segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

A última vez que escrevo em 2018

Quando estiver a ler estas linhas, parte do mundo já estará a festejar e a viver em 2019. O Sol já se pôs por aqui, acabando os dias de 2018, e agora é contar as horas até ao novo ano e sabe-se lá o que nos trará. E mesmo faltando algumas horas, já começam a soltar os foguetes 

No meu campo pessoal, existem algumas coisas interessantes que poderão acontecer dentro em breve, dependendo da conclusão de certas propostas que tive nos últimos dias. Não quero dar pormenores, porque nesse campo, tenho medo que dê azar...

De resto, o ano que passou até foi normal. E foi, de uma certa forma, até no automobilismo. É certo que vimos o final de uma era na Formula 1, com a retirada do Fernando Alonso, mas de resto foi um pouco "mais do mesmo": os Mercedes ganharam tudo, os Ferrari foram os seus maiores rivais, Kimi Raikkonen voltou a vencer corridas, o Brasil não tem pilotos no pelotão desde 1970.

Nos ralis, ganhou um Sebastião pela 15ª temporada seguida, e o velho Loeb mostrou que, aos 44 anos de idade, ainda tem força para vencer ralis. Tanto que largou a Citroen, sua casa por mais de vinte anos, quer no WRC, quer nos vários projetos em que esteve envolvido - do Dakar ao WRX, passando pelo Pikes Peak e o WTCC - e vai correr em 2019 pela Hyundai. E está tão ansioso por andar no novo carro que logo depois do Dakar, vai só descansar e entrar no i20 WRC para correr no Rali de Monte Carlo.

A Formula E estreou o seu novo carro e todos gostaram. Um novo tipo de corridas e novas marcas entraram na competição, com a promessa de mais. E melhor: a nova temporada colocou um português como vencedor e a máquina que conduz é candidata ao título. Algo do qual estaremos atentos e ansiosos. 

Mas fora das pistas, começamos a notar a chegada do futuro e a reação do passado. A Tesla já mostra que consegue fabricar mil carros por dia, e mesmo que haja soluços na linha de montagem, não é nada que não seja resolvido. Vai abrir uma nova fábrica na China, e conseguiu modificar a lei que exigia às construtoras estrangeiras ter um parceiro local. E vendo bem as coisas, se calhar nem precisa, porque neste momento, mais de duas dezenas de construtoras locais estão decididas a construir carros elétricos, sejam eles SUV's ou super-carros, primeiro para ganhar o mercado local, depois o resto do mundo. E as construtoras tradicionais vão ter de reagir, se quiserem sobreviver ao novo mundo que anda a abrir. 

E nem falamos dos carros autónomos e a ideia de "alugar" um automóvel, em vez de o comprar. O dia em que os proprietários de um carro de motor a combustão interna aos fumadores não andará longe...

É isso tudo que vamos ver em 2019, e seguintes. O futuro pode ser assustador, mas terá coisas bem interessantes de se ver. E esse futuro será (literalmente...) amanhã.

Assim sendo, este é o último de 2018. A partir do dia 2, volta-se às atividades, vendo o que vai ser o Dakar, o ePrix de Marrocos, e no final do mês, o Rali de Monte Carlo. Até para o ano! 

CPR: Meireles vai de Polo R5 em 2019

Vai haver dois Volkswagen Polo R5 na próxima temporada do campeonato português de ralis. O anuncio foi feito ontem através do Facebook de Pedro Meireles, que afirmou ir correr com um desses carros, para o Grupo M. & Costas, com um segundo a chegar em meados da próxima temporada, ainda sem se saber quem o pilotará.

Uma segunda unidade chegará para o mesmo Grupo, no fim do primeiro semestre de 2019. Todo o projeto desportivo, quem o integrará, os parceiros, assim como o destino a dar à segunda unidade será brevemente divulgado”, disse Meireles na sua página do Facebook.

O campeão de 2014 - e vice em 2017 - e que correu durante vários anos com carros da Skoda, o último dos quais um Fabia R5, ficou com aquele que se tornou no chassis numero nove dos quinze que a marca de Wolfsburgo fabricou em 2018. 

Quando ao carro em si, estreou-se no Rali da Catalunha de 2018, às mãos de Petter Solberg e Eric Camili, mostrando-se muito competitivo e provavelmente poderá dar maior competitividade ao Nacional de Ralis, que arrancará em fevereiro com o Rali Serras de Fafe. 

domingo, 30 de dezembro de 2018

A imagem do dia

Primeiro, ouvi isto de um amigo meu. Depois, ouvi isto no video de um dos canais do Youtube que ando a seguir, o Transport Evolved. E depois, fui à procura do artigo do Jalopnik do qual originou toda esta coisa.

O incidente aconteceu na semana do Natal na localidade de Hickory, na Carolina do Norte, e a tensão foi resolvida com a intervenção dos empregados de uma "fast-food" nas imediações, onde os donos das pickups retiraram-se sem alarido. Por agora, foi um mero bloqueio, mas sei que passar disso para vandalizar os Superchargers vai um pequeno passo. Ou então, tentar encostar à berma donos de Teslas só porque não os gostam de ver na estrada. E isso já é perigoso. 

Depois de ver o video e ler o artigo, fiquei com alguns sentimentos sobre estas atitudes. A revolta passou-me logo, porque logo a seguir pensei nas inseguranças que esta gente tem, por baixo de toda esta basófia. E esta discussão, especialmente nos Estados Unidos, faz lembrar muito a discussão das armas de fogo. Só que a diferença entre um e outro é que as armas estão inscritas na lei - a famosa Segunda Emenda - e deitar fumo fora, não. Se calhar, o mais indicado seria a luta de anos pelo tabaco, que muitos defendiam não fazer mal à saúde das pessoas, pois caso contrário, os fabricantes teriam de pagar milhares de milhões de dólares de indemnizações por trem matado centenas de milhares de fumadores ao longo de gerações.

Só que aqui não são as marcas que dizem o Diesel não polui. Pelo menos, não as americanas, porque o "Dieselgate" atingiu em particular as construtoras alemãs, depois de serem denunciadas pelo organismo americano das emissões poluentes, pois tinham mentido a eles, dizendo que cumpriam os regulamentos, quando acontecia o contrário.

Não. A maior parte deste "bullying" acontece por parte de pessoas que querem defender um estilo de vida que todos entendem ter os dias contados. Não ameaçam só aquilo que acreditaram por anos a fio, como aquilo do qual começaram por gozar, agora é uma ameaça. E sabem que no futuro, serão batidos. De uma certa forma, é contra-ataque do homem branco antes da derrota inevitável. E vivemos nesses tempos de "reação" dos que são contra, sabendo que serão derrotados a meio do caminho.

Creio que este incidente (ainda é) isolado, mas temo que, com o passar dos meses, quando os carros elétricos foram cada vez mais e quando as autoridades começarem a passar leis restringindo a circulação deste tipo de motores, como fizerem com os fumadores, proibindo-os de fumar em espaços fechados e os obrigaram a ir para fora dos edifícios e estarem sujeitos aos elementos, essas pessoas, quando começarem a ver que os seus carros de motor a combustão interna não poderem circular nos centros das cidades - preparem-se, já está a acontecer - irão protestar, armando-se em "neoludditas", ou seja, pessoas que, ameaçadas pela tecnologia, preferem destruir as máquinas do que adaptar-se à nova realidade.

