sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Noticias: Tiago Monteiro comprou a BCN?

O piloto português pode ter comprado a BCN Competicion, equipa da GP2 pertencente a Enrique Scabaloni, e que neste momento compete também na GP2 Asia.


Apesar da equipa ainda não ter confirmado este negócio, tendo emitido hoje um comunicado onde afirma estar a decorrer negociações, o sitio português Sport Motores refere hoje que Tiago Monteiro já chegou a acordo com Scalabroni. O negócio concretizou-se à segunda tentativa, depois de uma primeira aproximação que não resultou em acordo. No lado do português, afirma que um comunicado sobre este assunto será emitido amanhã.

Olhem só quem vem cá!...

O Autódromo do Algarve vai receber no Domingo a visita do ex-piloto Michael Schumacher, sete vezes campeão do Mundo de Formula 1. Em vez de estar em Interlagos, o antigo piloto da Ferrari vai dar duas voltas à pista algarvia, como que a "abençoar" a inauguração.


Será que é mais uma achega ao regresso da Formula 1 a Portugal? Não acho muito, pois ele não influencia a FIA e o "Whipmaster" Max Mosley... mas é um bom sinal.

Formula 1 - Ronda 18, Interlagos (Treinos)

Este é um fim de semana onde se decide quem será o novo campeão do Mundo de Formula 1, logo, ambos os candidatos ao título, tem que mostrar que estão vivos e que ambicionam o ceptro máximo. E a "jogar em casa", Felipe Massa demonstrou logo nos treinos livres que quer ter vantagem, ao fazer o melhor tempo na primeira sessão.

O piloto da Ferrari demonstrou estar em bom nível (1.12.305 segundos), ao efectuar uma serie consistente de voltas rápidas já perto do final da sessão, mas prevê-se mais uma luta intensa com o britânico Lewis Hamilton, que se cotou como o segundo mais veloz no final da sessão, a escassos 0.190 segundos.

Na terceira posição da grelha provisória ficou Kimi Raikkonen, a apenas 0.012 segundos de Hamilton, o que demonstra a rapidez que os Ferrari estão a ter em Interlagos, mesmo com temperaturas mais baixas. O finlandês acabou por apanhar um pequeno susto a meio da sessão, quando choveu com maior intensidade no traçado brasileiro, ao efectuar um pião à saída do S de Senna, depois de pisar um dos correctores já molhados.

O polaco Robert Kubica colocou o seu BMW no quarto posto, um lugar na frente de Heikki Kovalainen, da McLaren, uma vez mais longe dos tempos do seu companheiro. O espanhol Fernando Alonso, da Renault, ficou em sexto, à frente de Mark Webber, da Red Bull, e de Nelson Piquet Jr. que, a jogar também em casa, ficou com o oitavo tempo. O "top ten" ficou completo com Nick Heidfeld (BMW), também longe de Kubica, e por Timo Glock, que colocou o seu Toyota na décima posição.

Isto foi o que aconteceu na primeira sessão de treinos livres, pois quando os carros sairam para a segunda sessão, as coisas ficaram um pouco diferentes. Massa dominou boa parte da sessão, mas nos instantes finais, o Renault de Fernando Alonso levou a melhor e liderou a tabela de tempos, com 1.12,296 segundos, ganhando a liderança ao piloto brasileiro por escassos 0.057 segundos.


No terceiro posto ficou Jarno Trulli, que melhorou sobremaneira o seu tempo da manhã, colocando-se à frente do Ferrari de Kimi Raikkonen, que concluiu um bom resultado de conjunto para a marca do Cavalino Rampante neste primeiro dia.


O quinto foi Mark Webber, da Red Bull, que ficou à frente de Sebastien Vettel, da Toro Rosso, que também evoluiu bastante ao longo da segunda sessão. Nelson Piquet Jr. foi sétimo, na frente do Williams de Nico Rosberg, o oitavo. Quanto a Lewis Hamilton, aparentou ter algumas dificuldades com o acerto do seu monolugar, sendo obrigado a diversas correcções no volante e mesmo a travagens mais violentas em alguns momentos. Sendo assim, ficou com o nono tempo. O segundo Williams de Kazuki Nakajima completou o "top ten".

AS homenagens dos pilotos de Formula 1

O GP do Brasil, sendo a última etapa do campeonato do Mundo, é definitivamente o local para inumeras homenagens. Para além da homenagem que a Red Bull fará a David Coulthard, pintando o seu Red Bull de branco, para propagandear a "Wings for Life", uma fundação que apoia as pesquisas para a espinal medula, outras homenagens estão a acontecer este fim de semana.

Primeiro, Rubens Barrichello andou esta sexta-feira com o capacete de Ingo Hoffman, uma lenda do automobilismo brasileiro, que teve uma passagem fugaz pela Formula 1 nos anos 70, na Fittipaldi, e uma lenda na Stock Car brasileira, que este ano decidiu despedir-se das pistas. Ironia dupla: o apelido de Hoffman é "Alemão", e Barrichello pode estar a disputar o seu último Grande Prémio na Formula 1...

A segunda homenagem é a que faz Nelson Piquet Jr., ao Brasil, pois vai ser o seu primeiro Grande Prémio que irá disputar em solo brasileiro. Logo, nas gotas do capacete, vai ter uma bandeira brasileira, para assinalar o feito.

