os 1000 km de Monza, ocorrida esta tarde deu mais do mesmo: os Peugeot 908 HDi conseguiram os dois primeiros lugares da grelha de partida. Marc Gené e Nicolas Minassian ficaram com a "pole-position", enquanto que Stephane Sarrazin e Pedro Lamy foram os segundos na grelha.

Logo de seguida, na grelha de partida, surgem os Audi R10 oficiais, com a terceira posição a pertencer à dupla Rinaldo Capello e Alan McNish e a quarta a Alexandre Premat e Mike Rockenfeller. No quinto lugar ficou o Lola-Aston Martin de Stephan Mücke e Jan Charouz, seguido de Olivier Panis e Nicolas Lapierre, no Courage-Judd.

No final da qualificação, a satisfação de Lamy e da equipa Peigeot eram evidentes: "A qualificação correu-me bem e penso que seria muito difícil fazer melhor. Os 487 milésimos de diferença para a pole-position podem ser explicados com o tipo de afinação que nós escolhemos, algo diferente dos nossos companheiros de equipa", acrescentou o piloto português ao jornal Autosport, que irá fazer, em principio, o segundo turno de condução.

A corrida começa amanhã, a partir do meio dia.

GP2 - Ronda 1, Barcelona (Corrida 1)

Entrada de leão!! Alvaro Parente venceu categoricamente a primeira corrida do campeonato GP2, no circuito de Barcelona, aguentando as pesssões do segundo classificado, o brasileiro Bruno Senna. Com esta vitória na estreia, não só mostrou que é jovem, talentoso e com potencial para vencer, mas também é um dos candidatos à vitória final na GP2.


A corrida foi atribulada. Na partida, Parente arrancou logo para a liderança, aproveitando o facto do "poleman", o venezuelano Pastor Maldonado, ter ficado parado na grelha. Na terceira volta, alguns acidentes fizeram com que entrasse o "Safety-Car" durante algumas voltas.


Quando a corrida voltou à normalidade, o piloto português manteve-se na frente da corrida, sempre pressionado por Bruno Senna. O brasileiro ainda tentou esperar que os pneus do carro de Parente deteriorarem-se mais depressa, mas apesar de ser mais rápido no segundo sector nunca conseguiu encontrar um espaço que lhe permitisse surpreender Parente. No fim, Parente e Senna foram ao pódio, seguidos pelo austriaco Andreas Zuber. Nos restantes lugares pontuáveias, ficaram por esta ordem: Romain Grosjean, Vitaly Petrov, Sébastien Buemi e Kamui Kobayashi. Para além da vitória, Parente ainda fez a volta mais rápida, que lhe dá mais um ponto no campeonato.


Grande Alvaro! Parabéns. Amanhã de manhã, na segunda corrida, o piloto do Porto partirá do oitavo lugar, pois aqui, a grelha é invertida para os oito primeiros. E ao contrário da primeira corrida, na segunda corrida só os seis primeiros pontuam... Já agora, podem ouvir aqui as declarações dele depois da corrida.

O piloto do dia - Johnny Dumfries

Muitos foram os pilotos que passaram na Formula 1 vindos de classes sociais diferentes. Tivemos pilotos que para chegar onde chegaram, foram mecânicos. Outros, em contraste, eram filhos de grandes fortunas cuja ascensão à categoria máxima do automobilismo foi fácil. E mais recentemente, temos os filhos de campeões, numa tendência para construir e consoldar dinastias. Mas tivemos poucos de origem nobre. E hoje falo de um deles: Johnny Dumfries.


O seu nome completo é John Colum Crichton-Stuart, 7º Marquês de Bute. O apelido Dumfries vem pelo facto de antes de herdar o título de Marquês, era o "Earl of Dumfries", na Escócia. Nasceu a 26 de Abril de 1958 (faz agora 50 anos) e é descendente de uma das mais antigas familias aristocráticas escocesas. Com dinheiro até dizer chega (a sua fortuna actual é de 120 milhões de Libras), decidiu que quado fosse grande, queria ser... corredor.


No final dos anos 70, graças ao seu primo Charles Crichton-Stuart, na altura gerente comercial da Williams, ele foi trabalhar como motorista da equipa do "Tio" Frank. A ideia era conseguir apoios para a sua carreira automobilistica, sem necessidade de recorrer ao patromónio familiar. Em 1980, começa a sua carreira competitiva, a bordo de um kart, e no ano seguinte, estreou-se na Formula Ford 1600 britânica. Após duas temporadas, onde mostrou algum do seu talento, mudou para a Formula 3, a bordo da equipa de Dave Morgan. Depois desse ano de adaptação, o ano seguinte provaria ser grande.