De uma certa forma, isto poderemos ver cada vez mais no ano que aí vêm. Por agora, é mais "bullying" de pessoas que, como dizia um amigo meu, tem uma masculinidade insegura. Mas pensamos sempre no dia em que alguém, qualquer que seja o lado, pise o risco e isto vire um caso de policia. Eu sei que dentro de um ano, o Tesla Modelo 3 será o carro mais vendido nos Estados Unidos, e como sabem, outros modelos de carros - já vieram aqui o pickup Rivian, o primeiro elétrico - irão aparecer para ficar com uma fatia que cresce da noite para o dia. Já sabemos qual vai ser o desfecho, a história mostra exemplos a cada geração. Mas até lá, vai haver uma briga. 

Youtube Rally Testing: O teste de Esapekka Lappi na Citroen para Monte Carlo

Nao é só Sebastien Ogier a novidade da Citroen para 2019. O finlandês Esapekka Lappi, vindo da Toyota, é o seu companheiro de equipa para a marca na próxima temporada, e já esteve a testar para o próximo rali de Monte Carlo, que vai acontecer dentro de quatro semanas.

O video já tem uns dias, mas a novidade é ver o piloto finlandês a bordo do novo C3 WRC nas estradas em redor do principado monegasco.

sábado, 29 de dezembro de 2018

A imagem do dia

Já passaram cinco anos desde o dia em que, num domingo à tarde, e enquanto nos preparávamos para celebrar a entrada para 2014, soubemos da noticia do acidente de Michael Schumacher. Fiquei sempre com a sensação de que, mais do que termos sido apanhados de surpresa, ficamos em choque por saber que ele, tão em forma e que um ano antes, tinha estado num monocoque, a correr pela Mercedes, ao lado de Nico Rosberg, estava a lutar pela vida, num hospital francês.

Depois do choque, preocupamo-nos. Depois, queríamos informações. Depois, estranhamos a atitude da familia. E estranhamos porque num mundo como o nosso, onde mostramos o que andamos a comer ao almoço e ao jantar, eles nem sequer darem noticias sobre o estado de saúde dele. E aí entramos em choque com a maneira de ser dos alemães, que para muitos de nós, é extraterrestre. Privacidade, o que é isso? 

Claro, muitos não entendem isso. E depois alimentam teorias da conspiração. Não querem acreditar que o Michael Schumacher que conhecemos já morreu. Ou seja, não no sentido "falecido" do termo, mas não o veremos mais em público. A familia não quer saber se já saiu do coma, se já anda ou não, se está numa cadeira de rodas, se têm ou não autonomia, se fala ou não, se pisca os olhos. Não tem autonomia suficiente para ser o que era antes, porque as suas lesões foram bem fortes. E não tendo mais isso, a familia o protegerá a sete chaves para o resto dos seus dias, viva mais vinte, quarenta ou cinquenta anos. É assim mesmo, temos de respeitar.

Em suma, só agora é que entendemos que os eventos de 2013 constituíram a sua morte pública, digamos assim. Foi inesperado, e demorou tempo até que a familia seguisse em frente e de dedicasse ao seu legado e preparar a próxima geração, com o seu filho Mick a aproximar-se da Formula 1 e as equipas a desejarem que tenha os genes do pai...

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

WRC: Breen fala sobre a temporada difícil na Citroen

Craig Breen não tem lugar na temporada de 2019, pelo menos de forma permanente. O piloto de 28 anos teve uma temporada complicada na Citroen, apesar do segundo lugar no Rali da Suécia. No final da temporada, por causa também do facto de ficarem com menos um carro para a nova temporada, ele e o norueguês Mads Ostberg acabaram por ser dispensados da equipa em favor de Sebastien Ogier, que volta à marca do "double chevron".

Breen afirma que a falta de resultados - Kris Meeke foi despedido após um acidente no Rali de Portugal - e o ambiente agitado no seio da equipa francesa também contribuíram para este desfecho.

"Estou dececionado por ter perdido o meu lugar na Citroen. Se tivermos em conta todas as circunstâncias que passámos, penso que fizemos um bom trabalho, em 2018. Se aprofundarmos as causas, não tivemos resultados suficientes este ano. No entanto, o maior motivo para tudo isso foi não ter tido boa sorte ao longo do ano, foi um ano difícil, com muitas mudanças. O ambiente na equipa também não era fácil por vezes”, disse Breen à RTE, canal televisivo irlandês.

Breen disse depois que tentou a sua sorte na M-Sport, mas eles decidiram manter Teemu Suninen e Elfyn Evans, para além de terem alugado um carro a Pontus Tidemand para os dois primeiros ralis da temporada, o de Monte Carlo e Suécia. 

WRC: Neuville aliviado por ter Loeb na equipa

Thierry Neuville recebe Sebastien Loeb de braços abertos no seio da equipa Hyundai. Numa entrevista publicada esta quinta-feira na Auto Hebdo francesa, o piloto belga de 30 anos considera que ter o nome com melhor palmarés no mundo dos ralis é uma grande vantagem, porque é "melhor tê-lo connosco do que contra nós!", começou por dizer. 

Ele assume que sempre foi a favor da contratação de Loeb, e esteve a par das negociações para a sua contratação. "Eu já sabia há algum tempo que havia contactos e que ele tinha testado o carro. Quando me confrontaram internamente sobre isto eu fui imediatamente a favor. Para nós só poderia ser bom."

"É preferível tê-lo connosco do que a fazer três ou quatro ralis com a Citroen. Em termos de estratégia de equipa, é difícil falar de avanço sobre isso. Ele não fará todo o campeonato, [mas] estará na equipa para nos ajudar a lutar pelo título de construtores e também pelo de pilotos", continuou.

Neuville afirma que a equipa tem consciência de que "tem de trabalhar e evoluir o carro." E espera que Loeb consiga fazer valer o seu peso na equipa. "Se não conseguirmos convencer os técnicos a fazer as alterações necessárias, então eles terão de se questionar", afirmou.

O rali de Monte Carlo começará dentro de um mês nas estradas alpinas à volta do principado.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Formula E: Agag quer as construtoras sul-coreanas na competição

Alejandro Agag pretende um maior envolvimento dos construtores coreanos na Formula E. Com o anuncio da entrada de uma corrida na Coreia do Sul, em 2020, o diretor da competição elétrica pretende um maior envolvimento das marcas ali representadas, não só para uma maior representatividade, mas para justificar a ida a aquele canto do mundo.

Com a Hyundai - Soul e Kauai (Kona noutros mercados) - e a Kia, com o Niro, no mercado com carros elétricos, e a ficar com uma fatia significativa de mercado, Agag acha que este é o momento ideal.

"Nós realmente gostaríamos de ter um fabricante coreano, mas no momento [eles] não tomaram a decisão de intervir", começou por dizer Agag à e-racing365. "Eu acho que ter uma corrida na Coréia será um grande incentivo e devemos ter pelo menos uma a chegar [dentro em breve]", continuou.