WRC - Rali do Japão (Dia 1)

Começou esta madrugada o Rali do Japão, penultima prova do Mundial WRC, e eventualmente, o palco da consagração do penta-campeonato de Sebastien Löeb. Para que o francês possa comemorar o título no Domingo, terá que acabar a corrida na terceira posição, algo que está neste momento a conseguir.

Mas se para Löeb, as coisas até tem corrido como previsto, no caso do resto do pelotão, as coisas andaram perto do caos. Na Ford, por exemplo, Francois Duval teve um grave acidente na sexta especial, onde embateu com grande aparato num rail, e de onde o seu navegador, Sebastien Pivato, sofreu ferimentos que o levaram a ser transportado de helicóptero para o hospital, tendo fracturado a tíbia e a pelvis, estando neste momento a ser operado no Hospital de Sapporo.

Isso causou confusões e transtornos entre os outros navegadores, ao ponto de o navegador de Löeb, o monegasco Daniel Elena, se recusar a sair sem a carta na mão. Ora... nenhum dos comissários no local sabia falar inglês! Mas duas das classificativas do dia, a sétima e a oitava, foram canceladas.

Assim, Hirvonen lidera, seguido por Jari-Mari Latvala, e com Löeb em terceiro lugar. Mas poderia estar melhor acompanhado, pois o seu companheiro de equipa, Daniel Sordo, desistiu com problemas no turbo antes da sexta especial, fazendo com que o Subaru Impreza de Petter Solberg ascendesse ao quarto lugar.

Na categoria de Produção, o lider é o surpreendente russo Evgeni Novikov, com Armindo Araujo no décimo lugar, a um minuto do líder. O piloto português queixou-se dos problemas que aconteceram nas classificativas, que para ele, foram o motivo pelo qual não subui ainda mais na classificação:

Fomos surpreendidos na primeira passagem pelos troços, onde perdemos algum tempo para os mais rápidos com as condições extremamente complicadas que as especiais apresentavam. A afinação que levávamos no Mitsubishi Lancer Evo IX não era demasiado dura para o estado do piso e optámos por jogar pelo seguro. Sabemos que neste campeonato os resultados também se conseguem com uma boa gestão e estratégia, pelo que esperamos ganhar lugares nos dois dias que faltam”, explica Armindo Araújo.

Com cerca de um minuto a separar o primeiro do décimo classificado, tudo pode acontecer nos dias seguintes...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A despedida de David Coulthard

Nunca a despedida de um piloto da Formula 1 foi tão bem preparada como a de David Coulthard. Quinze épocas depois, e 246 Grandes Prémios completados, o piloto escocês vai abandonar a competição máxima do automobilismo.

A Red Bull, equipa do piloto, está a preparar uma decoração especial para o seu carro. Este vai estar totalmente de branco, e também as palavras "Wings For Life", fundação que se dedica à procura de cura para a paralisia da espinal medula, apoiada pela Red Bull, marcam presença nas asas do monolugar.

Em declarações aos jornalistas, o escocês explicou que está a dedicar a última corrida "à visão de tornar a paralisia curável", referindo-se a todos os doentes paraplégicos.



Para melhorar as coisas, a Red Bull decidiu colocar uma estatística da carreira de David Coulthard na Formula 1... fora do normal. Assim sendo, eis oas numeros que o piloto escocês consegiu na carreira:


- Teve sete companheiros de equipa (Damon Hill, Mika Hakinnen, Kimi Raikkonen, Christian Klien, Mark Webber)
- Deu 55.400 entrevistas;
- Vestiu 160 macacões, 140 capacetes 85 pares de luvas e um macacão espacial;
- Fez 31.322 horas de exercícios físicos;
- Foi o único piloto a usar uma fantasia de Super-Homem num pódio;
- Apanhou 1.927 vôos;
- Comeu 432 frangos em almoços;
- Esteve em 22 desfiles de moda;
- Tem o seu próprio museu, que vende... pijamas de bebé!
- Vestiu-se por uma vez como policia de Nova Iorque.


Eis umas estatísticas diferentes...

Até vale a pena!

Uma semana depois de a ter instalado, vejo que tenho garantidos 18 seguidores do meu blog. Isso significa que cada vez que esses 18 seguidores abrem o seu endereço no Blogger, acompanham as minhas mais recentes actualizações deste estaminé, o que é optimo.


Pelo menos, nisso eu vejo vantagem. Inscrevi-me durante esta semana em mais de 30 blogues, com esse objectivo: ver o que se escreve noutros lados, pois sei que por vezes, a inspiração para escrever algo de interessante, ou não, vêm daí. Portanto, não me inscrevi só por simpatia pelo blogueiro, ou blogueira. E que, em muitos aspectos, são a minha inspiração. E se ainda não teve tempo ou se encontra reticente sobre o mais novo brinquedo do Blogger... bom, eis as minhas razões pelo qual esta aplicação tem o seu lado positivo.


Ah... e se já repararam que inscrevi a mim próprio, o motivo é estranhamente simples: sou perfeccionista, e tenho a mania de corrigir muitas vezes o que escrevo. E muitas das vezes, deixo passar erros crassos!


Em suma: se ainda não instalou, instale. Pode ser que ganhe mais novos amigos.