A bordo de um Ralt-VW da Dave Price Racing, Dumfries teve um começo fulgurante: seis vitórias nas sete primeiras corridas do campeonato, e um segundo lugar, deram-lhe uma liderança dominadora que soube controlar. No final do ano, com o título de campeão britânico, ainda deu uma perninha ao campeonato europeu, onde ganhou quatro corridas, e bateu-se contra outros candidatos como Ivan Capelli e Gerhard Berger.


Em 1985, vai para a nova F3000, que substituiu a Formula 2, correndo pela Onyx. Contudo, esta foi uma má época, e só conseguiu um ponto. Entretanto, tinha conseguido o papel de piloto de testes... da Ferrari. Só que isso não lhe abriu as portas para a categoria máxima do automobilismo, pelo menos por aí. A sua chance viria de um modo mais inesperado.


No final de 1985, a Lotus queria Derek Warwick para substituto de Elio de Angelis, que tinha rumado para a Brabham. A ideia era ter um piloto inglês para secundar Ayrton Senna, e tido estava caminhado para isso, só que o brasileiro decidiu vetar a sua vinda. E porquê?


Duas razões simples: Senna tinha consciência que dando material igual a dois pilotos da mesma categoria significaria um desperdício de energia numa equipa que, mesmo sendo do pelotão da frente, não tinha carro para ser campeão do mundo, e também a sua ambição pessoal de ser o melhor implicaria que tivesse um segundo piloto que não fosse uma ameaça para o brasileiro. Sendo assim, a equipa do mítico Colin Chapman escolheu Dumfries para o lugar.


Na primeira corrida, no Brasil, começa bem, ao ser 11º da grelha. Mas durante a corrida, faz três paragens nas boxes, uma das quais acontece mesmo antes da vez do seu companheiro de equipa chegar para trocar de pneus. Isso faz com que acabe a corrida na nona posição. A temporada não é grandiosa, chega até a falhar a qualificação no Mónaco, mas na Hungria tem a sua melhor performance, ao ser oitavo na grelha, e quinto na corrida. Ainda vai pontuar mais uma vez, no GP da Australia, ao acabar na sexta posição.


Esta temporada inaugural até tinha sido boa, e esperava ter mais uma chance no ano seguinte, mas a Lotus tinha acabado de fechar um acordo com a Honda para que lhe fornecesse motores para a época seguinte. Só que esse acordo significava que a Lotus tinha que acolher um piloto japonês, Satoru Nakajima. Sendo assim, Dumfries teve que sair da equipa.


A sua carreira na Formula 1: 16 Grandes Prémios, numa só temporada (1986), três pontos.


Sem grandes prescpectivas (teve conversações com a Zakspeed, mas este perferiu Martin Brundle), decide mudar-se para os Sport-Protótipos, mais concretamente para a Jaguar do Grupo C, chegfiada por Tom Walkinshaw. A partir de 1987, corre no Mundial e nas 24 Horas de Le Mans, a bordo de um Sauber, fazendo dupla com o neozelandês Mike Thackwell. Desistiu na volta 37, com a transmissão partida.


Contudo, no ano seguinte, integrado na equipa oficial da TWR Jaguar, xom o mítico patrocício da tabaqueira Silk Cut, e em parelha com o seu compatriota Andy Wallace e o holandês Jan Lammers, vencem as 24 Horas de Le Mans desse ano. ainda nesse ano, voltou à Formula 3000, substituindo Andy Wallace, mas não conseguiu resultados.


Em 1989 e 90, Dumfries regressou à Formula 1 para ser piloto de testes da Benetton. Contudo, esse foi a última vez que andou na categoria máxima. Nessa altura, entrou para a TOM's Toyota, correndo mais duas vezes em Le Mans, sem resultados de relevo. Em 1991, decidiu arrumar de vez o capacete e dedicar-se aos negócios da familia, pois em 1993 herdou o título de Marquês de Bute, após a morte do seu pai.


Desde então, só aparece a correr em eventos históricos, como o Goodwood Festival of Speed, guiando o Jaguar no qual ganhou em Le Mans. Entretanto, para além dos negócios e o cuidar de uma enorme familia (quatro filhos de duas esposas), tornou-se também num pintor de sucesso no circulo de Londres.


Fontes:


http://www.mountstuart.com/website/
http://www.forix.com/8w/dumfries.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Johnny_Dumfries
http://gpinsider.wordpress.com/2008/04/26/sabado-11/#more-848