Agag disse também que adoraria ver um fabricante americano a competir, para o quadro ficar completo. Nesta altura, das onze equipas participantes, nove tem forte base de apoio de um construtor, ou são entradas diretas de construtores, como por exemplo, Jaguar, Nio e Audi, e no final de 2019, a Porsche também fará a sua estreia, elevando para doze as equipas presentes.

Minha grande ambição é conseguir um fabricante coreano e também americano. Então temos que ver se esta prova ajuda. Ainda temos que encontrar um local, mas tenho certeza que teremos uma corrida lá na sexta temporada", concluiu.

Formula E: Silvestro elogia carro da Gen2

A suíça Simona de Silvestro voltou a correr num carro da Formula E, e elogiou bastante a sua performance. A piloto suíça, que correu pela Andretti em 2015-16, e agora é piloto de desenvolvimento da Venturi, afirou que o carro da Gen2 "é um verdadeiro carro de corrida", depois de o experimentar nos testes da competição em Al Dihyrah, na Arábia Saudita, depois da primeira corrida da nova temporada da competição.

"A diferença é realmente muito grande", começou por dizer de Silvestro ao site e-racing365.

Eu pilotei na segunda temporada, que foi há três anos e para ver o quanto ela se desenvolveu neste tempo todo, é incrível. O carro parece muito semelhante a um carro de corrida real, enquanto que antes era muito difícil tentar entender como guiá-lo."

De Silvestro identificou as características de travagem, nomeadamente o "brake by wire" como as principais mudanças no novo hardware.

Acho que as maiores mudanças são nas travagens”, explicou. “Como o sistema é este ano é muito bom. É um bom passo na direção certa. Só ter mais poder ajuda, isso só deixa você mais entusiasmado quando você está por aí. Além disso, quando você faz uma boa volta e coisas assim é um pouco mais suave, parece um pouco mais normal”, concluiu.

A Formula E volta à ação na segunda semana de janeiro em Marrakesh.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Youtube Rally Video: O teste de Jari-Matti Latvala para... o Rali da Suécia


A Toyota já pensa adiante, preparando-se... não para Monte Carlo, mas para o Rali da Suécia, a segunda prova do ano. Eis o video dos testes do finlandês na única prova de neve do calendário.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Feliz Natal a todos!

E chegou esta altura do ano. Tempo de balanços - esse fica para mais tarde, dentro de uma semana - mas este é um tempo de passar com os familiares, em casas acolhedoras e cheias de gente. Acende-se a lareira e põe-se a conversa em dia, com alguns momentos embraraçosos...

Nem foi um mau ano. Diverti-me um bocado, concretizei algumas coisas, e tenho aspiração a outras. Não se pode ter tudo, é verdade, e nem sempre se consegue. Tive as minhas frustrações e trabalhei muito. Redescobri coisas que tinha deixado de lado e pretendo ver o futuro com otimismo. Trabalho para isso, é verdade. 

Escrevo isto agora, porque vou aproveitar os dias 24 e 25 para descansar. Volto dia 26 e assim ficarei até dia 30, para depois voltar dia 2 e preparar-me para o Dakar e o ePrémio de Marrakesh. De uma certa maneira, voltar o ano automobilístico.

Portanto, a todos vocês, estejam a sofrer com o frio ou o calor, desejo-vos um Bom Natal.

Recordando Van Rossem por um dos seus pilotos

No passado dia 14, em Bruges, o belga Jean-Pierre Van Rossem morreu ais 73 anos de idade vitimado por um cancro pulmonar. Van Rossem foi um pouco de tudo: licenciado em Economia, adorava as luzes da ribalta. Confessava-se marxista, mas chegou a ter dois aviões particulares e mais de 130 Ferraris, numa coleção pessoal que chegou a guardar num castelo. A sua fortuna chegou a valer quase mil milhões de dólares, e pelo meio criou um "supercomputador" do qual previa as subidas e quedas das várias Bolas um pouco por todo o mundo, e aparentemente dava lucros fabulosos a quem investisse.

No final, era mais um "esquema Ponzi"e foi denunciado por isso. E para escapar à prisão, criou um partido politico do qual entrou no Parlamento belga, mas não foi isso que o impediu de passar uma temporada na cadeia. Mas pelo meio, e graças ao seu esquema, a Moneytron, que adquiriu uma equipa de Formula 1, a Onyx e durante um ano, viveu as luzes da ribalta da categoria máxima do automobilismo, antes de vender tudo no inicio de 1990. 

Nestes dias, a Motorsport britânica decidiu recordar essa excêntrica figura - no mínimo - através do testemunho de um dos seus pilotos, o sueco Stefan Johansson, pois foi com ele que conseguiram os únicos pontos da marca, incluindo o inesperado terceiro lugar no GP de Portugal de 1989, o último pódio da carreira do sueco.

"Ele chegou à equipa depois da minha assinatura", começou por dizer o sueco. “Minha primeira impressão foi, bem… mas à medida que nos conhecíamos melhor ao longo da temporada, percebi que sua imagem pública - algo de que ele estava muito ciente - era muito diferente do homem privado. Gostei dele e gostei da companhia dele. Ele era engraçado, gentil, gentil e cumpria suas promessas - embora às vezes ficássemos sentados em seu escritório por dias, recusando-se a sair até que o dinheiro fosse transferido", continuou.

A ideia inicial do salto da Onyx para a Formula 1 era para ser em 1988, e tinha a ver com o dinheiro da Marlboro e os serviços de Stefano Modena, o campeão da Formula 3000 em 1987, mas o acordo acabou por não acontecer. As coisas foram adiadas para o ano seguinte, com o projeto feito por Alan Jenkins, o ORE-1, mas o projeto acabou tão tarde que o carro ainda estava a ser montado em Rio de Janeiro, antes da primeira pré-qualificação do ano, numa temporada onde apareceram... seis equipas só para aquela fase do fim de semana.

"Isso era brutal", diz Johansson. "Você iria para a pista às 6 da manhã e não haveria nenhum bom dia; você só iria ouvir um rosnar dos mecânicos porque você só queria entrar no carro e fazê-lo.

Havia doze carros perseguindo quatro lugares. Uma hora. Luz verde. Um tiro no escuro, quase. O menor problema nas últimas voltas, quando os melhores tempos eram definidos... acabou o final de semana. Ridículo."

Era um grupo bastante robusto de carros, pilotos e equipas também. Muitas vezes, aqueles que conseguiram passar para a qualificação acabavam no meio da grelha. Talvez apenas a classificação para as 500 Milhas de Indianápolis tenha pressões semelhantes."

Contudo, Johansson sabia que o carro feito por Jenkins era bom, e no México, conseguiu a sua primeira qualificação real, para depois chegar ao quinto lugar em Paul Ricard, lugar onde Bertrand Gachot também qualificou o seu carro. Mas ambos não passaram para a qualificação em Silverstone e os Minardi conseguiram o milagre de chegarem no quinto e sexto postos, com Pierluigi Martini e Luis Perez-Sala. Resultado: mais seis meses de inferno pré-qualificativo.