Noticias: GP2 Series vai correr no Algarve

A cada dia que passa, novos anuncios sobre a realização de provas no novo Autódromo do Algarve, em Portimão, vão sucedendo. A última das quais tem a ver com a GP2, que vai ter uma ronda dupla em Portugal.


Esta notícia significa que no calendário da GP2, pelo menos uma das provas não se realizará ao mesmo tempo que a Fórmula 1 ao ocntrário do que sucedeu este ano.

Em declarações ao site oficial da competição, um dos responsáveis da GP2 Series, Bruno Michel, referiu que "No Autódromo Internacional do Algarve foi realizado um trabalho tremendo e é uma pista fantástica, que tem tudo o que uma competição de alto nível necessita. Estou bastante ansioso por este evento.", referiu.


Paulo Pinheiro, responsável máximo do Autódromo Internacional do Algarve, mostrou-se feliz com este desfecho: "Estou encantado que a GP2 Series tenha escolhido encerrar a época no Algarve. Isso premeia o nosso esforço e dedicação na construção de um circuito que possa receber tão prestigiada categoria. É uma grande honra para nós e tudo faremos para receber condignamente a caravana da GP2 no próximo ano.", referiu.


Isto acontece na mesma altura que em Jerez de la Frontera, decorrem os testes da GP2, onde Alvaro Parente está a testar ao serviço da Racing Engineering, a mesma equipa que deu o título de 2008 ao italiano Giorgio Pantano.

GP Memória - Japão 1988

O GP do Japão de 1988 constituía um momento decisivo na candidatura do título mundial para o brasileiro Ayrton Senna. Sabia que graças ao sistema usado, onde se aproveitavam somente onze dos dezesseis melhores resultados, o seu adversário, Alain Prost, teria de deitar mais pontos fora do que ele, logo, ao piloto brasileiro bastava uma vitória no circuito japonês para conseguir alcançar o seu sonho: ser campeão do Mundo.


O último fim-de-semana de Outubro ia ser um momento decisivo na carreira do piloto brasileiro, pois pela primeira vez, tinha uma chance real de arrebatar o título, ainda por cima na casa da Honda, o parceiro de motores. Mas para além disso, havia outras novidades no “paddock”. Por exemplo: a Larrousse teve que trocar subitamente o seu piloto, Yannick Dalmas, que estava doente, por um local chamado… Aguri Suzuki.


Nos treinos, a primeira fila era obviamente da McLaren, com Ayrton Senna a ser melhor do que Alain Prost. Na segunda fila, o Ferrari de Gerhard Berger partilhava a segunda fila com Ivan Capelli, num registo que já começava a ser habitual… a terceira fila pertencia à Lotus, que metia Nelson Piquet e o herói local, Satoru Nakajima. Na quarta fila ficavam o Arrows-Megatron de Derek Warwick e o Williams.Judd de Nigel Mansell. A fechar o “top ten” estavam o Ferrari de Michele Alboreto e o Benetton de Thierry Boutsen.


Dos 31 inscritos, 26 entravam na competição, logo, cinco ficariam a ver a corrida na bancada. Foram eles o Coloni de Gabriele Tarquini, o Zakspeed de Piercarlo Ghinzani, os Eurobrun de Óscar Larrauri e Stefano Modena, e o Ligier de Stefan Johansson.


Na partida, acontece o momento mais temido por ele: fica parado na grelha. Mas ao mesmo tempo que os outros passam por ele, aproveita o facto daquela zona da pista ser a descer para ganhar velocidade suficiente para fazer pegar o carro e volta à corrida. Quando acontece, Senna tinha caído para a 14ª posição, mas a partir daquele momento, começa a recuperar o tempo perdido, e a encurtar a diferença para o seu rival Prost. Na volta seguinte, já tinha passado seis pilotos, e à quarta volta, tinha chegado à quarta posição!


Quem também fica parado na grelha fora Satoru Nakajima, mas também voltou à corrida, como Senna. Entretanto, Prost ia na frente, tranquilo, enquanto tinha Berger e Capelli atrás de si. Warwick era o quarto, mas leva um toque de Nigel Mansell, quando o inglês o tenta ultrapassar. Contudo, continua a corrida, enquanto que o inglês tem que ir às boxes para trocar a frente do carro. Mas nas voltas seguintes, o austríaco da Ferrari começava a ter problemas de consumo no carro, e deixava passar Ivan Capelli para o segundo lugar. Então, o italiano da March passou ao ataque e a ameaçar a liderança do francês!


Na 11ª volta, Senna ultrapassa Berger, para a terceira posição, ao mesmo tempo que Nelson Piquet sai de pista na primeira curva e tem de abandonar. Três voltas mais tarde, o Larrousse de Suzuki despista-se na chicane e volta mesmo em frente de Prost, e esta hesitação é aproveitada por Capelli para o ultrapassar! No inicio da 15ª volta, Ivan Capelli consegue um feito histórico: é o primeiro não-Turbo a liderar uma corrida em quatro temporadas.


Mas isso é sol de pouca dura. Prost puxa mais pelo motor a volta à liderança, e com isto, Senna aproximava-se perigosamente de ambos os carros. Na volta 19, Senna passa Capelli, que começava a ter problemas eléctricos (desistiu pouco tempo depois) e parte em cima do líder.


E na volta 27, a oportunidade: o francês apanha dois retardados: o March de Maurício Gugelmin e o Rial de Andrea de Cesaris. O francês fica preso atrás dos dois à saída da chicane, e o brasileiro aproveita para atacar a liderança. E consegue! Nas voltas seguintes, o brasileiro tenta afastar-se um pouco do piloto francês, para conseguir garantir a liderança, numa pista onde em certos sítios, caía uma ligeira chuva.


Até ao final, não houve novidades de maior, e quando passou a meta pela última vez, Ayrton Senna sucedia a Nelson Piquet na lista de campeões do Mundo, ficando o título no Brasil. Com Prost na segunda posição, o Benetton de Thierry Boutsen completava o pódio, com o terceiro lugar. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Ferrari de Gerhard Berger, o segundo Benetton-Ford de Alessandro Nannini, e o Williams-Judd de Riccardo Patrese.


Fontes:


http://en.wikipedia.org/wiki/1988_Japanese_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr467.html

Um lindo troféu, sem dúvida!

A organização do GP do Brasil pediu ao centenário arquitecto Oscar Niemeyer, o homem que desenhou Brasilia, que projectasse o troféu que oferecerá ao vencedor da corrida, este Domingo.



Segundo o próprio Niemeyer, o desenho original foi feito em... quinze segundos, e tem como inspirações, uma das colunas do Palácio da Alvorada, sede da Presidência da Republica, em Brasilia, e o volante estilizado de um Formula 1.

Como pessoalmente, Oscar Niemeyer é um dos meus arquitectos perferidos, para mim, este troféu é o mais lindo do ano. Muito melhor do que aquelas imitações com o símbolo do Banco Santander, quase um insulto aos pilotos...

Jà agora, deixo-vos com a sua definição de beleza, que encontrei no Blog do Groo: "Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu País, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, nas nuvens do céu, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o Universo - o Universo curvo de Einstein".

O piloto do dia - Nino Farina


Na semana em que se decide o título de campeão do Mundo, calhou em calendário o dia em que nasceu, há já 102 anos, aquele que foi o primeiro Campeão do Mundo da era moderna, em 1950. Pertencente à geração que brilhou nas pistas europeias na década de 30, ainda voltou à competição após a II Guerra Mundial para competir nas melhores máquinas de então, os Alfa Romeo, e ainda dominou o panorama automobilístico durante boa parte dos anos 50. Hoje falo de Nino Farina, o primeiro campeão de Formula 1.


Nasceu a 30 de Outubro de 1906 em Turim, membro da família que mais tarde fundou a marca Pininfarina (o seu fundador, Giovanni Battista, era seu tio, e ambos tinham 13 anos de diferença), era membro de uma família abastada. Foi para a universidade para tirar uma licenciatura em Ciência Politica na Universidade de Turim. Chegou a considerar uma carreira militar, mas em 1932, aos 26 anos, decidiu que iria abraçar uma carreira automobilística.


Começou primeiro a correr em rampas, a bordo de um Maserati, mas depois foi para a Scuderia Ferrari, onde a bordo de Alfa Romeos, fez parceria com o lendário Tazio Nuvolari. Em 1938 e 39, começa a alcançar bons resultados, e começa também a ganhar reputação de ser um piloto rápido, sem medo, mas por vezes brutal. Em 1936, foi considerado por muitos como o culpado pelo acidente mortal de Marcel Lehoux, no GP de Deauville, e dois anos depois, em Tripoli, envolveu-se no acidente mortal de Lazlo Hartmann. Anos mais tarde, Stirling Moss disse acerca do estilo de Farina: “Naquele tempo, havia uma certa tolerância a manobras sujas e todos nós, às vezes, lançávamos mão delas. Mas Farina abusava. Ele era um combatente sobrevivente reclamando da incompetência das suas vítimas e ninguém discordava de que ele havia causado ambos os acidentes fatais".


No caso da morte de Lazlo Hartmann, as autoridades atribuíram a causa do acidente a "um golpe de vento", que teria feito com que o piloto perdesse o controle do carro mas testemunhas garantiram que o problema foi apenas Lazlo, correndo com um carro muito menos veloz do que o de Farina, não ter saído da frente do italiano rápido o bastante. Esses rumores eram tão fortes, mesmo após a sua morte que Enzo Ferrari, na sua autobiografia de 1983, “Piloti, che gente…”, dedicou muitas linhas em desmentir categoricamente esses rumores.


A sua carreira começava a chegar ao seu auge, com a vitória no GP de Tripoli, em 1940, quando a Itália entra na II Guerra Mundial, e a sua carreira fica congelada. Quando a paz volta à Europa, Farina tem quase 40 anos, mas volta a acção com um Maserati privado, vencendo em 1946 o Grand Prix des Nations, em Genebra, uma das primeiras corridas na pós-guerra. Em 1948, vence o GP do Mónaco, tornando-se num dos melhores pilotos em actividade. A Alfa Romeo o contratou no ano seguinte, correndo ao lado de Jean-Pierre Wimille, mas quando este morreu, nesse ano, liderou a equipa para o primeiro campeonato mundial de Formula 1 organizado pela FIA, em 1950, ao lado de Luigi Fagioli e de um argentino recém-chegado à Europa chamado Juan Manuel Fangio.