E nessa altura, havia luta interna na equipa, com o choque de egos entre Earle e Van Rossem. Resultado: o inglês foi-se embora e Van Rossem, que pouco ou nada entendia da gestão de uma equipa, ficou com o comando. E foi nessa altura que dizia à imprensa que queria os motores Porsche V12, que metade do pelotão desejava, ameaçando ir embora caso não as tivesse. Como seria de esperar, o contrato aterrou na Arrows. E para além disso, foi responsável por algumas decisões bizarras, como por exemplo, o despedimento de Gachot antes do GP da Hungria devido a comentários que foram divulgados na imprensa.

Johansson disse depois que foi uma bela experiência, e o potencial para ser melhor existia, mas no final desse ano, Van Rossem vendeu a equipa para Peter Montverdi, porque a bolha da Moneytron tinha explodido.

"Fomos um grupo de gente que alcançou coisas notáveis com o orçamento disponível. Uma equipa novinha em folha, começando do zero, terminando no pódio e em décimo no campeonato foi um milagre. Nós tínhamos os ingredientes para sermos como a Jordan", começou por comentar.

Ter sido contratado por Enzo Ferrari foi o ponto alto da minha carreira na Formula 1, obviamente, mas aquela temporada com o Onyx foi uma experiência incrível. Foi uma pena Van Rossem ter vendido. Eu não acho que ele estivesse perdendo o interesse. Foi mais que ele podia suportar.”, concluiu.

A Onyx foi vendida para o suíço Peter Montverdi e Johansson foi despedido depois do GP do Brasil de 1990, com um ORE-1 que não tinha sido desenvolvida desde o final da temporada anterior. Foi substituido por Gregor Foitek, mas não durou mais meia temporada, fechando antes do GP da Bélgica.

Quanto a Van Rossem, em 1991, a justiça belga o condenou a cinco anos de prisão por fraude fiscal. Tentou evitá-la, criando um partido politico de cariz populista, o ROSSEM, e conseguiu três deputados. Mas isso não evitou que entrasse na cadeia quando o mandato terminou, e assim ficando sem imunidade parlamentar.

sábado, 22 de dezembro de 2018

WRC: Malcom Wilson deixa o comando da M-Sport

Que a M-Sport anda em maus lençóis. Com cada vez maior dificuldade em arranjar dinheiro para completar o orçamento, e com a Ford a não largar os cordões à bolsa, apesar de ter tido Sebastien Ogier por duas temporadas, dando dois títulos de campeão mundial, Malcom Wilson decidiu abandonar o comando das operações dos ralis no dia-a-dia e dedicar-se mais a outras operações comerciais na sede da marca, na Grã-Bretanha. Isto acontece 21 anos depois de ter ficado com o programa competitivo da marca americana.

O seu substituto será outro britânico, Rich Millener, que até aqui era o numero dois de Wilson, tomando conta do departamento comercial da marca.

O próximo ano será um ano muito importante para a M-Sport. Temos vários novos projetos, incluindo o lançamento do nosso Centro de Avaliação em Dovenby Hall”, começou por explicar Wilson ao site WRC.com. "Continuaremos a trabalhar com os parceiros existentes - salvaguardar os que temos e aproveitar as novas oportunidades que surjam", continuou.

Millener juntou-se à M-Sport em 2006 no departamento de peças e vendas e trabalhou de perto com Wilson como seu numero dois nas últimas temporadas.

"Estou ansioso para assumir o comando da equipa com o apoio de outros membros e é bom ter a convicção de Malcolm de que eu poderia fazer o trabalho. A pressão acabou, com Seb deixando a equipa e agora é um bom momento para mudar as coisas”, disse.

A M-Sport irá alinhar em 2019 com Teemu Suninen e Elfyn Evans, com um terceiro carro a ser alugado prova à prova. Nas duas primeira etapas do Mundial, o carro estará nas mãos do sueco Pontus Tidemand.

WRC: Monte Carlo conta com 80 inscritos

A organização do Rali de Monte Carlo confirmou este sábado que estão inscritos 80 carros, o número máximo permitido pela organização. Apesar de oficialmente, só será no dia 14 que se mostrará a lista de inscritos, já se alcançou o objetivo.

Entre os inscritos, todas as marcas oficiais terão três carros, excepto a Citroen, que terá dois, enquanto pela nova classe, o WRC Pro, estão o Citroen de Yann Bonato e o Ford de Gus Greensmith. No WRC2 está o finlandês Kalle Rovanpera.

O Rali de Monte Carlo, primeira prova do Mundial, acontecerá entre os dias 24 e 27 de janeiro, nas estradas alpinas à volta do principado.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

WRC: Pontus Tidemand vai correr na Ford

O sueco Pontus Tidemand vai correr as duas primeiras corridas de 2019 a bordo de um Ford da M-Sport. O piloto sueco confirmou isto hoje numa entrevista à Motorsport.

Encontrámos uma boa solução e estou agradecido ao Malcolm [Malcom Wilson, o diretor da M-Sport, ndr] por me dar esta oportunidade. No Monte-Carlo vou focar-me em adquirir experiência, sentir o carro e adaptar-me à equipa antes do Rali da Suécia onde quero estar o mais bem preparado possível de modo a poder lutar”, disse.

Tidemand, de 28 anos, vai voltar a andar num WRC desde o Rali da Suécia de 2014, onde terminou no oitavo posto, a bordo de outro Ford Fiesta WRC. Desde 2015 e até ao final deste ano estava na Skoda, onde foi campeão do WRC2 em 2017 e vice-campeão em 2018. 

Turismos: TCR Ibérico vai ser reavivado

O TCR Ibérico vai ser reavivado em 2019 com quatro provas. Quem anunciou isso foi o seu promotor, Paulo Ferreira, afirmando que duas das provas serão em Espanha e outras tantas em Portugal.

Há carros TCR suficientes entre Espanha e Portugal para montar um bom pelotão. Nós concederemos um prémio de 60.000 euros: 30 mil para o vencedor e [outros] 30 mil para o vencedor da classe DSG. O pagamento do prémio em dinheiro será vinculado à participação na 2020 TCR Europe Series”, explicou Ferreira, acrescentando: “Também estamos avaliando a possibilidade de dar ao último evento o status de 'TCR Nations Cup'.” 

A falta de adesão dos pilotos espanhois no pelotão ibérico em 2017 - 80 por cento dos carros inscritos nesse ano eram portugueses - fez com que a série não acontecesse em 2018, cada país com o seu campeonato. Contudo, com o baixar dos custos desses carros poderá ser uma razão deste reavivar da competição.

A organização vai adotar o mesmo formato desportivo do TCR Europe, com duas sessões de treinos livres de 30 minutos, uma Qualificação no Q1 e Q2 e duas corridas de 23 minutos mais uma volta.

Eis o calendário:

23 - 24 de março: Barcelona
5 - 7 de julho: Vila Real
7 - 8 de setembro: Navarra
26 - 27 de outubro: Portimão

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Youtube Motorsport Video: A "Ghynkhana" de Natal da Lotus


"Mais uma "Ghynkhana"? A sério? Mas já mostraste ontem ou anteontem mais uma do Ken Block?..."

Eu sei, eu sei. Mas este é diferente, por vários motivos. Estamos no Natal e o pessol de Hethel decidiu fazer um cartão de Natal diferente, digamos assim. E até é engraçado.