O campeonato começa em Silverstone, em Inglaterra, a 13 de Maio, onde perante mais de 125 mil espectadores, torna-se no primeiro vencedor de uma corrida de Formula 1. A temporada torna-se numa batalha interna entre ele e Fangio, pois para além de Silverstone, ganha na Suiça e em Itália, enquanto que o argentino vence no Mónaco, Bélgica e França. Mas Farina foi mais regular, e vence o título mundial com 30 pontos, contra os 27 de Fangio.


No ano seguinte, continua na Alfa Romeo, mas aos poucos, o domínio dos Alfa era contestado pela Ferrari, que com o seu Tipo 375. Farina vence na Bélgica, mas é a sua única vitória no ano, e acaba o campeonato na quarta posição, com 19 pontos, num campeonato ganho pela Ferrari, e por o seu grande rival, Juan Manuel Fangio. Em 1952, após a retirada da Alfa Romeo da competição, vai para a Ferrari, onde só consegue quatro segundos lugares, numa temporada dominada pelo seu compatriota Alberto Ascari. No final, foi vice-campeão do Mundo, com 24 pontos.


Em 1953, continuando pela Ferrari, vai correr no GP inicial, que decorria pela primeira vez no circuito de Buenos Aires, na Argentina, onde tinham aparecido mais de cem mil pessoas. O líder argentino, Juan Peron, ordenou que os portões fossem abertos, e milhares ficaram perigosamente perto da pista. Inevitavelmente, o desastre aconteceu, quando na volta 30, Farina, para evitar atropelar uma criança, perde o controlo do seu carro e atropela 49 pessoas, matando sete delas. Contudo, ele sempre disse que a culpa não era dele, mas sim dos que estavam perigosamente encostados à berma. Na realidade, o culpado era Perón, mas naquela altura não se podia dizer isso…


Nesse ano, Farina voltou às vitórias, no lendário circuito Nrodschliefe, em Nurbrurgring, mas essa seria a sua única (e mais tarde última) vitória, numa temporada dominada por Alberto Ascari. No final do ano, conseguiu 26 pontos e o terceiro lugar no campeonato.


Por esta altura, já tinha 47 anos e continuava a correr, mas a idade já pesava sobre ele. Em 1954, volta a ser primeiro piloto da Ferrari, e acaba em segundo lugar no GP da Argentina, na primeira prova do ano. Contudo, dois acidentes graves, primeiro nas Mille Miglia, onde sustenta algumas feridas, e depois em Monza, numa prova de carros de Sport, onde uma peça solta perfura o tanque de gasolina, fazendo com que o cockpit fica imerso em chamas. Farina queima-se bastante e a sua recuperação demora quase seis meses, falhando o resto da temporada.


Em 1955, ainda combalido, volta à competição, conseguindo correr o GP da Argentina a base de injecções de analgésico para diminuir a dor. Mesmo assim, termina em segundo lugar, partilhando a condução com Froilan Gonzalez e Maurice Trintignant. Neste ano, mostrou os dentes pela última vez, no circuito de Spa-francochamps, na Belgica, onde numa dura disputa com o seu compatriota Eugenio Castellotti, empurra-o em direcção aos boxes, com o agravante de que naquela altura não havia nenhum muro separando da pista! Castellotti, porém, consegue parar o seu carro em segurança, e Farina termina a corrida na terceira posição. Iria ser a sua última da carreira, pois as sequelas das queimaduras perseguiam Farina durante o resto do ano. Aliado ao peso da idade, levaram-no a diminuir seu envolvimento com as corridas, e dedicando-se mais à venda de automóveis na sua Turim natal.


A sua carreira na Formula 1: 34 Grandes Prémios, em seis temporadas (1950-55), cinco vitórias, cinco pole-positions, cinco voltas mais rápidas, vinte pódios, 115,33 pontos no total. Campeão do Mundo de Formula 1 em 1950.


Anos depois, Juan Manuel Fangio disse acerca dele: “Ele era estranho. Nunca foi visitar um corredor ferido. Quando eu fui visita-lo no hospital, ele me perguntou o porquê da minha visita. Disse que sentia muito por ele e que queria vê-lo bem. Ele me respondeu que eu deveria estar feliz, pois era um a menos a enfrentar na corrida seguinte. Na pista, era um louco.”


Talvez tenha sido ele quem inspirou os argumentistas de “Grand Prix”, em particular no famoso diálogo que Jean Pierre Sarti, o personagem interpretado pelo actor francês Yves Montand, onde fala da maneira como encarava as corridas:


"Quando vejo um acidente, eu piso o pedal a fundo, com força, pois sei que os outros irão diminuir o seu ritmo.

- Que maneira terrível de vencer, diz sua interlocutora.
- Não, não há maneiras terríveis de vencer. Existe apenas vencer."



Depois da Formula 1, Nino Farina tenta a sua sorte nas 500 Milhas de Indianápolis por duas vezes, em 1956 e 57. Tem dois acidentes graves, e decide acabar com a sua carreira de vez. Torna-se representante da Alfa Romeo e da Jaguar em Itália, e permanece envolvido nos Grandes Prémios até o dia 30 de Junho de 1966, quando a caminho da ir ver o GP de França, perto de Chamberry, perde o controlo do seu Lotus-Cortina e bate num poste telefónico, matando-o instantaneamente. Tinha 59 anos.