Youtube Rally Testing: O teste de Ogier para o Monte Carlo

Como é sabido, Sebastien Ogier está de volta à Citroen, e ele anda a testar o C3 WRC para a próxima temporada nas estradas à volta de Monte Carlo. E este é um dos videos do teste que fez ontem, entre neve e chuva. 

WRC: Hyundai coloca Mikkelsen "sob brasas"

Muitos esperavam que Andreas Mikkelsen desse dores de cabeça a Thierry Neuville e à Hyundai nesta temporada que passou. De facto, deu dores de cabeça... mas da forma errada. Apenas um pódio, na Suécia, e um pálido sexto posto no Mundial, com 84 pontos, desiludiram os represntantes da marca coreana, que esperam que em 2019, ele já esteja melhor e dê mais luta nas provas do WRC.

"Foi um ano difícil para o Andreas", revelou Alain Penasse, diretor desportivo da Hyundai, à revista Motorsport News. "Foi claro que no ano passado não ficou dentro das suas expectativas nem dos que nós esperávamos. Tivemos algumas reuniões depois da última prova do campeonato e iremos trabalhar juntos para ter uma solução melhor", continuou.

O responsável da Hyundai Motorsport para os ralis deixa uma pequena provocação ao revelar que "vamos ver em Monte Carlo se ele retirou alguma ilacção destas reuniões.", revelando que "temos um contrato e queremos respeitá-lo", Pernasse disse entre linhas que caso Mikkelsen estiver "apagado" em Monte Carlo, as coisas poderão ser revistas rapidamente... 

Para Mikkelsen, o mais importante é recuperar a boa forma. "Estou a trabalhar com a equipa para o próximo ano, por isso é importante para mim sair desta espiral negativa na qual estou mergulhado. Em cada rali (tivemos um problema) tentei duro para melhorar para o próximo. Penso que necessito de um bom resultado para que possa relaxar novamente, estou a pensar demasiado na condução", afirmou.

Endurance: Ferrari estuda entrada no Mundial em 2021

A Ferrari pensa em entrar na Endurance dentro de duas temporadas, com as novas regras. Segundo a revista americana Racer.com, os regulamentos do WEC, onde os hipercarros irão substituir os LMP1, têm despertado muito interesse por parte da marca de Maranello e a decisão de entrar está quase confirmada. Aparentemente, será por eles mesmos e não através de uma equipa como a AF Corse.

Com esta intenção, a Ferrari junta-se à Toyota, Aston Martin, BMW, Ford e McLaren, nas marcas que já mostraram interesse em participar, mas não já na primeira temporada em que os regulamentos entrarão em vigor. Nesse campo, BMW e a McLaren já disseram que pretendem entrar mais tarde, devido aos compromissos que têm noutras competições, como a IndyCar, no caso da equipa de Woking, e da Formula E, no caso da marca de Munique.

A equipa pretende saber também como vai acabar a regulamentação que está a ser delineada pela FIA e pela ACO, e também se terão orçamento para poder investir e que seja compatível com a sua estratégia comercial. 

Caso aconteça o regresso, poderá acontecer quase meio século depois da última vez que correu numa classe rainha num Mundial de Endurance. Em 1973, correram com o modelo 312PB-73 quer no Mundial, vencida pela Matra, quer nas 24 Horas de Le Mans, onde o melhor carro ficou na segunda posição, guiado por Arturo Merzário e José Carlos Pace.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

WRC: Hyundai nada preocupado com a falta de tempo de Loeb

Quando se soube que a Hyundai tinha contratado Sebastien Loeb para a sua equipa, pensava-se que o piloto francês poderia não aparecer no Rali de Monte Carlo por ser muito perto do final do Dakar, cerca de uma semana. Contudo, o veterano vai ao primeiro rali do ano e vai fazer um esforço para estar presente, já que terá pouco mais de uma semana de descanso - o rali termina a 17 de janeiro e Monte Carlo inicia-se no dia 24 - e pouco tempo para se adaptar à nova máquina.

Algo do qual Alain Pernasse, o diretor desportivo da Hyundai, não está preocupado com essa falta de tempo para se adaptar ao i20 WRC.

Não há outra solução, só poderá testar no fim de semana antes do rali. Penso que tornará a prova ainda mais interessante. O Sebastien ainda não experimentou o carro, mas sabe das suas qualidades. Conseguiu vê-las na Catalunha e as dificuldades que teve em vencê-lo [luta com Thierry Neuville]", começou por dizer o diretor desportivo da marca coreana à Autosport britânica. 

"O Loeb tem muita experiência em Monte Carlo. Já o ganhou muitas vezes [sete, o recorde] e sempre foi muito competitivo. A sua falta de quilómetros no carro não será um problema.  Não se esqueçam que este é um rali muito específico, já que tudo muda de um momento para o outro. Este ano, já pudemos ver o Sebastien de regresso com um bom ritmo, mesmo tendo estado afastado do WRC algum tempo”, concluiu Pernasse.

Loeb vai fazer seis ralis em 2019, pela primeira vez a bordo de um carro que não um Citroen.

Youtube Rally Video: O teste de Teemu Suninen para Monte Carlo


A M-Sport anda um pouco diminuída com a partida de Sebastien Ogier da equipa, para ir correr na Citroen, e Malcom Wilson tem de se contentar com o finlandês Teemu Suninen e o galês Elfyn Evans para se prepararem para o rali de Monte Carlo de 2019, que acontecerá dentro de pouco mais de cinco semanas. 

Eis um video dos testes com o piloto finlandês ao volante.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Youtube Motorsport Video: Ghynkhana Ten


Chega o Natal e aparecem coisas boas para vermos. Umas valem a pena, outras não. Neste campo em particular, sou mais curioso do que outra coisa, e sempre vi os videos do Ken Block como uma curiosidade, bem como as suas participações no WRC e WRX, embora tenha algum talento e ainda corra aos 51 anos de idade.

Agora é a vez da décima encarnação da "Ghynkhana", onde nos leva para uma volta ao mundo, usando cinco carros diferentes... todos Ford, claro. Dura dezanove minutos, portanto, arranje tempo para observar com calma as suas habilidades, porque tem alguns convidados especiais.

CPR: Sports and You estuda Challenge R5

Os carros da geração anterior dos R5 poderão ter uma segunda vida. José Pedro Fontes, que também comanda a preparadora Sports and You, planeia um Challenge R5 com Citroen DS3 e Peugeot 208 Ti16 com alguns anos como forma de dar a aspirantes a chance de correrem ralis de forma acessível. 

Caso isto se venha a confirmar, esta iniciativa seria válida para Portugal e Espanha, incluindo também os ralis dos campeonatos regionais de ambos os países.

"[Estamos a] trabalhar em conjunto com a Citroen e a Peugeot para conseguir criar uma iniciativa que ajude a tornar mais acessíveis os custos de colocar a correr estes veículos da categoria R5", começou por dizer José Pedro Fontes ao site sportmotores.com.

"[Espero ter] tudo pronto nas primeiras semanas de Janeiro para poder dar a conhecer a iniciativa e as condições que terão para oferecer aos pilotos.", continou.

Fontes afirma que por causa da chegada dos R5 mais potentes, estes, para não ficarem parados nas garagens, "possam ser um passo intermédio entre os duas rodas motrizes e os R5 de topo", concluiu.