Fontes:


http://en.wikipedia.org/wiki/Nino_Farina
http://www.grandprix.com/gpe/drv-fargiu.html
http://forix.autosport.com/8w/farina.html

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A reacção de Rubens Barrichello

Lembram-se do escândalo da semana passada, envolvendo a famosa conversa de Austria 2002 e de um livro que vai sair no Brasil, afirmando que tal "conversa" existiu? Pois bem, o Rafael Lopes, do Voando Baixo, falou com Rubens Barrichello sobre o assunto, e ele respondeu da seguinte maneira:


Foi a coisa mais hilária que já li nos últimos tempos. Eu tenho aquela transcrição e estou guardando para colocá-la no meu livro. Deve ser cópia de uma brincadeira que fizeram na internet, porque não tem um pingo de verdade naquilo. Tenho dó da pessoa que teve coragem de publicar isso, principalmente vindo do Lemyr, que sempre me pareceu muito sério. Foi uma brincadeira de criança.”

O Capelli ainda falou com o próprio Lemyr Martins, o autor do livro, que afirmou ter recebido isto de fonte segura. Ele afirmou que não agiu de má-fé, mas que confiou demasiado nessa pessoa. Má-fé ou não, acho que as coisas deviam ser primeiro avaliadas, para só depois serem publicadas... ou não.


P.S: O Capelli acaba de anunciar que o livro vai ser retirado de circulação. Era a consequência mais lógica nisto tudo, não acham?

Humor Pré-Interlagos (Parte 3)

Esta vem no site humoristico Kibe Loco, e foi sugerido pelo Hugo Becker. ainda tem a ver com a cueca da sorte do Felipe Massa, e acho que deve ser algo que não vai largar a imaginação do pessoal até Domingo à noite.


Tenho uma duvida pertinente: caso ganhe o título mundial, será que vai emoldurar as cuecas da sorte em quadro?

Em Interlagos, a chuva parece ser certa!

Se na semana passada, as chances de cair chuva em Interlagos eram prováveis, mas não possiveis (cerca de 40 por cento), hoje, as hipóteses de chuva aumentaram significativamente, pois segundo o site Tazio, as chances de chover no Domingo passaram para 80 por cento, a mesma percentagem do que se prevê no Sábado.

O que isto quererá dizer? Bom, eventualmente uma corrida emocionante, pela certa. A última vez que vi um GP do Brasil molhado foi em 2003, e aquilo roçou a catástrofe...


Mas também quer dizer outra coisa: as corridas molhadas são favoráveis a Lewis Hamilton. Mas nem sempre o Felipe Massa faz asneira em chuva, portanto, pode ser que anule essa diferença...

Bolides Memoráveis - McLaren MP4/4 (1988)

A história da Formula 1 está cheia de exemplos de máquinas dominantes, que foram marcantes em todos os sentidos, deixando a concorrência a milhas de distância. Mas antes de 1988, o último carro que tinha dominado a formula 1 tinha sido o Lotus 79, quase uma década antes. E quando a formula 1 chega a uma altura em que se despedia dos motores Turbo, surge um dos carros mais dominadores que a Formula 1 jamais tinha visto, até então. Hoje, na semana em que se comemoram os vinte anos do primeiro título mundial de Ayrton Senna, falo do seu carro: o McLaren MP4/4.


No final de 1987, a McLaren estava no final de uma temporada desapontante, com um motor que já passava do seu prazo de validade, o TAG-Porsche. No final desse ano, Ron Dennis tinha assegurado a vinda de Ayrton Senna, para correr ao lado de Alain Prost, para a equipa, e com ele, os motores Honda Turbo, que vinham da Williams. Dennis também tinha trazido para a sua equipa Gordon Murray, vindo da Brabham, para substituir John Barnard, que tinha ido para a Ferrari.


Murray, que ainda estava de ressaca pelo fracasso do Brabham BT55 “Skate”, pretendia usar os conceitos aplicados nesse chassis para construir um novo. Em conjunto com Steve Nichols, projectaram um carro com um centro de gravidade baixo, deitando o motor e a caixa de velocidades. Só que desta vez, evitaram os erros anteriores, e fizeram um chassis em monobloco de fibra de carbono e kevlar, que fosse mais eficiente em termos aerodinâmicos. Para colaborar ainda mais para o sucesso, o motor Honda Turbo V6 era mais pequeno e tinha um centro de gravidade muito mais baixo do que o motor BMW Turbo, de quatro cilindros em linha. Este motor Honda debitava cerca de 700 cv (2,5 bar) às 13.800 rpm.