Youtube Rally Video: O teste de Dani Sordo para Monte Carlo


Dani Sordo andou por estes dias a testar com o Hyundai i20 WRC para o Rali de Monte Carlo, mas parece que a viatura que vai usar poderá ser aquela do qual Sebastien Loeb fará o seu primeiro rali em dezoito anos sem ser ao serviço da Citroen...

Eis o video.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A imagem do dia (II)

Dezembro na Europa é assim. E este fim de semana, em Spa-Francochamps, esta foi a paisagem na zona de Eau Rouge e Radillon. E tecnicamente, ainda não estamos no inverno. 

Sempre que aparece uma noticia sobre o Schumacher

Sempre que aparece algo referente a Michael Schumacher na imprensa, o pessoal que gosta de automobilismo e do piloto alemão agita-se, e compreende-se. Um jornal sensacionalista britânico, o Daily Mail, afirmou hoje ter noticias sobre a sua condição, afirmando que já não está mais acamado e em coma. Sinceramente, daquilo que eu sei sobre a sua situação, desde há uns tempos para cá, isto não é novo para mim. Já sabia disso, e mesmo que os seus amigos mais próximos não digam nada sobre a sua situação atual, a pedido da família, sabia pelas entrelinhas que o alemão reagia a estímulos. Não fala, não anda, mas não está confinado a uma cama. E não é preciso a Sabine Kehm vier a público ou a familia dizer isso.

Segundo ponto que é preciso dizer sobre esta noticia em particular e sobre o geral. Ao lê-la, vê-se que está cheio de generalizações, sem nada em específico. Logo, tenho a sensação de que daqui a nada, Kehm deverá ir a público desmentir aquilo que o Daily Mail disse hoje, pedindo mais uma vez que a privacidade do piloto e da sua familia seja respeitada, como já disseram desde finais de 2013, quando o piloto sofreu o seu acidente de ski em Méribel, nos Alpes franceses. Que o Daily Mail não é flor que se cheire, é verdade. 

Mas também há outra coisa do qual poucos sabem, provavelmente por uma questão de cultura. No mundo de hoje, onde todos se querem exibir nas redes sociais, os alemães são uma notável excepção. E não temos de ir longe. Sabem quem é o único piloto do atual pelotão da Formula 1 que não tem presença oficial em redes sociais? É Sebastian Vettel, um alemão. Até Kimi Raikkonen, que também era avesso às redes sociais, já cedeu um pouco ao ter conta oficial no Instagram. Provavelmente, Vettel até pode ter contas em redes sociais, debaixo de um pseudónimo, não sabemos, mas oficialmente, não há nada dele, nem tem qualquer pessoa que cuide das redes sociais, como alguns fazem. 

E não é só nas redes sociais que os alemães defendem ferozmente a sua privacidade. É em muitas outras coisas. Por exemplo, o mapa da Google, que andou alguns anos a cadastrar todas as ruas do mundo, tem uma notável excepção na Alemanha. E cerca de um terço dos alemães não tem um cartão de crédito, apesar de ser um país muito rico, porque eles não pretendem ceder os seus dados pessoais aos bancos, por exemplo. E foi também esta forte defesa da privacidade que este por trás da razão porque os médicos e psiquiatras não avisaram a Lufthansa que um dos seus pilotos, Andreas Lubitz, tinha um sério problema de depressão clinica que levou, a 24 de março de 2015, a despenhar o avião de Germanwings nos Alpes franceses durante um vôo de Barcelona a Frankfurt. 

Em suma, mesmo que as pessoas estejam genuinamente preocupadas e desejarem saber o real estado de saúde do alemão, que fará 50 anos no próximo dia 3, mostrá-lo aos fotógrafos ou dizer algo sobre ele seria o equivalente a mostrar um animal exótico ao circo. E é verdade: a nossa imprensa, as nossas redes sociais, a nossa vida, tornou-se hoje em dia um verdadeiro circo. E eles, como familia, só desejam estar em paz. Multimilionários, é verdade, mas desejam estar em paz, com os seus fantasmas de cuidar de alguém que, em pleno auge da vida, se vê agora confinado a uma vida de vegetal por algumas décadas.

E provavelmente com a chegada do seu filho à Formula 1, dentro de dois ou três anos, tenho a certeza que as perguntas sobre o seu pai são ser cada vez mais frequentes. Vai ser um novo assédio, do qual a familia tem de ser mais uma vez, mais forte.

A imagem do dia

As mulheres-piloto que participaram no teste deste domingo na pista de Al Diriyah, nos arredores de Riyadh, a primeira da nova temporada da Formula E. Na extrema-esquerda desta foto, a lenda Michelle Mouton, agora administrativa da FIA para as mulheres no automobilismo, a logo na sua esquerda, as mulheres que foram participar, desde a colombiana Tatiana Calderon, que andou no carro da DS Techeetah; a holandesa Beitske Visser, que andou no carro da BMW Andretti; Simona de Silvestro, na sua Venturi e Katherine Legge, no carro da Mahindra.

O teste não foi um comparativo, foi uma adaptação a estes carros, mas pode-se dizer que caso dêm uma oportunidade, podem andar ao mesmo nível que os homens, como a Simona e a Katherine já fizeram. Aliás, a piloto suíça já fez uma temporada pela Andretti e é a única que já pontuou na história desta competição, com dois nonos lugares, na segunda temporada da competição.

Os tempos mudam, estamos já com duas décadas de século XXI, mas ainda se pensa como no século XX. A Formula E veio para ficar e as mulheres no automobilismo deveriam ser mais e mais frequentes. Contudo, não sou muito fã da ideia da W Series, porque, como diz a Pippa Mann, é uma competição segregadora. Embora diga que tenho curiosidade em ver.

É um belo "boneco", mas sinceramente, queria voltar a ver uma mulher nesta competição. Seria sinal de que têm talento suficiente para andar lado a lado com os homens. 

Em jeito de conclusão: é estranho ver esta foto e este teste num país que até há alguns meses, proibia as mulheres de conduzir automóveis...

IndyCar: Dragonspeed vai fazer programa parcial em 2019

A DragonSpeed, equipa que participa quer na IMSA, quer no Mundial de Endurance, com carros da LMP2, anunciou que estará na IndyCar com um programa parcial na próxima temporada, com Ben Hanley como piloto. E já escolheram o fornecedor de motores, que será a Chevrolet.

Segundo conta no comunicado, a DragonSpeed estará nos circuitos de raíz, principalmente aqueles onde costumam andar no campeonato IMSA, como Barber, St.Petersburg, Mid-Ohio e Road America para se acostumarem à competição, antes de entrar a tempo inteiro em 2020.

"A IndyCar está desfrutando de uma grande recuperação graças à qualidade das corridas produzidas pelos regulamentos atuais", começou por dizer o seu diretor desportivo, Elton Julian, à Autosport britânica.

"Os fãs vêem, as equipes vêem, os fabricantes e patrocinadores o vêem, e acho que a NBC viu isso quando decidiu assumir a cobertura televisiva. Com muito interesse dos novos participantes, também estamos gratos pelo apoio da IndyCar à nossa oferta para se juntar à série e à Chevy por darem espaço para nós em seu programa de motores" continuou.