Durante a pré-temporada, a Honda, desenvolveu o seu motor, no sentido que fosse menos guloso em termos de gasolina, pois a FIA decidiu limitar o consumo dos motores Turbo a cerca de 150 litros por corrida, e numa altura em que os reabastecimentos eram proibidos, isso poderia levar a embaraçosas retiradas no final das corridas…


Os chassis ficaram prontos a poucas semanas do início do campeonato, e poucos testes foram feitos antes da primeira prova do campeonato, no circuito de Jacarépaguá, no Rio de Janeiro. Quando chegaram, existiam muitas dúvidas sobre como é que o carro se comportaria no fim-de-semana da corrida, Mas SEnna fez logo a “pole-position”, e Alain Prost foi o vencedor, conseguindo-o sem grande dificuldade. E nas corridas seguintes, a luta pela liderança não era mais do que uma batalha pessoal entre ambos os pilotos, vendo qual dos dois levava a melhor, enquanto que a concorrência não podia esperar mais do que um azar entre eles, para poder ter uma chance de vitória…


E foi somente um acidente na última volta do Grande Premio de Itália, em Monza, que impediu o pleno da McLaren nessa temporada, pois ao longo do ano, eles lideraram 1003 das 1031 voltas de todos os Grandes Prémios de 1988, numa cifra total de 97,28%. Nem antes, nem depois, um carro de Formula 1 tinha alcançado tamanha superioridade.


Ficha Técnica:

Chassis: McLaren MP4/4
Projectista: Gordon Murray e Steve Nichols
Motor: Honda Turbo 1.5 litros V6, a 80 graus
Pilotos: Ayrton Senna e Alain Prost
Corridas: 16
Vitórias: 15 (Senna 8 , Prost 7)
Pole-Positions: 15 (Senna 13, Prost 2)
Voltas Mais Rápidas: 10 (Prost 7, Senna 3)
Pontos: 199 (Prost 105, Senna 94)
Titulos: Campeonato do Mundo de Condutores (Ayrton Senna) e Construtores, em 1988.


Fontes:

http://en.wikipedia.org/wiki/McLaren_MP4/4
http://4rodinhas.blogspot.com/2007/12/mclaren-mp4-4-alain-prost-1988.html

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O que é que um motor é capaz de fazer...

O Roadshow da Renault, em Lisboa, no passado Domingo, deve ter sido muito engraçado para quem lá foi. Ver o R27, pilotado pelo Lucas di Grassi, a fazer piruetas pela Avenida da Liberdade, e as boxes instaladas na Praça dos Restauradores, onde os mecânicos estiveram à volta do carro, deve ter sido um regalo para os olhos de muita gente. E sabendo aquilo que o público quer ver, os mecânicos da Renault prepararam isto...

O programa das festas no Autódromo do Algarve

No mesmo fim de semana da decisão da Formula 1, o Autódromo do Algarve será inaugurado com toda a pompa e circunstância, para a última prova do Mundial de Superbikes, e o programa de festas é vasto. E entre esse programa de festas, tem a presença do espanhol Jaime Alguersuari, o recente campeão britânico de Formula 3, que dará umas voltas a bordo de um Toro Rosso.


Mas o programa é vasto: começa na quinta-feira, no centro de Portimão, com a demonstração de rua por parte dos pilotos de Parakalgar Racing Team, Miguel Praia, Josh Hayes e Simone Sanna, que vão levar até junto do público as suas Honda CBR 600 RR para também eles mostrarem um pouco da realidade que habitualmente vivem nas pistas.


No Sábado à tarde, depois das qualificações das Superbikes, a partir das 16.30h, o Toro Rosso de Jaime Alguersuari será o primeiro carro de Formula 1 que rodará na pista algarvia. Pouco depois, pelas 17 horas, na rotunda principal do Circuito, será prestada um tributo a Craig Jones, piloto da Parkalgar Racing Team, falecido no passado mês de Julho, em Brands Hatch, com o desvendamento da estátua em sua homenagem.


No Domingo, o programa será mais vasto, com várias animações em pista, sendo que o momento solene de inauguração acontecerá a partir das 10.30h com uma demonstração com os Asas de Portugal seguido do Hino Nacional cantado pela artista portuguesa, Rita Guerra. Para terminar a festa, estará de novo o Formula 1 da Toro Rosso em acção.


Portanto, os festejos serão imensos no Algarve. E os espectadores ainda vão a tempo para ver a decisão do Mundial de Formula 1!

Humor Pré - Interlagos (Parte 2)

Desta vez, tem a ver com o caricaturista brasileiro Bruno Mantovani. Antes da corrida brasileira, fez uma charge pré-corrida, onde coloca o Lewis Hamilton e travar perante um gatinho, para, eventualmente, deixar passar o Felipe Massa.



É obvido que todos no Brasil torcem pelo seu piloto. Afinal, é a melhor chance em 17 anos de ver um brasileiro a ganhar o título mundial, depois de Ayrton Senna, não é? Mas pensando de modo frio, tenho dúvidas...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Noticias: Schumacher acha que Hamilton pode bater o seu recorde

Nos dias que faltam para a decisão do Mundial de 2008, Michael Schumacher afirmou hoje à BBC que Lewis Hamilton tem a capacidade de bater o seu recorde de títulos mundiais. E caso aconteça... não se importa com isso.

Estou bastante ciente de que um dia isso vai acontecer – seja através de Lewis, Massa ou outro qualquer”, referiu Schumacher. “Poderá ser algum piloto actual ou alguém no futuro a poder ou conseguir fazer isso. Contudo, não tenho qualquer problema com isso”, acrescentou.

Agora com 39 anos (faz 40 em Janeiro) o ex-piloto da Ferrari garante que não vai ficar aborrecido se o recorde que detém for ultrapassado. Em relação a Lewis Hamilton, apesar de o ter em muito boa conta, demonstra alguma relutancia em afirmar se é ele o melhor piloto da actualidade. “Quando pensamos naquilo que ele conseguiu em tão pouco tempo – acabado de chegar e já a competir com (o bicampeão Fernando) Alonso, sendo muitas vezes mais rápido –, acho que isso diz tudo”, afirmou o alemão. “Se ele é o melhor? É melhor do que Massa ou não? Nem sempre é fácil perceber, vendo as coisas de fora”, explicou.