"Para a equipa, é uma questão da nossa crescente experiência alcançar as nossas ambições. As últimas temporadas na Endurance nos deram uma plataforma intensiva para desenvolver nossas habilidades de preparação, corrida, estratégia e paragens nas boxes. Temos também fortes credenciais de volante aberto para cima e para baixo da equipa, e o ritmo e os detalhes excepcionais de Ben [Hanley] parecem adequados para a configuração e os pneus devem ser um grande trunfo."

"Nada disso é para minimizar a dificuldade do desafio pela frente, porque IndyCar é a série mais difícil que já disputamos, com a maior corrida do mundo como sua peça central.", concluiu.

A ida da DragonSpeed para a IndyCar é mais uma das várias que deram a entender entrar na competição, como a McLaren, que também em 2019 irá entrar na competição com um programa parcial concentrado nas 500 Milhas de Indianápolis, liderados por Fernando Alonso.

Youtube Rally Testing: Mais testes de Latvala para Monte Carlo


Os testes da Toyota para o Rali de Monte Carlo prosseguem a bom ritmo para a Toyota, apesar de alguns precalços. Neste fim de semana, Jari-Matti Latvala saiu de estrada e danificou o seu Yaris WRC, com Juho Hanninen - que fazia o papel de navegador nesta altura - ter sido assistido pelos paramédicos devido a cortes sofridos. Contudo, não foi nada de grave.

Mesmo assim, os testes decorreram sem problemas de maior, com os carros da marca japonesa a prepararem-se para o primeiro rali do ano, dentro de cinco semanas.

domingo, 16 de dezembro de 2018

Youtube Racing Video: O ePrix de Al Dhyriah, na íntegra

A corrida inaugural da nova temporada da Formula E foi fantástica para as cores portuguesas, é verdade. Em muitos países, esta prova pode ser vista em direto nos vários canais desportibvos um pouco por todo o mundo, com a prova a ser vista em Portugal pela Eurosport e no Brasil, pela Fox Sports.

Contudo, em muitos outros países, a Formula E podia ser vista em direto no canal oficial da marca no Youtube, através do "streaming". E é isso que coloco aqui, um programa de duas horas, onde podem ver tudo na íntegra, desde as análises pré-corrida até à cerimónia do pódio. Algo para ver, um dia depois, é certo, mas é ótimo para quem não viu ou quem queira ver de novo.

Youtube Rally Videos: Os testes da Toyota para Monte Carlo


O Mundial WRC de 2019 só começará dentro de um mês, nas estradas à volta de Monte Carlo, mas as quatro equipas do Mundial - M-Sport (Ford), Hyundai, Toyota e Citroen - já começam a se preparar para a nova temporada. 

E hoje, coloco três videos de pilotos da Toyota - Jari-Matti Latvala, Ott Tanak e o seu novo recruta, Kris Meeke - que andam a testar no seu Yaris WRC novas soluções para o primeiro rali do ano.

sábado, 15 de dezembro de 2018

A imagem do dia

O sábado está a acabar, mas o seu começo foi inesquecível para as cores portuguesas. Ver António Félix da Costa a saltar vde alegria depois de ter conseguido a primeira pole da carreira, e aguentar as pressões de Jean-Eric Vergne, com um DS Techeetah claramente superior ao BMW Andretti do piloto português. Foi um "drive through" que resolveu o assunto, apesar do Safety Car que aparecer na segunda metade da corrida por causa do acidente do José Maria Lopez, que juntou os carros para uma parte final muito emocionante.

Por fim, António Félix da Costa voltou a vencer. Ele ficou feliz por o conseguir, depois de anos de frustração com máquinas que, apesar de serem iguais, nem sempre têm a potência que desejam. Os azares, os "remates à trave" - sabiam que ele têm nove décimo-primeiros lugares, um recorde?

Mas no final, ele têm outros recordes, esses que nos dão orgulho. Ele é o piloto mais jovem de sempre na competição, e agora poderá ter conseguido outro, o da maior diferença entre vitórias, pois a que teve em Buenos Aires foi no inicio de 2015. Mais de três anos e meio depois. 

Quanto à corrida e os novos carros da Gen2... sabiam que eram bons, mas não sabia que seriam assim tão bons.  Fiquei agradavelmente surpreendido com o Attack Mode. Ali, os carros ganham mais 30 cavalos num minuto, e os pilotos são obrigados a usar dois durante a prova. Agora imaginam isso com o "fanboost" - agora, em vez de três, são cinco os pilotos contemplados. E isso fazem com que as corridas sejam estupendamente velozes e competitivas. E 45 minutos voam depressa.

Em suma, a nova geração de carros suplanta muito a velha geração. E as corridas são espectaculares. E aos que dizem que "a Formula E não é uma corrida, é um circo", a Formula 1 também têm dessas coisas. O que é o DRS, pessoal? Ou julgam que a Liberty Media não está a ver tudo isto? Os detratores pensam que esta competição não tem nada para oferecer, mas ignoram várias coisas, como por exemplo, que todos os construtores relevantes estão ali. Que tem mais equipas que na Formula 1, e na próxima temporada, terão doze, contra os dez da categoria máxima do automobilismo. E os números não mentem: a Formula E é cada vez mais popular, especialmente entre os jovens. Que um dia serão adultos e usarão os carros como um meio de transporte, não como um bem precioso.

Agora, na minha opinião, falta muitas coisas. Uma delas correr num circuito. É bom andar no centro das cidades, é bom espalhar a mensagem do futuro sustentável, dos carros sem ruído, que não poluem... mas o automobilismo também é andar numa pista para o efeito. Eu sei que não querem usar toda a pista de Monte Carlo, por exemplo, mas na minha opinião pessoal, deveriam.

Agora, a próxima prova será dentro de um mês, em Marrakesh. O Natal vai ser com Felix da Costa na liderança, mas a haverá mais protagonistas. Acho que o maior rival dele serão os DS Techeetah, pelo menos. E vai ser uma temporada longa.

Felix da Costa: "O plano era este, chegar aqui com equipa e carro ganhadores..."

O grande fim de semana de António Félix da Costa na jornada inaugural da Formula E fez toda a equipa contente, e o piloto portugues sentiu mais um enorme alívio por finalmente todas as jornadas frustrantes dos anos anteriores terem dado agora a vitória que tanto ambicionava. Agora que têm um carro ganhador, o piloto de Cascais agradeceu a todos pelo trabalho desenvolvido e comemorou a vitória e a liderança antes do Natal.

"Que grande início de campeonato! Estou muito contente, sabia que tínhamos hipóteses de obter um bom resultado, mas chegar aqui, fazer a pole e ganhar a corrida é de facto incrível, na estreia da BMW oficialmente na Formula E.", começou por dizer.

"Chegamos a nos duvidar, porque foi muito tempo com maus resultados, um fim de semana mau atrás de outro, mas tenho de agradecer à minha equipa, ao meu núcleo pequeno, dentro das corridas e fora delas, e este era o plano: na quinta temporada da Formula E, com um carro ganhador, com uma equipa ganhadora, fizemos uma corrida sem erros, eles erraram, nós não, e depois da pole-position e da corrida, foi um resultado bom", prosseguiu. 

"Quero agradecer a todos os elementos da BMW que em Munique trabalharam incansavelmente nos últimos meses, esta vitória é o fruto do trabalho de muita gente. A corrida foi de loucos, sempre em luta com os dois DS que estavam muito rápidos, mas consegui evitar erros e ganhar. Obrigado também a todos os Portugueses que votaram em mim no fanboost e me ajudaram também do lado de fora. É um dia importante, para festejar e ir motivado para a pausa de Natal, sabendo que temos de continuar a trabalhar, para manter um nível elevado nas próxima corridas", concluiu.

Com 28 pontos e a liderança do campeonato, a Formula E prosseguirá em paragens marroquinas dentro de quatro semanas, onde defenderá o primeiro lugar do resto do pelotão. 

Formula E: Felix da Costa vence na corrida inaugural da temporada

A BMW venceu a corrida de abertura da Formula E, em Al Diryah, nos arredores de Rihyad, graças a António Félix da Costa. O piloto português partiu da pole-position e aproveitou os problemas da DS Techeetah para sair vencedor na corrida inaugural da nova temporada, com os carros da Gen2.

Depois de ter feito de manhã a sua primeira pole-position da sua carreira - a primeira que conta - Felix da Costa tinha de contar com os carros da DS Techeetah na oposição para a corrida inaugural da temporada, a primeira com os carros da Gen2 e com novos instrumentos como o Attack Mode, onde durante dois minutos, os carros têm mais 30 cavalos e são capazes de ultrapassar a concorrência.

Na partida, Felix da Costa largou melhor que Sebastien Buemi, que teve de lidar com uns Techeetah mais velozes que a concorrência. O belga Jerome D'Ambrosio os acompanhava, no seu Mahindra, tal como o Dragon de José Maria Lopez, enquanto outros como Nelson Piquet Jr., Lucas di Grassi, Sam Bird e Felipe Massa lutavam no meio do pelotão.

Contudo, Vergne e o seu companheiro de equipa, o alemão André Lotterer, subiam de posições e na volta doze, o francês passava o piloto português. Pouco depois, era o alemã que assediava o carro da BMW Andretti, e quando passou o carro pelo "Attack Mode", ele esteve lado a lado com o piloto português, mas ele resistiu por mais algum tempo. Contudo, pouco tempo depois, Lotterer conseguiu passar.

Mas com três quartos de corrida, a direção de prova penalizou os Techeetah por excesso de energia e tiveram de cumprir um "drive through", deixando o piloto português à vontade, com mais de doze segundos de vantagem sobre o segundo classificado, agora o Mahindra de D'Ambrosio. Mas depois, um toque de "Pechito" Lopez no muro fez entrar o Safery Car, que juntou todos os pilotos no pelotão, fazendo com que o final fosse emocionante.

Com o Attack Mode e o Fanboost, Felix da Costa procurou afastar-se do pelotão e de um Vergne ao ataque, mas aguentou o esforço final do francês para vencer a prova. Jerome D'Ambrosio ficou com o lugar mais baixo do pódio, na frente do Jaguar de Mitch Evans, do segundo Techeetah de André Lotterer e do Nissan de Sebastien Buemi. Lucas di Grassi e Nelson Piquet Jr fecharam os lugares pontuáveis.

Agora a competição elétrica regressa dentro de um mês, no circuito marroquino de Marrakesh. 

CPR: Divulgado o calendário para 2019

A Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) divulgou esta sexta-feira à noite o calendário de ralis para a temporada de 2019. Para além do Nacional, também divulgou os calendários para a Madeira e Açores.

No campeonato continental, a grande novidade são a troca de lugar de alguns ralis, pois o começo, em Fafe, e o final, no Algarve, se mantêm. O rali Vidreiro, por exemplo, será na primeira semana de outubro, em vez de ser na primeira semana de junho, como tem vindo a acontecer. Continua também a haver uma divisão entre os ralis de terra e de asfalto, com os primeiros a começar e os últimos a acabar.

Eis o calendário:


22-23 de fevereiro - Rali Serras de Fafe (DemoPorto)
21-23 Março - Azores Airlines Rallye (GDC)
4-5 Maio - Rali de Mortágua (CA Centro)
30 Maio - 2 Junho - Rali de Portugal (ACP)
22-23 de junho - Rali de Castelo Branco (Escuderia Castelo Branco)
1-3 agosto - Rali Vinho Madeira (Club Sports Madeira)
6-7 de setembro - Rali Terras D'Abobreira (CA Amarante)
4-5 outubro - Rali Vidreiro (CAMG)
1-2 novembro - Rali do Algarve (CA Algarve)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

A imagem do dia

Sebastien Loeb em ação no Rali de Sanremo do ano 2000, a bordo de um Toyota Corolla WRC. 

A noticia de que Sebastien Loeb iria voltar ao WRC, num programa parcial, para o próximo Mundial de ralis tomou muitos em choque. E mais: o veterano piloto francês, de 44 anos, vai fazer seis provas do WRC 2019 a bordo de outro carro que não um Citroen. 

Em 22 anos de carreira, foram poucos os ralis em que não correu com um dos carros da marca do "double chevron", um deles este que mostro na imagem. Acabou no décimo posto, que na altura não dava pontos.

Noutra altura do campeonato, a transferência de Loeb para outra equipa que não a Citroen teria dado enormes ondas de choque, e seria comparado na Formula 1 à transferência de Michael Schumacher da Ferrari para outra equipa. Pelo menos, seria assim na década passada. 

Contudo, Loeb tem andado desde há algum tempo a ter uma imagem de piloto mais completo, sem estar ligado quer à Citroen, quer ao WRC. Fez GT, foi segundo classificado nas 24 Horas de Le Mans, andou no WTCC e agora no WRX, em carros da Peugeot, que faz parte do mesmo grupo que a Citroen. E fez o Dakar. aliás, por causa disso, o seu mês de janeiro vai ser bem preenchido, porque primeiro andará nas areias do Peru, e logo a seguir, ele e o seu fiel navegador, o monegasco Daniel Elena, apanharão um avião para Monte Carlo e embarcar num i20 WRC ao lado de Thierry Neuville e Andreas Mikkelsen para tentar vencer de novo o rali de Monte Carlo.

Ele sempre afirmou que a sua vitória na Catalunha foi um catalisador para este regresso, para mostrar aos mais novos que continua a ser um dos melhores pilotos da sua geração, mas fazer isto contra pilotos como Thierry Neuville, Sebastien Ogier ou Ott Tanak, parece ser escusado. E se calhar prejudica outros pilotos que gostariam de andar num carro oficial. No meio desta operação, o mais prejudicado é Dani Sordo, que tinha inicialmente um programa de dez provas, mas fica reduzido a seis provas. E esqueçam Hayden Paddon, que se calhar andará num R5. Ele, que venceu provas do WRC...

Que tem a capacidade de vencer provas, lá isso têm. O que isto vai fazer ao Mundial de 2019, é desconhecido. O risco de se tornar numa salganhada, onde Ford e Citroen se diminuirão a favor das cada vez mais poderosas Toyota e Hyundai, que tentarão de tudo para serem campeãs de ambas as categorias e riscar de vez o nome "Sebastião" da categoria dos campeões, onde está desde 2004, é bem real.

Claro, para os apreciadores de ralis, vai ser uma festa. Quantos mais, melhor.