Se acham que Lewis Hamilton pode bater Michael Schumacher, eu não acredito. Para chegar onde chegou, o piloto alemão precisou de dezassete temporadas, algumas das quais como dominador absoluto, sem adversários à altura. Que o Hamilton tem capacidade para conseguir isso, tem. Mas o inglês tem adversários fortes como Felipe Massa, Kimi Raikonnen, Sebastien Vettel e Robert Kubica, entre outros, torna-se numa empreitada muito difícil. Aliás, deixem-vos recordar isto: Schumacher retirou-se no final de 2006 quando viu que tinha dificulades em bater em pista Fernando Alonso e Kimi Raikonnen.

Humor Pré - Interlagos (Parte 1)

Agora, contam-se os dias para o GP do Brasil, que acontecerá no próximo Domingo. E brazuca que se preze, gosta de gozar um pouco com a actual situação. Hoje e amanhã coloco aqui as "charges" que andam a circular na blogosfera.


O GP Series é exímio nisso. A semana passada, colocou uma série de fotos, cujo título era "Os Torcedores do Massa e do Hamilton". Desde os Trapalhões sobreviventes, torcendo pelo "Zacarias" (Massa), até o outro lado, protagonizado pelo psi-coiso Uri Geller, que vai fazer o possivel para fazer quebrar o motor ao Massa, para que o Hamilton ganhe, todos os torcedores são bem vindos.


Mas o melhor é o da cueca da sorte. Aparentemente, o Massa usa as mesmas cuecas durante os três dias do fim de semana competitivo, afirmando que dá sorte. É uma superstição meio idiota, mas ele acredita, e se resultar, parabéns! Mas até lá, gozemos...

Corrida dos Campeões de 2009 vai ser no Porto

A noticia vem na edição desta semana do jornal Autosport: a corrida dos Campeões de 2009 vai-se realizar no Estádio do Dragão, no Porto. Depois do Stade de France e de Wembley, a corrida que se costuma realizar-se em Dezembro, como encerramento da época automobilistica, vai ter como palco Portugal. Segundo o jornal, o evento está praticamente garantido, faltando apenas a assinatura formal do contrato.




A Corrida do Campeões é um evento idealizado pela francesa Michelle Mouton, ex-piloto de ralies dos anos 80, e que teve como cenário original, as Ilhas Canárias. O evento começou em 1988, como forma de homenagear o finlandês Henri Toivonen (que dá o nome ao troféu de Campeão), tinha originalmente apenas pilotos de ralies, mas com o tempo, alargou-se para outras categorias, como a Formula 1, NASCAR, Turismos ou a Le Mans Series.


De 1988 até 2003, a Gran Canária acolheu o evento, altura em que se rumou para o Stade de France. Para os críticos, a mudança das Canárias para Paris, num novo formato que nada tinha a ver com o original, tirou alguma da emoção ao eventos, mas adicionou novos condimentos mais de acordo com uma prova de pista, o que trouxe mais pilotos. Após a saída de França, veio a passagem pelo estádio de Wembley, onde a assistência em 2007 ficou aquém do esperado. Este ano continuará a ser no mítico estádio inglês, mas em principio, será o último ano nesse local, passando depois para paragens portuguesas.

Perguntei ao Luis Vasconcelos o seguinte:

P - Depois da França ter anunciado que não organizará o seu Grande Prémio em 2009, e de saber que alguns organizadores tem muita dificuldade em pagar os valores exigidos por Bernie Ecclestone, acha que vão haver mais países que decidam abdicar da Formula 1 no ano que vêm?

R - Em Xangai, face a todos os problemas que os diversos organizadores estão a encontrar para satisfazer as exigências de Ecclestone, havia um sentimento de que o patrão da Formula 1 estava, finalmente, a ficar fora do mercado com os preços exigidos. Os chineses pagaram 56 milhões de dólares, mas Singapura bateu o recorde ao pagar 78 milhões de dólares para organizar o seu primeiro Grande Prémio. Abu Dhabi vai pagar um valor semelhante e só os países árabes parecem ter capacidade económica para dar a Bernie Ecclestone o dinheiro que ele pretende.


Só que o Mundial de Formula 1 não vai poder ser todos disputados no Médio Oriente, ou nos países mais ricos do Sudoeste Asiático, pelo que o empresário inglês vai ter que rever as suas exigências, se não quiser ficar com apenas meia dúzia de corridas por ano, e todas fora da Europa.


Nenhuma organização europeia pode pagar mais de 20 milhões de Euros por ano a Bernie Ecclestone, e sabe-se que o Canadá, o Brasil e a Austrália também não podem passar disso.

O mesmo se passa com a Malásia, onde o tempo do despesismo já passou, pelo que Ecclestone tem de escolher entre adaptar-se às novas realidades, ou matar o Campeonato Mundial. Como homem inteligente que é, vai adaptar-se, como aconteceu noutras alturas e noutras circunstâncias.


Luís Vasconcelos